Foto: Lauro Medeiros Fotógrafo
Marina Tavares – Quando foi o seu primeiro contato com a música eletrônica e como isso se tornou algo a mais em sua vida?
DJ Vidigal – O meu primeiro contato relevante com a música eletrônica foi em 1998, eu tinha 17 anos e estava passando um ano no Canadá. Eu fui em algumas festas que tocavam o gênero, e me apaixonei logo de cara. Na volta para o Brasil, eu fui me aprofundando nas vertentes, e buscando o que mais me agradava.
Marina Tavares – Quem foram as suas influências?
DJ Vidigal – Logo no início as minhas influências foram muito variadas, os primeiros álbuns do Infected Mushroom e também do Hallucinogen foram a minha porta de entrada… Entre 1998 e 2002, eu fui conhecer Dave the Drummer, Armin van Bureen, Sacha, e Digweed.
Após transitar por alguns estilos, o meu coração ficou mesmo com o progressivo, desde sua parte mais psicodélica, até sua parte mais houseada.
Naquela época, eu admirava muito Son Kite, Vibrasphere, CBL, BLT, D-Nox & Beckers, Jerome Ism-Ae, Andre Absolut… Só para citar os que rapidamente vieram em minha mente.
Marina Tavares – Quais são os seus três albuns favoritos de todos os tempos?
DJ Vidigal – Dentro da música eletrônica, eu tenho vários álbuns que sou apaixonado, e consigo ouvir do início ao fim.
Selecionar apenas três é uma tarefa difícil, mas arrisco serem:
Son Kite – Colours
Daft Punk – Human After All
Ott – Bluemankraft
Marina Tavares – Fale-me um pouco sobre a Infinite Music.
DJ Vidigal – É difícil falar pouco, mas vou tentar… (risos)
Minha história na Infinite começou em 2010, quase dois anos após sua fundação.
Na época, o Musatti era o único sócio, e já tínhamos trabalhado em duas edições colocando artistas na Virada Cultural. Após a edição de 2010, ele me convidou depois de muita conversa para uma parceria. O projeto era focar no que existe de melhor no Trance, e ajudar a cena a voltar a crescer com qualidade. Aceitei o desafio que me pareceu muito legal.
Desde o principio tínhamos um sonho: juntar grandes talentos sob nosso management, expandir a nossa atuação para eventos, e mais algumas coisas que em breve devem se concretizar.
Ainda este ano, a Infinite vai passar por algumas mudanças, vamos lançar novas marcas do grupo, novos negócios estão no horizonte, estamos sempre nos reinventando, e os próximos anos serão de muita movimentação!
Marina Tavares – Onde foi a apresentação que mais te marcou?
DJ Vidigal – Essa é uma pergunta sempre difícil de responder… Eu toco desde 2003, tive vários momentos marcantes, com pistas grandes e pequenas, mas se tiver que realmente escolher um momento, foi a minha apresentação na Virada Cultural 2012.
Foi realmente algo de outro mundo, toquei entre Symphonix e Zen Mechanics, com um público estimado de 30 mil pessoas, que dançaram, pularam e aplaudiram, do início ao fim. Foi um daqueles momentos mágicos, que vou carregar comigo o resto da minha vida, fico emocionado só de lembrar.
Marina Tavares – Como foi tocar no Shivaneris Easter Festival 2015?
DJ Vidigal – Foi a primeira vez que toquei no Shivaneris, e foi uma delícia! O público do festival é fantástico, dança o tempo todo, sorrisos por todo o dance floor, e tocar depois do Future Frequency foi muito legal.
Por sorte, o line up estava um pouco adiantado – isso mesmo, uma raridade tipo mosca branca (risos) – e aí pude até estender 15 minutos do set, o que qualquer DJ que gosta do que faz vai lhe dizer que é um presente!
Quero aproveitar para agradecer a Inê, Kelly, Fernando e Tom pela oportunidade, espero poder comentar esse palco mais vezes no futuro.
Foto: Lauro Medeiros Fotógrafo
Marina Tavares – Já aconteceu alguma situação engraçada enquanto você estava tocando?
DJ Vidigal – Já aconteceram algumas, porque sempre tem um pessoal divertido nas festas.
Uma das que me lembro bem, foi um cara que queria trocar o cachecol pelo meu óculos de sol. Eu estava tocando e ele jogou o cachecol, eu agradeci e joguei de volta, aí ele deu para um dos produtores e explicou, o produtor veio falar comigo e eu falei que não iria fazer a troca, mas que agradecia muito, e dei um CD para ele. Depois que terminei de tocar, ele veio no backstage tentar me convencer da troca, foi hilário tentar convencer o cara que estava mais pra lá do que pra cá de que eu não ia trocar.
Marina Tavares – Se você pudesse escolher qualquer lugar para tocar, onde seria?
DJ Vidigal – Se for para escolher um local físico, eu adoraria tocar em uma festa no Parque do Ibirapuera, sonho em um dia levar o palco de psytrance/ progressive da Virada Cultural para lá, seria algo mágico.
Agora se for um evento, sem dúvida, seria o Boom Festival em Portugal, comandar aquela pista seria uma realização enorme, que espero um dia alcançar.
Marina Tavares – O que você é apaixonado na vida, além da música?
DJ Vidigal – Eu sou apaixonado pela vida, por comer e por esportes. Por conta da minha paixão por comer, eu aprendi cedo a cozinhar e cozinho pelo menos três vezes por semana, por puro prazer. Dizem por aí que eu faço o melhor brigadeiro do mundo! (risos)
Nos esportes, eu sou fissurado por futebol, artes marciais e esportes aquáticos.
Também pratico yoga, mas considero muito mais um exercício mental do que físico, apesar de ser fantástico para o corpo.
Marina Tavares – Gostaria de deixar uma mensagem para os seus fãs?
DJ Vidigal – Gostaria apenas de agradecer a todas as pessoas que seguem o meu trabalho, tanto no palco quanto nos bastidores, e dizer que para mim a maior recompensa é uma pista pulsante e alegre!
Vejo vocês todos no dance floor!
Conheça mais sobre o artista:
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Infinite Music:
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Fotos:
Lauro Medeiros Fotógrafo
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Leandro Quartiermeister
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