2010 chegou – E a cena eletrônica no Brasil com isso?

Publicado em 25/01/2010 - Por

O site Balada Planet, na pessoa de Rodrigo Reinelt, publicou um artigo buscando antecipar alguns fatores relacionados a cena eletrônica no Brasil. E lendo atentamente a ele vi que talvez ele não esteja vendo a cena em sua totalidade…

Full Moon Festival - Um dos maiores festivais do mundo!
O site Balada Planet, na pessoa de Rodrigo Reinelt, publicou um artigo buscando antecipar alguns fatores relacionados a cena eletrônica no Brasil. E lendo atentamente a ele vi que talvez ele não esteja vendo a cena em sua totalidade, filtrando-a apenas aos grandes eventos e de forma regionalista. Junto com meu brother Eliel (CEO Psicodelia), separamos alguns pontos para que sejam revistos pelos amigos, colaboradores e visitantes do Psicodelia. Preparados? 1. “…grande parte da criação dessa categoria se deve à música eletrônica ter sido desvinculada apenas da imagem sisuda e tímida do DJ, para cair na graça de bandas com vocalistas” Quando disse isso, ele se referiu a criação de uma categoria no Video Music Brasil, prêmio da MTV. Uma rápida busca no google nos mostra os indicados.. de 2003. Ou seja, a categoria não é mais tão inovadora quanto parece e tão pouco surgiu nesse ano de 2009. Ato falho. E sobre “bandas com vocalistas”, tirando o Infected Mushroom que nesse ano retomou o formato, não consigo lembrar de nomes que comprovem isso. Alguém de vocês lembra de algo? 2. “…Ainda no setor de festas, três fatos merecem ser ressaltados: o 1º foi a não realização do mais importante festival de música eletrônica nacional, o Skol Beats…” Quem acompanhou a história do Skol Beats entende a não realização do evento. Afinal, se por um lado a popularização do festival e um aumento gradual de pessoas envolvidas com ele ao longo do tempo realmente rolou, por outro a invasão de pessoas sem o menor conhecimento de causa acompanhou tudo isso, tornando o que antes era uma grande festa numa verdadeira bagunça generalizada. Roubos frequentes, brigas e confusões aos poucos, infelizmente, tornaram-se regras ao invés de serem excessões. E com isso não da pra compactuar. Ele acertou ao dizer que a marca se reposicionou ao trazer pro Brasil a festa Sensations, que eu particularmente acho genial. Então, no final das contas, a Skol fez aquilo que deveria ter feito, apesar da pequena tradição que o festival estava compondo. E um grande ponto positivo pra marca por acertar em cheio num formato novo e que sempre traz um line-up respeitável, seja formado por nomes novos e em alta la fora já, seja por trazer grandes nomes de gêneros pouco comerciais. 3. “…Tudo isso mostra que as festas open-air, com exceção de algumas resistências, seguem o fluxo do êxodo rural, abandonando os grandes espaços em fazendas (até por conta de problemas com alvarás e coisas do gêneros) e aportam na cidade grande…” Isso não ficou completamente claro, pra mim. Grandes festas continuam sendo feitas em fazendas, sítios e locais tecnicamente longe das cidades ditas “grandes”. E uso como exemplo apenas duas delas, São Paulo e Curitiba. Ou alguém concorda com ele? Preciso de exemplos práticos que comprovem isso. Ele acertou ao dizer que algumas festas bacanas vêm sendo feitas nas grandes cidades, caso da Smirnoff Experience, mas elas vêm somando ao público opções diferenciadas, apenas. E não chegam para competir com grandes festas, isso pelo meu ponto de vista. 4. “…Quanto aos estilos que vão prevalecer, essa é a mais pantanosa e complicada das tarefas. Afinal, são tantas coisas surgindo, que fica difícil identificar o que vai emplacar ou não. Mas uma dica: apesar da onda não ser nova, o electro-rock vai continuar sendo o “Hype” do momento…” Se você segue modas e tendências, deveria pensar um pouco mais. Em tempos de youtube, blogs de música e afins, você não precisa realmente gostar de um estilo único, porque a regra é essa. Entre nós, do Psicodelia mesmo, cada um tende a gostar um pouco mais de um estilo diferente. E nem por isso a gente fica afastado em festas, eventos e afins. Evidente que, por trás de tendências e moda, alguns produtores se empenham mais em buscar isso ao pensar na organização de uma festa ou festival. Mas ao mesmo tempo, as opções existem e não são poucas. Basta para isso procurar no lugar certo. Pra nós, ao menos, pouco importa a “tendência” do momento, iremos continuar gostando de música boa. Seja electro-rock, trance, deep house, prog. E atire a primeira pedra quem nunca ouviu Skazi e gostou, mesmo que por pouco tempo. (ps: Minha irmã, até hoje, usa skazi como toque do celular dela. Ok, culpa minha, mas em breve eu ajudarei o gosto dela a se desenvolver melhor!) — Ficou a fim de opinar sobre o tema? Os comentários estão abertos, que os debates comecem nesse momento.

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