Que tal essa imagem psicodélica aí em cima? Certamente obra de alguém muito “louco” e criativo, certo? Não necessariamente. Essa imagem não foi criada por um ser humano. Ela é o resultado de uma interpretação de uma rede neural criada pelo Google.
Há muito tempo falamos aqui sobre o Electric Sheep, um programa que conectava computadores em modo sleep para gerar essas belas imagens.
Pois agora, em um post feito em seu blog, a equipe de pesquisa de redes neurais artificiais do Google explicou qu está construindo um tipo de sistema de visão computacional avançado capaz de identificar e reconhecer vários tipos de objetos em imagens e associar significado a cada um deles.
Os engenheiros explicam que essas redes neurais trabalham em camadas. Quando você envia uma foto através da rede, a primeira camada detecta informações de baixa importância, como as bordas da imagem. A camada seguinte pode preencher alumas informações sobre as formas em si, se aproximando um pouco mais do que é mostrado na imagem e as últimas camadas montam tudo isso em uma interpretação completa.
O Google “treina” cada rede ao alimentá-las com milhares de imagens – algumas vezes com foco em um tipo específico, como árvores ou animais. Porém, a equipe do Google descobriu que, às vezes, ao invés de responder com base nas informações recebidas, essas redes acabam criando elas mesms imagens de certos objetos que simplesmente não existem:
Sim. Essas são criaturas fantásticas criadas inteiramente por uma rede neural artificial que buscava animais em uma imagem de nuvens.
Então a equipe foi um passo adiante: ela mostrou o que acontece quando uma rede é colocada em um loop infinito com uma imagem gerada por ela mesma. Em outras palavras, se você pedir para uma rede que é “especialista” em arcos arquitetônicos para criar uma imagem desses arcos – e então pedir para ela gerar mais uma com base nessa imagem, e outra, e outra, o resultado é algo assim:
Note: não são fotos distorcidas. São imagens 100% originais criadas a partir do que um conjunto de computadores entende que sejam “arcos arquitetônicos”. Quando estimulada por outros tipos de pesquisa, a rede do Google respondeu com imagens como essas (você pode encontrar mais nesse álbum):