King Festival 2013: review e fotos

Publicado em 20/11/2013 - Por

No último fim de semana, entre os dias 15 e 16 de novembro aconteceu o King Festival em Recife. Com investimento pesado em line up, estrutura e marketing, a organização do evento mostrou que não estava brincando quando prometiam criar um dos maiores festivais de música eletrônica do país.

Durante os dois dias, o que se viu foi um um público de cerca de 20mil pessoas dispostas apagar por ingressos que variavam entre R$ 60,00 e R$ 600,00 para ver de perto alguns dos nomes mais populares da música eletrônica e que raramente passam perto das grandes capitais do nordeste como: Nervo, Hardwell, Eskimo, Steve Angello, Dr Lektroluv, Infected Mushroom e Afrojack, comprovando que a cena eletrônica na região nordeste ainda possui um enorme potencial para ser explorado.

 

O palco do King festival foi por si só uma das atrações do evento. Em forma de uma grande muralha medieval, possuía cerca de 1.500m² e uma decoração elaborada até mesmo em pequenos detalhes. Dois telões  fechavam o paredão e permitiam ao público ter uma excelente visualização de tudo o que acontecia no palco a partir de qualquer ponto da festa. Isso somado ao ótimo sound system, muita pirotecnia e à confortável estrutura do Centro de Convenções de Pernambuco garantiu uma experiência muito boa para o público.

Já o line up, composto pelos vários dos DJs mais populares da atualidade, garantiu a presença em peso do público, mas também transformou o evento em uma grande montanha russa de estilos, que variavam bruscamente entre uma atração e outra (algo que em uma próxima edição pode ser solucionado com um segundo palco).

Mas se por um lado foi estranho ver Infected Mushroom entrando logo após Steve Angello, por outro podemos afirmar que a diversidade de estilos acabou se tornando um ponto marcante e até positivo no contexto do festival.

Gente famosa agregando valor ao camarote

 

Se levarmos em conta que muita gente estava ali mais “pela balada” do que pelos DJs, o King Festival se transformou em uma ótima oportunidade para essa parcela do público conhecer DJs relevantes do Brasil e do mundo, além de estilos bastante variados. Impossível alguém ter ido embora sem ter se identificado com pelo menos 1 ou 2 projetos.

Na primeira noite, as gêmeas do Nervo foram as responsáveis pelo primeiro grande momento “à la Tomorrowland” da noite, mostrando muito carisma e interação com o público que se apertava em frente ao palco. Mais tarde, cercado de seguranças, chegou Hardwell, recém-eleito o Dj mais popular do mundo pela DJ Mag, para alegria do verdadeiro exército de fãs vestindo camisetas com a frase “Go Hardwell or Go Home”. 

Já os fãs de Eskimo tiveram uma grande decepção. Escalado para encerrar a noite, o inglês abandonou o palco com cerca de 20 minutos de aparesentação. Em função do adiantado da hora, a organização do King foi obrigada a abaixar o som, o que desagradou o DJ que simplesmente virou as costas e abandou o evento. 

Já no começo da segunda noite, destaque para o brasileiro Whebba que levou a pista com muita competência. Mais tarde, Steve Angello foi responsável por mais um momento 'Tomorrowland', com o público delirando e cantando suas músicas em uma só voz.

Logo em seguida, os israelenses do Infected Mushroom invadiram o palco com sua banda e levantaram o público ao tocarem verdadeiros hinos como I Wish e Cities of the Future.

Mais tarde, Dr. Lektroluv veio com um set bem mais comportado do que o habitual e show de luzes personalizado, pintando de verde a pista do King Festival durante cerca de uma hora.

E após 3 horas de atraso, já com o sol alto, Afrojack encerrou o King Festival para delírio dos fãs mais fortes que esperaram até o fim.

Para quem estava na área VIP, além das atrações confirmadas no line up ainda foi possível curtir um “showzinho” extra, com ninguém menos que o rapper americano Ja Rule. A surpresa foi um grande sucesso entre todos os que estavam no camarote.

Fotos

Confira o álbum completo de fotos: https://www.facebook.com/KINGfestival/photos_stream

 

Problemas:

Como qualquer evento de grande porte, o King Festival enfrentou alguns problemas como:

  • Quantidade reduzida de caixas para compra de fichas gerou grandes filas que, no meio da noite, acabaram irritando parte do público.
  • A abertura da apresentação de Steve Angello foi atrapalhada por um breve apagão de 5 minutos.
  • A água acabou na metade da primeira noite. Após algum tempo, os bares votlaram a ser reabastecidos, porém dessa vez com copinhos ao invés de garrafas.
  • Com várias apresentações marcadas em sequência naquele final de semana, Afrojack acabou chegando no final do segundo dia de evento, com mais de 3 horas de atraso, o que fez com que muita gente desistisse de esperá-lo e fosse embora sem ver um dos headliners do evento.

Saldo Muito Positivo

Ao final dos 2 dias, o King Festival mostrou que não poupou esforços nem despesas para realizar algo realmente grande. É fácil perceber quando o sucesso do evento é prioridade para seus organizadores, vindo antes até mesmo do lucro. E isso ficou nítido no King Festival. 

Dentro da proposta do festival, a organização trabalhou muito bem, em todos os sentidos. Os poucos pontos negativos não tiram o brilho dos pontos positivos, e se mantiver o mesmo nível nas próximas edições, expandindo o line up e a quantidade de palcos, o King Festival tem tudo para ser reconhecido definitivamente como um dos maiores eventos música eletrônica do Brasil. 

 

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