Muitas especulações surgiram desde que veio à tona a divulgação oficial da Tribaltech 2012. Apesar do line up e outras informações terem sido divulgadas, algumas questões ficaram soltas no ar e precisavam ser esclarecidas. Entre elas, a dúvida que mais se falou entre o público: o “fim” do evento realmente havia chegado?

Com isso, a ansiedade por mais novidades e detalhes ficou cada vez maior e coube à Vivian Silva, da redação do Rio Music Conference, solucionar esse impasse. Em entrevista exclusiva, ela conversou com o curitibano Carlos Civitate Júnior, o “Jeje”, para saber um pouco mais sobre a Tribaltech e se realmente esta será a última edição do festival.

Vivian Silva – Como e quando começou a sua história na cena eletrônica?
Jeje – Em 1998, numa XXXperience em São Paulo, onde conheci o Rica Amaral. Eu queria fazer a festa em Curitiba e esse foi o meu primeiro contato mais íntimo com os eventos. Foi quando propriamente comecei a trabalhar com isso.

Vivian Silva – Você é um dos idealizadores da Tribaltech. Me conte um pouco como surgiu o festival e quando ocorreu o primeiro evento?
Jeje – A primeira edição foi em 2004, eu estava um pouco cansado do formato e da sonoridade das festas naquela época. Queria fazer algo que não fosse com uma característica de “rave” e com diversos estilos de musica, porém não podia fugir do que estava acontecendo no mercado. Queríamos algo mais “hitech” e menos “rave”, justamente, para diferenciar de outra festa que fazíamos em Curitiba na época. Foi bem difícil no começo, mas a partir de 2006 conseguimos colocar uma variedade grande de estilos no evento. 

Vivian Silva – Por que esta será a última edição da Tribaltech? 
Jeje – Estamos com novos projetos para 2013. E achamos que apenas uma grande festa, por ano, no mercado de Curitiba é o ideal, nós continuaremos a fazer a XXXperience. Bom, isso se o mundo não acabar agora, em 2012 (risos)!

Vivian Silva – Quais são as grandes novidades da Tribaltech 2012?
Jeje – Estamos concentrados em mudar a festa toda, novo formato de montagem, nova estrutura, queremos que as pessoas que forem nesta edição tenham uma experiência 100% inédita. Mudamos o local de montagem na fazenda, estamos preparando uma surpresa em relação a isso! O horário também mudou e começaremos como antigamente, às 22horas. 

Vivian Silva – Qual a expectativa do público para esta edição?
Jeje – Nunca tivemos uma edição com tanta expectativa, esperamos pelo menos 20 mil pessoas neste evento!

Vivian Silva – Como é feita a escolha do line up? Quais são os principais critérios na escolha de um artista?
Jeje – Fazer o line up de uma festa como a Tribaltech não é fácil, pois dependemos de diversos fatores. Criamos uma ideia inicial e a partir daí vamos para o mercado buscar as possibilidades. Nem sempre conseguimos fazer o que planejamos, então partimos para o plano “B”, “C”  e, às vezes, até o “D”.

Este ano, tivemos sorte, o que ajudou muito é que todos os estilos estão separados por pistas distintas. Aí você não precisa ficar misturando e, desse modo, acaba ficando mais fácil dos artistas aceitarem tocar, pois normalmente fechamos 3 ou 4 artistas por agência.

Vivian Silva – Quantas pessoas estão envolvidas para a realização de um evento como a Tribaltech?
Jeje – Pré-produção 10, produção 40 e no evento 1000.

Vivian Silva – Além dos headliners, quais artistas você aposta na programação?
Jeje – Falarei por pistas: 

Techno: Bravetti sempre é uma atração a parte, ele apresentará um livenovo e pelo pouco que vi será incrível.

Psy: Tem dois artistas que eu particularmente gosto muito e colocamos eles para fechar essa pista, pois achamos que tem tudo a ver: Tetrameth e Shadow Fx. Destaco ainda o Element, que é um cara aqui de Curitiba, que está com a carreira em ascensão, acho que ele vai “roubar” a cena.

House: Esta é a minha pista favorita e escolhemos a dedo todos os artistas, minhas apostas são:Crazy P é uma banda inédita aqui no Brasil, eles são incríveis; NTFO é uma dupla  inédita por aqui também e o som deles é sensacional; Stimming, este ano, foi demais a mais recente apresentação deles na Vibe e estou muito curioso para ver como será no festival; Wildkats a galera mais “antenada” espera eles… E o Fabo, um DJ de Curitiba, que lançou várias músicas de sucesso no mundo inteiro e que estará voltando da sua primeira turnê pela Europa. Aposto que será demais também!

Vivian Silva – Jeje, você tem novos planos profissionais? Algum novo festival ou evento ligado à cena eletrônica que será produzido pela T2 Eventos
Jeje – Sim, com certeza, nossa vida é a musica eletrônica, continuaremos normalmente com a XXXperience e a Vibe. 

Com a Vibe estamos agora em 2012  terminando nosso projeto de franquias, e até 2014 teremos pelo menos mais 4 no Brasil.

Ainda com as festas, vamos lançar 1 ou 2 projetos novos, em 2013, bem diferentes de tudo que já fizemos. Daremos uma sacudida no mercado. Pode apostar!

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Fonte: RMC