Perfil Clara Prema – Psilocybin/Sedna Crew

Publicado em 18/03/2008 - Por

Clara PremaEla é a prova de que a musicalidade está mesmo no sangue da família! Começando com a influência do pai, seguido pelo empurrãozinho do irmão, o DJ Gabriel Mello, há 3 anos a DJ curitibana Clara Prema vem mostrando a qualidade do seu groove.

Mesmo enfrentando o machismo de alguns por estar num meio onde a ampla maioria é masculina, Clara não se abateu e mostrou a que veio: “O pessoal (principalmente os homens) não dá muito valor quando vê uma mulher tocando, não dão importância ao trabalho, mas aos poucos as coisas vão mudando”.
Quando comenta sobre outras dificuldades do meio, Clara conta que os organizadores de festas costumam desperdiçar o talento de bons DJs. “Dificuldades sempre tem, mas o que eu vejo de pior hoje, é como ninguém dá valor para o trabalho que você tanto se empenhou para fazer. O público reconhece e elogia, mas os organizadores não vêem o que tem nas mãos…”.
Clara, que ainda não tem músicas próprias, quer deixar as coisas acontecerem no seu tempo, sem pressa, para que tudo possa sair com perfeição, sem fugir do seu estilo. Enquanto isso não acontece, ela continua se dedicando às mixagens.
Psicodelia – Como você define o seu som?
Clara Prema – Meu som eu defino como groove com levadas de full on, bem sério, entra bem de dia ou em qualquer hora.
Psicodelia – Quais são os projetos que mais influenciam seu som e quais você não dispensa de jeito nenhum?
Clara Prema – Os projetos q influenciam muito no meu som são: Panick, Freakulizer, Barak, Mahamudra, Rinkadink, entre outros. E o que não dispenso nunca é Panick .
Psicodelia – Ser DJ é uma profissão onde é preciso enfrentar várias dificuldades. O que faz você continuar na profissão?
Clara Prema – O que me faz continuar é o amor do público e o reconhecimento dele perante meu trabalho, isso me dá força!
Psicodelia – Como que você avalia a cena trance curitibana?
Clara Prema – Curitiba evoluiu muito na cena, mas ao mesmo tempo decaiu muito, tem muitas festas direto, o público mudou demais… festa rave virou moda. Hoje em dia ninguém mais se importa com a arte em si, quais os DJs que estão tocando, o que representa estar ali em meio a natureza, o sentido se perdeu em meio a tanta futilidade das pessoas, em realmente banalizar o sentido das festas.
Psicodelia – De que forma o psicodélico faz parte do seu cotidiano?
Clara Prema – O psicodélico eu vejo em várias coisas. Vejo na música, nas festas, na decoração, no público que vive da forma certa dentro das festas, e não se drogando um monte e falando que é psicodélico porque, de certa forma, a rave é um woodstock do século XXI, mas hoje temos muito mais informação do que nos anos 70. Cabe às pessoas serem conscientes, a psicodelia pode estar dentro da cabeça de cada um sem precisar de drogas… Creio que para todos os DJs principalmente, a psicodelia esta presente todos os dias.
Psicodelia – Mande um recado para quem também quer ser um DJ.
Clara Prema – Para quem está começando nesse meio, se a pessoa ama muito, quer muito e trabalha em cima sempre, ela vai dar certo com certeza! Tem que ter muita força de vontade e amor para estar nesse meio, então, boa sorte aos futuros DJs e produtores! Pela boa música vale a pena!!

Para Saber Mais

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