Entrevista: Alternative Control

Publicado em 30/09/2013 - Por Marina Tavares

O Alternative Control foi formado em 2003, pelos sérvios Rastko Palikuca e Goran Toprek, que continuaram juntos o projeto até meados de 2011. Em 2012, Rastko decidiu continuar o projeto solo. Os álbuns lançados foram “Alt+Ctrl em 2006, e “Alternating Current” em 2011. As apresentações incluem os países Japão, México e Rússia; os festivais Full Moon, Ozora, Gathering, Aurora, Freedom Festival e Indian Spirit; e colaborações com os artistas Shanti, Deedrah, Sub6, Bamboo Forest, Protoculture, Animalis e Switch.

Fale-me um pouco sobre o Alternative Control.

O Alternative Control foi criado em 2003, por mim (Rastko) e Goran. Nós já estávamos na cena há algum tempo, frequentando festas, organizando, tocando, e estava na hora de fazer algo a mais, um passo maior, dediquei-me e isto se tornou um estilo de vida. Para mim, o trance psicodélico e o Alternative Control possui um grande significado, como o nome diz, eu tento ser sempre alternativo, mostrando ao público a minha música, conhecimento e inspiração. Após nove anos de existência, o Alternative Control já está marcado no gênero para sempre, e este foi o meu objetivo desde o inicio.

Quem foram as suas inspirações?

Inspiração pode ser qualquer coisa, desde uma praia, uma floresta, um rio; um bom filme, um livro, uma mulher… Inspiração normalmente envolve o despercebido dentro de nós, provocado por diferentes tons ou influências, a única coisa que as pessoas precisam fazer é se sintonizarem, ouvirem, para depois reagirem, emocionalmente e fisicamente.

Há algum tipo de fórmula para se criar um grande hit para as pistas?

Claro! Muitos dos sucessos de hoje em dia, não são nada mais que os mesmos dos anos 70, 80 e 90. Depende de qual foi à época, funk, disco, dance, pop e etc. Melodias, harmonias, progressões, tudo o que foi usado em milhões de sucessos, não importa qual o gênero. Então, sim, existe uma fórmula para um sucesso, que irá funcionar na maioria das pistas de dança, às vezes, ela não funciona. Você pode gostar da track e chamá-la de hit, mas, talvez ela não seja uma explosão para os outros.

Cada pista possui as suas características, isso se sabe, bem como diferença de públicos. Você consegue ver a diferença entre públicos? Há algum lugar em que você tenha sentido um “algo a mais?” Algum lugar que mais te tocou? Onde foi?

Eu estou certo de que isto não tem nada haver com países ou nações, e sim com a personalidade individual de cada um. A música do Alternative Control é emotiva, e isto leva dentro de si energia e vibração. Algumas pessoas gostam de batidas mais pesadas e sons fortes, porque esta é a sua vibração para descarregar aquele momento. Normalmente, as garotas gostam mais do meu som do que os rapazes, mas eu conheço vários que também curtem. Então, nos países onde as pessoas possuem o emotivo aberto, a minha música talvez seja mais bem aceita.

Como você vê o mercado musical hoje? Como lida com as mudanças dos últimos anos?

Bom, se você pergunta na questão financeira, é a única coisa em jogo hoje em dia, e eu sobrevivo. Menos arte, mais entretenimento; menos artistas, mais performances. Simples assim. E sim, menos qualidade na multidão.

Qual será o próximo passo em relação a produções e lançamentos?

O 3° álbum do Alternative Control será lançado, e também mais dois projetos secretos com uma batida mais lenta.

Um último recado?

Pense por si próprio. 

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