Trancestep?

Publicado em 19/05/2010 - Por

Nesse mundinho de música eletrônica todo mundo gosta de criar novos termos e rotular estilos. Pessoalmente sou um pouco contra isso, mas vivo criando os meus próprios só pela graça.
O título Dubstep foi forjado por volta de 2002 para classificar um gênero ainda embrionário que para muitos soava como um drum’n bass sob influencia de ketamina, mas na verdade é uma evolução de vertentes sombrias do 2-step garage. Ao longo da última década, o dubstep evoluiu para se tornar possivelmente o gênero mais influente da música eletrônica atual, superando as barreiras estilísticas e atraindo atenção de artistas como Thom Yorke e jazzistas conceituados. Eu mesmo sou vítima do estilo, que me levou a aposentar a guitarra e mergulhar na música eletrônica.
Grande parte do ainda crescente sucesso se deve ao fato do gênero ser baseado em inovações. Claro que fórmulas já existem, e mesmo soando vazias fazem sucesso, mas basta um ouvido atento para encontrar sonoridades seminais verdadeiramente autorais. O dubstep se firmou como um caldeirão borbulhante de experimentações, ousadia e pensamentos ‘para frente’, onde buscar influências de outros estilos musicais é mais do que uma boa ideia, é uma obrigação.


O que logo me chamou a atenção em Innocence, da dupla inglesa Nero, foi a nítida influência trance presente na faixa. A longa e dramática introdução, os build ups e a linha vocal, tudo poderia passar como uma produção de Tiesto, até que os beats e o poderoso bassline mostram que trata-se na verdade de dubstep. Para não perder a oportunidade de surpreender novamente, a música ainda conta com um break absolutamente trance. Basicamente com uma batida 4×4 e um bassline mais contido a track iria direto para a case de qualquer dj de trance.
Podem esperar por remixes!

Receba nosso conteúdo
direto no seu email

Cadastre seu email e receba toda semana nossos conteúdos e promoções! É grátis!

0
    0
    Sua cesta
    Sua cesta está vaziaContinuar na loja