Digitalchord lança videoclipe, e fala sobre os projetos para 2014

Publicado em 17/12/2013 - Por Mohamad Hajar

“Não somos escravos, somos livres”. Com esta frase, Digitalchord encerrou sua introdução e iniciou seu set na Kaballah 2013, realizada no Hopi Hari. Naquele dia o projeto tinha pouco mais de um ano de estrada. Já possuía alguns fãs, tanto que sua apresentação foi uma das mais aguardadas entre os artistas internacionais, mas pode-se dizer que depois desta data que o mascarado ganhou status de ídolo nacional. As razões para um sucesso tão meteórico? Uma combinação de criatividade, trabalho duro e boas ideias.

Muitos dizem que “pra fazer sucesso, é só vestir uma máscara e fazer micagem no palco”. Pode até ser uma fórmula que funcionou para alguns, mas não foi a receita de Digitalchord. Para ele, a máscara serve para tornar o personagem impessoal. “Na verdade, o Digitalchord não é uma pessoa, ele é uma representação de todos nós. Todos que entendem a proposta e compactuam com ela podem se considerar uma parte do Digitalchord”, disse ele, em entrevista exclusiva para o Psicodelia. “Como vocês já notaram, eu quero ir além de simplesmente fazer música. Eu quero levar uma mensagem, uma reflexão para o público, e não tenho a necessidade narcisista de ser famoso e reconhecido. Se as pessoas captarem a mensagem e aplicarem em suas vidas, o objetivo está cumprido”, completou.

Se a parte conceitual é forte, a musical não poderia ficar atrás. Apesar de tocar electro, um estilo que sofre bastante preconceito por abrigar boa parte dos artistas ditos “mainstream”, o paladino mascarado conseguiu o respeito de muita gente. “Antes de criar o Digitalchord eu tocava techno, estilo que ainda curto e acompanho. No entanto, para levar minha música e mensagem para um número maior de pessoas, eu precisava tocar algo mais digerível. Como sempre tive uma atração pelo peso e pela agressividade do electro house, tem sido uma experiência ótima”, explicou, e enquanto observava a máscara em suas mãos, concluiu: “O electro está sendo a porta de entrada de muita gente para o mundo da música eletrônica, e eu acho que são essas cabeças limpas de preconceitos por vertentes que eu preciso atingir”.

E basta ouvir as composições dele, deixando de lado o pré-conceito, para atestar sua qualidade técnica. “Busco dar mais autoralidade ao meu som com timbragens e elementos únicos, como os vocais em português. Ás vezes fico horas apenas editando um timbre, só pra deixar como eu acho que tem que ser”, confessou ao nosso repórter, que observava os diversos equipamentos analógicos que Digitalchord possui em seu estúdio.

Levando o sucesso de 2013 para 2014

O ano que passou, sem dúvidas, foi um ano ótimo para o brasileiro. Além de todo o reconhecimento já citado, sua agenda esteve sempre lotada, somando mais de 100 gigs em apenas um ano. E por cada cidade que passa, mais reconhecimento: “É muito gratificante tocar em cidades pequenas, às vezes para pistas com menos de 100 pessoas, e ver que ainda assim as pessoas se emocionam com a música, cumprimentam, agradecem, interagem no Facebook”. Para coroar esta ótima fase, Digitalchord lançou recentemente um videoclipe para a música Capitão de Minha Alma, com imagens da sua apresentação na Kaballah.

Segundo ele, o clipe é também a transição para uma nova etapa do projeto. “É difícil falar em 'nova etapa' sem assustar os fãs, mas todos podem ficar tranquilos, pois não vou abandonar tudo o que construí”, tranquilizou, e logo em seguida explicou: “Nessa fase, vou tentar atingir novas pessoas, pessoas que ainda não ouviram falar do Digitalchord. Com a ajuda dos fãs, vou levar minha arte para o maior número de pessoas possíveis – o clipe é só o começo desse movimento”.

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