Finalmente, 2012 vai chegando ao seu final e, com ele, vamos fechar em grande estilo a sessão que iniciamos este ano, a “Música do Mês“. Para quem não conhece, a proposta é a seguinte: ao final de cada mês, nós convidamos o nosso time de colaboradores para indicar uma música, lançada recentemente ou não, que tenha se destacado no mês que se passou. Porém, para fechar o ano, estendemos a proposta, transformando a Música do Mês em “A Música do Ano”, ou seja, cada convidado irá indicar e comentar uma música, lançada em 2012 e que em sua opinião foi relevante e vale a pena ser ouvida novamente.
Anginha: Esta track resume o que de mais criativo e inteligente que foi feito em 2012, na minha opinião. Um gênio da percussão, o artista consegue construir a atmosfera de suas músicas através de uma intrincada construção de samples. Som com personalidade, alma, ao mesmo tempo dançante e introspectivo. Genial.
Camila Giamelaro: Não teve pra ninguém! Essa foi a remix mais tocada do ano aqui em São Paulo. Dependendo da festa ouviamos umas 3 vezes por noite!
Cesar Bolzani: Uma das inéditas do álbum (Trouble) que, sem dúvidas, foi o melhor do ano. Sr. Orlando Higginbottom representou o que o Sónar chamou de ‘música avançada’ impecavelmente e foi um dos grandes nomes do festival em questão e do ano.
Eliel: Excelente track do não menos excelente album “>album title goes here<“. A música foi lançada em setembro e em poucos dias já fazia parte de todas os “Top 10” pelo mundo, levando consigo o padrão Deadmau5 de qualidade. Mais do que isso, é preciso destacar o seu clipe, com produção no melhor estilo Hollywood, uma tendência entre os DJs mais populares. Depois do Rock e do Hip Hop, chegou a vez da música eletrônica entrar em sua “fase MTV”, com gravadoras investindo em clipes cada vez mais caros. E Professional Griefers é um ótimo exemplo disso.
João: Fin de John Talabot é um dos melhores albuns do ano. Com uma sonoridade única, com mistos de dance music e introspectividade, o espanhol aumentou seu prestígio na cena mundial. Apesar de ter se apresentado no Brasil no festival Sónar Sp com um Dj set aquém do esperado, a apresentação live do artista foi eleita como uma das melhores de 2012 pela Resident Advisor. A música `When the past was present` é daquelas que cabe ouvir numa festa, numa viagem, ou sozinho no quarto. Ela me traz nostalgia, uma saudade do que talvez nunca tenha acontecido. Vai ver, pelo nome da track, essa realmente era a intenção do artista. Relembra muito os sons de New Order e Moby. Clique o play, aperte o cinto e have a nice trip!
Mohamad: Em um ano que deadmau5 e TEED lançaram seus excelentes álbuns, que Skrillex e Boys Noize se uniram pra formar o ótimo Dog Blood e que Marc Houle vem se consolidando como big name do techno, fica difícil nomear apenas um, mas deixarei o troféu para Matador. O irlandês foi a resposta de Richie Hawtin para as pessoas que acharam que a Minus ia cair de qualidade com a saída de Magda, Houle e Pierce – apesar de Gavin Lynch ter passado os últimos 4 anos lançando por selos como Perc Trax e Cocoon, foi na casa de Hawtin que ele encontrou a receita do sucesso, e bombou músicas como Kenekt, Klay e a onipresente Svinx. Esta última foi tocada por 9 entre 10 DJs de techno em 2012 (efeito semelhante a Grindhouse em 2008), e merece ser a escolha desse techneiro de carteirinha 😉
Ricardo Aranda: Uma das produções de psytrance mais felizes do ano. Som sério, hora puxado para o prog, hora para a essência do psytrance. É uma track essencial no case de qualquer DJ dessa linha.
Rodrigo: Reunindo 3 dentre os melhores produtores de progressive dark do Brasil, 11:11, música mais que consagrada do Disfunction, ganha um remix super especial feito por Tijah e Diza.
Ronaldo: O projeto israelense de psytrance progressivo, Coming Soon, chegou com tudo em 2012 trazendo seu som pesado e ao mesmo tempo contagiante e logo conquistou o público por onde passou. O EP de estréia “Fear” foi sucesso absoluto, garantindo bastante críticas positivas pelos amantes do gênero. Minha escolha vai para a segunda track do EP, “I Only Smoke”, que para mim consagrou o trabalho que vem sendo realizado pelo duo.
Ricardo Toreh: Como toquei muito pouco esse ano, acho que acabo escolhendo musicas pela quantidade de vezes que ouvi. Como essa está em uma posição altissima no meu ranking pessoal, fico com ela para musica do ano.