A arte pela arte de Pedra Branca

Publicado em 21/09/2016 - Por Camila Canabarro

Quando se fala em um palco de Chill Out o primeiro nome que vem à cabeça é sempre Pedra Branca. Referência na cena trance, o grupo foi fundado em 2001 por Luciano Sallun e Aquiles Ghirell e produz de uma maneira muito singular um som altamente elaborado, fruto da mistura entre música eletrônica, jazz e sons étnicos trazendo tudo isso para contemporaneidade.

O grupo foi crescendo e hoje os integrantes são: Luciano Sallun, Aquiles Ghirelli, Daniel Puerto Rico, Flávio Cruz, Ana Eliza Colomar, Ricardo Mingardi e a dançarina Laíz Latenek. E em algumas apresentações eles também levam os convidados: Susana Bragatto e Vj Dhirak.

O Pedra Branca criou 4 álbuns: “Pedra Branca” em 2004, “Feijoada Polifônica” em 2006, “Organismo Eletrônico” em 2009 e “Radio Global” em 2011, além de inúmeras compilações.

O grupo já passou pelos maiores festivais de cultura alternativa do mundo,  como Boom Festival e Universo Paralello, atravessando fronteiras para que diversas pessoas pudessem conhecer sua apresentação artística completa. Conversamos com o grupo sobre o passado, presente e futuro. Confira:

 

1- Primeiramente obrigada por falar conosco. Conte-nos um pouco sobre a sua história em meio a música e junto ao Pedra Branca

Comecei a tocar desde criança, piano com minha mãe que dava aula de piano em casa, parei aos 10 anos e com 12 anos comecei a estudar violão. Depois com 15 anos, 16, 17, 18 anos tive varias bandas e estudava guitarra e violão. Logo depois com 20 anos comecei a fazer faculdade de Musicoterapia, isso era em 1998 e estudar sitar em 1999. E nessa época comecei a querer fazer um projeto, que não fosse uma banda, que tivesse dança, performance, artes visuais, mas que misturasse a música eletrônica, música global e não apenas ocidental, mas brasileiro, sem tentar ser gringo, que desse para sentir que eramos brasileiros de alguma forma, mas que não seguisse a mpb ou uma linha brasileira. E comecei a experimentar coisas, uns beats e estudar sitar, oud. E em 2001 nasceu o Pedra Branca.

 

2- O Pedra Branca se tornou uma das maiores referências quando se fala em Chill Out no Brasil. Quando foi o primeiro contato da banda com os festivais de cultura alternativa?

Logo no início do grupo em 2001, levei uma demo para a Nena, que fazia a mais tradicional club Trance que já teve por tantos anos na Rua Augusta em SP. Ela que já tinha participado do Boom Festival na época, me disse, nossa finalmente um grupo assim brasileiro toda animada, saí feliz de lá e logo ela me ligou ou mandou um email fechando uma apresentação no chillout da Cave Party 2002, mais conhecida na época por Festa da Caverna. Depois teve o Universo Paralello quando era em Alto Paraiso ainda.

 

3- Vocês acham que o mercado de música instrumental é pequeno? Como vocês enxergam essa cena no Brasil?

Sim, muito pequeno perto do mercado da música vocal pop, é uma questão de semiótica, a música instrumental é onde não tem palavra de ordem, e os signos não são concretos, mas sim abstratos.

 

4- Essa mistura de sons étnicos, eletrônicos e jazz são uma forte característica da banda. Profissionalmente, consideram que foi um caminho fácil ou difícil de percorrer? Afinal, é uma sonoridade que demanda muita técnica e estudo.

Sempre será difícil, pois nunca acaba.

 

5- A banda foi fundada em 2001, vocês notaram uma renovação do público desde então?

Sim, já sim, talvez umas 3 vezes até. A questão é que tem gente que vai depois de anos em shows. Acontece de tudo, mas de modo geral sim.

 

6- Na cena do Chill Out, quais profissionais vocês acreditam ter um grande potencial e podem se destacar como o Pedra Branca?

Acho que já vários se destacam de sua forma.

Saiba Mais

 

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