Review: Totally Enormous Extinct Dinosaurs – Trouble

Publicado em 14/06/2012 - Por

A excentricidade do projeto não está apenas no nome. As apresentações do Totally Enormous Extinct Dinosaurs são comandadas por um artista fantasiado de dinossauro, em vestes que mais parecem um pijama enfeitado pela avó, com direito a balões e canhões de confete. Isso sem contar as duas dançarinas com rabo de dinossauro.

Mas não é somente por todo este carnaval que a cena eletrônica volta seus olhos ao trabalho do inglês Orlando Higginbottom. Por trás do pitoresco, há um artista que nos apresenta um som aparentemente simples, dançante e que, por mais estranho que pareça, é carregado por melodias e vocais melancólicos.

Desde seu primeiro EP,  em 2009 pelo selo Greco-Roman, TEED tem lançado excelentes músicas e ótimos remixes (destaque para o remix da Space Ballad do Fur Coat, pela Crosstown Rebels). Não há um estilo definido para sua sonoridade. No Beatport, a nomenclatura vai desde electro-house a indie dance. Num breve documentário feito pela Channel 4, Orlando limitou-se a dizer que o que ele faz é Dance Music. Num período em que os produtores cada vez mais se exaltam com a proteção da honra e da pureza de determinados estilos musicais, o recado que fica é que isso não deve ser levado muito a sério.

O album de estreia do TEED, lançado nesse mês, chama-se Trouble. O trabalho traz uma série de músicas já conhecidas pelos fãs, como Garden, Household Goods e a própria Trouble.

A abertura do álbum fica por conta de Promises, uma boa amostra do estilo do projeto e de seus principais releases.

[video:http://www.youtube.com/watch?v=wG0YCR-3FYY]

A música seguinte, que dá nome ao Album, é Trouble. Detalhe para o clip e os eventos que acontecem a partir dos 02:49min.

[video:http://www.youtube.com/watch?v=odNebyVXsZg]

As duas músicas que seguem são Shimmer e Household Goods. Shimmer é um som viajante por excelência, bela linha de baixo e synths inquietos.

[video:http://www.youtube.com/watch?v=D-bv7pwsNDo]

O destaque de Household Goods são seus gratuitos baixos rasgados.

[video:http://www.youtube.com/watch?v=A_asfZhfTBk]

Your Love é a mais ‘House’ do album.

[video:http://www.youtube.com/watch?v=6VO-TCoBetI]

You Need Me on My Own chama mais atenção pela letra, que versa sobre aquela velha relação entre egoísmo, amor e infantilidade.

[video: http://www.youtube.com/watch?v=hb7x-PTZjv0]

Panpipes poderia ser enquadrada como tech-house-bobo-alegre. Mas aí vem os breaks e eles dão risadas da sua preocupação com nomenclaturas.

[video:http://www.youtube.com/watch?v=h9QJkVgO0E4]

Garden, talvez a música mais famosa do TEED, foi a primeira música que ouvi do projeto, no começo do ano passado. O refrão é pegajoso e a melodia sensacional.

[video:http://www.youtube.com/watch?v=KD1NTfTF21I]

Solo é um techno que lembra em alguns momentos aquele groove do Fotmat-B. Boa pedida para os clubs.

[video:http://www.youtube.com/watch?v=S89kkjI3s2Y]

Tapes & Money segue a linha ‘principal’do projeto’ e já foi a minha track do mês em abril, quando do lançamento do EP.

[video:http://www.youtube.com/watch?v=zgPIhGKNado]

American Dream Pt. II provavelmente seja a música mais  ‘pesada’ do album, relembrando as tracks mais antigas do TEED, quando ainda não se utilizava de vocais e a coisa era bem simples e ignorante.

[video:http://www.youtube.com/watch?v=_CNRKkrAUyk]

Das músicas inéditas, Closer é a que mais me agradou. Méritos para o fantástico jogo e sampleamento de vocais. 

[video: http://www.youtube.com/watch?v=ctRFFUNZ6BA]

Na sequência, uma música que poderia fechar com chave de ouro o álbum, Fair.

[video:http://www.youtube.com/watch?v=7Jg0nFUq81w]

Mas, talvez para não acabar com tudo na maior depre, temos Stronger.

[video: http://www.youtube.com/watch?v=Qd4t0pcbq-0]

Para quem comprou o Album no Beatport, há uma música extra. Blood Pressure é um drum ‘n bass sempre presente nas apresentações do TEED.

[video: http://www.youtube.com/watch?v=H3d7T14GcLY]

Por fim, o veredicto é que Trouble trata-se de um belíssimo álbum, com excelentes músicas que carregam uma sonoridade caprichada e elegante. Orlando Higginbottom faz parte daquele grupo de produtores que nos faz respirar os bons ares da criatividade, apostando na musicalidade e na simplicidade, ao invés de um maximalismo sem sentido, evitando cair na repetitividade e na mesmice. 

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