Marina Tavares – Quando foi o seu primeiro contato com a música eletrônica?
Max Etnica – Aos onze anos, quando comecei a comprar os meus primeiros discos. Na época, eu comecei a escutar Front 242, Frontline Assembly, New Order, Kraftwerk, entre outros… Eles foram as minhas primeiras grandes influências.
Marina Tavares – Como surgiu o Etnica?
Max Etnica – O Etnica surgiu na Itália, em 1991. Depois de termos feito algumas festas em locais tropicais, como: Indonésia, Brasil e Índia. Nós queriamos produzir o nosso próprio som-digital, analógico e Etnico!
Marina Tavares – Vocês possuem outros projetos além do Etnica?
Max Etnica – Sim, Etnica e Pleiadians, como principais no trance, e estamos lançando novos álbuns de ambos:
O Tecnica, nosso projeto fortemente influenciado pelas pistas de dança em Ibiza, está com novos releases, e é dedicado aos nossos estúdios: Tecnica – Soundfarm EP, e SFS Music, nosso mais novo projeto da família do tech-house, em colaboração com jovens promessas da casa, TMB- The Martinez Brothers e artistas residentes em Ibiza.
Marina Tavares – Como você poderia caracterizar a sua música?
Max Etnica – No mundo da música, especialmente a eletrônica, a combinação do que é possível produzir é interminável. Música, para mim, sempre está em constante evolução, e eu chamo a minha de música contemporânea eletrônica!
Marina Tavares – Depois de tantos anos na cena, como você vê o mercado atualmente?
Max Etnica – Do meu ponto de vista, o mercado mudou muito após o surgimento e desenvolvimento da música digital e sua distribuição. O fato de a internet estar tão desenvolvida e acessível, tem os seus prós e contras. Para o público no geral, essa evolução permitiu países com pouco acesso e condições, a terem mais informações sobre a música e artistas que gostam; do ponto de vista da editora, o mercado digital permite também, que assim, a nossa música chegue ao mundo inteiro.
Marina Tavares – Qual são os seus três álbuns favoritos de todos os tempos?
Max Etnica – Etnica in Dub
Pleiadians – I.F.O.
Etnica – Alien Protein
Marina Tavares – Quais são as expectativas para a próxima apresentação no Universo Paralello?
Max Etnica – Será um privilegio partilhar a virada de ano nesse paraíso, sentir a energia do festival, num ritual de dança sem parar!
Marina Tavares – Quais são as principais diferenças entre o público brasileiro e os demais?
Max Etnica – O Brasil é a minha segunda casa, e possui um público muito especial, existe uma grande ligação entre os lugares e a música. O samba, o clima tropical e a natureza forte, fazem a mistura perfeita para esse tipo de eventos.
Marina Tavares – Qual foi a apresentação que mais te marcou?
Max Etnica – Celebra Brasil foi o evento mais marcante, uma experiência totalmente nova para o público. Na época, ninguém conhecia o trance, e trazer ele pela primeira vez ao povo brasileiro, foi uma honra para mim.
Marina Tavares – Qual é a historia mais engraçada que aconteceu em alguma festa?
Max Etnica – Uma vez pedimos permissão ao padre da igreja para fazer uma festa, que ele jamais sonhava o que era, e que terminou pela manhã. Ele foi e benzeu todo mundo dançando na pista! Aquele foi um momento único…
Marina Tavares – Um último recado para os seus fãs brasileiros?
Max Etnica – Nós encontramos na virada do ano, na pista principal do Universo Paralello!!!
BLAST!!!