Burning Man: comunidade, liberdade de expressão e auto suficiência

Já imaginou viver em uma cidade auto suficiente, onde todos precisam se ajudar e contar uns com os outros para sobreviver? Esse lugar existe, é a Black Rock City, uma comunidade temporária construída durante a realização do festival Burning Man, no meio do deserto de Nevada(EUA).

Segundo os próprios organizadores, o Burning Man trata-se mais de uma cidade que um festival propriamente dito, onde tudo o que acontece é criado por seus cidadãos que são ativos e participantes no evento. A cidade Black Rock City existe por uma semana e, logo após esse período, tudo é queimado para garantir que não sobre vestígio algum de sua existência.

O nome Burning Man (homem em chamas) deve-se ao momento mais esperado da festa, quando uma escultura de um homem de madeira é queimada, junto com todas as outras obras de expressões artísticas que foram desenvolvidas durante a semana em que acontece o festival. Todas essas obras são fotografadas e depois expostas no site do evento.

Segundo relatos de participantes trata-se de uma experiência fantástica, um verdadeiro ritual experimental sobre o senso de comunidade, liberdade de expressão e auto suficiência. Sem falar, é claro, da grande aventura de atravessar o deserto, encontrar pessoas que vivem de maneiras que você provavelmente nem pode imaginar, e se estabelecer em um lugar onde todos são, de alguma forma, artistas. O mais interessante é observar como todos vivem em comunidade e precisam um do outro para sobreviver, pois lá o dinheiro não existe, tudo é feito na base do escambo. Faltou água ou comida? Procure alguém que tenha sobrando e ofereça algo em troca.

As dificuldades que os participantes passam durante o evento fazem com que saiam renovados, pois passar uma semana com cerca de 60 mil pessoas vivendo em comunidade não é exatamente uma das tarefas mais fáceis.

“Você está aqui para comemorar. Na noite de sábado, vamos queimar o Homem. Enquanto a procissão começa, e inflama o homem, você experimenta algo pessoal, algo de novo para si mesmo, algo que você nunca sentiu antes. É uma epifania, é primordial, é renascer. E é completamente individual”.