Marina – Quando foi o seu primeiro contato com a música eletrônica?
BrightLight – Eu acho que foi aos 13 anos, quando ganhei de um vizinho o “Impulse Tracker”, que é um programa de computador para fazer música, que surgiu muito antes da era do Cubase, e outros programas mais recentes, como o DAW. Isso foi tão fascinante para mim, que costumava me sentar todos os dias, e tentar fazer música. Instantaneamente. o gênero escolhido foi o Trance, porque senti que era esse o tipo de música que não tinha limites, e realmente me transportava para outro mundo, o que foi ótimo, proporcionando liberdade para expressar eu mesmo.
Marina – Como foi o início da sua carreira?
BrightLight – O meu primeiro lançamento foi com 17 ou 18 anos… Aquela track foi tão mal produzida, mas, recentemente, eu ouvi ela novamente, e tenho que dizer, ela tinha potencial. Eu levei muitos anos para realmente entender, o que queria fazer, e como queria que isso soasse. Eu ainda trabalho nisto todos os dias, e penso como irei soar no futuro, porque é isso que nós queremos ouvir… Certo? Nós queremos ouvir sons e melodias que nunca ouvimos, encontrar novos mundos, e histórias para contar.
Marina – Por que você escolheu o nome BrightLight?
BrightLight – O nome BrightLight veio facilmente, porque, na verdade, foi tirado do meu nome Shahar, que, em hebreu, significa aurora. Uma luz tão cedo na manhã, para mim, é o que brilha no céu… Muito legal! Não é mesmo?
Marina – Quem foram as suas influências?
BrightLight – Eu sou influenciado por tantos produtores, a maioria dos artistas da TIP Records, como o Raja Ram; e também da Twisted Records, como: Simon Posford, Prometheus, e OTT. Estes produtores sempre fizeram música tão diferente dos outros, e isso me proporcionou tanto, enquanto ouvia aquelas tracks incríveis! Eu também sou muito influenciado por artistas de outros gêneros, como: Nine Inch Nails e Dream Theater.
Marina – Quais são os seus três álbuns favoritos de todos os tempos?
BrightLight – Os meus três álbuns favoritos de todos os tempos, na verdade, não são Trance. Eu posso falar sobre tantos que amo, então, isso será uma escolha difícil.
“Pink Floyd – Dark Side of the Moon”
É a escolha de muitas pessoas, então, não é uma grande surpresa, mas, ainda é um dos álbuns mais incríveis de todos os tempos. É perfeito do início ao fim, uma verdadeira obra de arte!
“Tool – 10,000 days”
Tool é uma banda de rock progressivo, dos Estados Unidos. Eles fazem um rock tão psicodélico e interessante, com um estilo e ritmo incomum. Uma das minhas bandas favoritas de todos os tempos.
“Radiohead – Ok Computer”
Também uma banda incrível! Eles fizeram muitas músicas de rock psicodélico, por tantos anos… E esse álbum realmente marcou a minha infância.
E se falamos especificamente sobre o Trance, eu acho que os melhores álbuns foram:
Hallucinogen – The Lone Deranger
Cosma – Nonstop
1200 Mics – 1200 Micrograms
Marina – De onde você tira inspiração para criar novas músicas?
BrightLight – Para mim, novas músicas não vêm tão facilmente, o tempo todo, porque, eu acredito que escrevo elas, meio que diferente dos outros. Eu não apenas ligo o computador, e começo com Kick e Bass. Eu sempre tive um conceito, ou uma idéia anterior, como uma mensagem ou melodia, e construo tudo em volta disso. Eu assisto muitos filmes de ficção científica, converso sobre outros mundos com o meu amigo Symbolico, e outras coisas no estilo. Você nunca sabe quando a inspiração irá chegar…
Marina – Como você define a sua música?
BrightLight – Eu acredito que posso definir como todos dizem: Psychedelic Trance, mas, para mim, é muito mais que isso… Eu tento fazer algo que é um pouco diferente, da maioria dos projetos que ouvi, para que isso seja uma experiência nova, uma verdadeira jornada para o ouvinte. Eu tento criar esta experiência de músicas tão únicas, o máximo que posso pensar, quebrando barreiras em minha própria mente, o tempo todo, e é isso que acredito que faz da minha música tão especial… É difícil fazer um novo mundo de sons, e no final, sempre leva mais tempo. Eu espero que você goste da minha música!
Marina – Onde foi a apresentação que mais te marcou?
BrightLight – Esta é uma boa questão! Eu acho que foi em uma festa que toquei, onde o público estava sentindo a música tão intensamente, que, depois do meu set, as pessoas vieram apertar a minha mão… A apresentação foi no sul de Israel, há dois anos. No ano passado, eu tive uma grande experiência na França, em uma festa muito legal. As pessoas eram incríveis, e a energia foi maravilhosa!
Marina – Como é a cena eletrônica em Israel?
BrightLight – Desde o início dos anos 90, a música eletrônica, especialmente o Trance, sempre foi uma parte integral da cultura de Israel. Durante todos esses anos, o estilo mudou, mas, de algum modo, Israel ainda é um país que parece amar mais o Trance, do que qualquer outro gênero musical. Existem tantas festas, toda semana, embora o país seja tão pequeno.
Marina – Se você pudesse escolher qualquer lugar para tocar, onde seria?
BrightLight – Eu disse para o Tsuyoshi Suzuki milhões de vezes, que ir e tocar no Japão, sempre foi o meu sonho, desde criança. Algo sobre a cultura Japonesa e o seu estilo, que sempre me atraíram. Eu espero poder fazer isso em breve! É claro que, como a maioria dos artistas, eu acredito que os festivais mais famosos, ainda são os melhores lugares para tocar, como: Boom Festival, Ozora Festival, e Sun Festival (apenas para nomear alguns). Eu ainda tenho tantos lugares para visitar… Eu espero conseguir ir em todos!
Marina – Quais são os seus hobbies quando você não está produzindo ou viajando?
BrightLight – Quando não estou criando músicas, me encontro trabalhando o tempo todo, como parte da FM Bookings, que é uma agência de bookings em Israel. Com exceção disso, eu sou um cara normal, indo para casa, fazendo o jantar, assistindo um bom filme, e descansando… Às vezes, eu gosto de assistir discursos no TED, e outras coisas parecidas, para expandir o meu conhecimento, e encontrar novas ideias para a minha música. É um ótimo jeito de aprender tanta coisa nova, que não pensava antes… Para ser honesto, com certeza, a música é o meu maior hobbie!
Marina – Quais são as novidades em relação à turnês e lançamentos?
BrightLight – Eu acho que não posso dizer muito no momento, porque os line ups para os festivais no verão ainda não saíram, mas, você poderá me encontrar em breve na Suíça, França, e Alemanha… Sobre os lançamentos, eu estou trabalhando em vários… Eu tenho um single, que quero lançar no futuro, e comecei a trabalhar em um álbum, embora não saiba quanto tempo isso irá levar… Eu estou fazendo um CD mix, que irei distribuir gratuitamente, onde quer que esteja tocando, então, venha e peça a sua cópia, espero que esteja pronto no próximo mês.
Marina – Gostaria de finalizar com uma mensagem para os seus fãs?
BrightLight – Na minha experiência, eu aprendi que, o melhor jeito de se expressar é sendo verdadeiro e genuíno. Isso não é um clichê, tente por si mesmo, e você não irá se arrepender. Obrigado a todos!
Conheça mais sobre o artista:
https://www.facebook.com/BrightLightisrael
https://soundcloud.com/brightlightpsytrance
http://www.youtube.com/user/BrightLightisrael
https://www.facebook.com/FMBooking
Interview in English here:
https://www.dropbox.com/s/nsbyx0w3idi6slg/BrightLight.rtf?dl=0