Quem é: ELAH

Publicado em 28/09/2018 - Por Victor Stenzowski

ELAH

Eclética e exploradora de diversas sonoridades, hoje entrevistamos Angela Follador, artista com forte presença paranaense e destaque como criadora do projeto de Progressive Psytrance intitulado ELAH, que traz em suas apresentações mixagens singulares com graves pesados, ricos em elementos psicodélicos e variações progressivas significativas de elementos.

Como a música chegou à sua vida? Quando foi sua primeira festa de música eletronica?

Sempre fui muito musical, cresci ouvindo clássicos de MPB com a familia em churrascos, festas etc. A primeira festa eletrônica foi a Tribe 2006.

A imensa maioria dos artistas de música eletrônica é composta por homens. Como é ser uma Dj mulher nesse meio? 

Penso que a minha responsabilidade lá em cima aumenta, pois certa vez ouvi de uma pessoa: “Nossa! Mas seu som nem parece som de mulher”. Pensei comigo: “cara como assim som de mulher?”. Esse tipo de comentário é que esconde este estereótipo de que o preconceito existe sim, e que precisamos a cada apresentação nos afirmar mais, mostrando que somos capazes tanto quanto os homens que estão lá. Todo Dj já sambou, mas na minha visão a mulher carrega uma responsabilidade maior, pois sabemos que um erro vai surtir muito mais “apontamento” do que um homem.  Nunca senti dificuldade, mas sinto que estou lá, para assim como tantas outras quebrar paradigmas e preconceitos que tem e estão inclusos nesta profissão.

Certa vez ouvi de uma pessoa: “Nossa! Mas seu som nem parece som de mulher”. Pensei comigo: “cara como assim som de mulher?”

Onde você busca inspiração? Quais são suas referências dentro e fora da musica eletrônica?

Quando estamos lá em cima, no palco, percebemos que a inspiração é a pista, ver ela dançar a cada mixagem, a cada música e sentir o que estamos querendo passar, a mensagem, a história do set. Minhas inspirações foram sempre em torno da música popular brasileira como Elis Regina, Chico, Adriana Calcanhoto, Maria Rita, Marisa Monte, Lenine, Nando Reis, Ana Canas, Vinicius de Moraes, Tom Jobim e muitos outros. Dentro da musica eletrônica busco inspiração em projetos como Audiotec, Audiofire, Relativ, Symbolic, Freq,Sonic Species, Mindfold, Maitika, Makida, Kalki, Sideforms, Antinomy, Astrix, Spirit Architect, entre muitos outros.

O que você acha da cena eletrônica brasileira atual? 

A cena que eu vejo é aquela que tem espaço para todos os estilos e vertentes, e um público adaptável a isso também. Quando vamos em um festival curtimos do high bpm ao reggae, é algo único e maravilhoso. Essa diversidade e infinitas possibilitamos que temos. O Trance é algo tão único e ao mesmo tempo agrega a si mesmo tantas outras musicalidades. Logicamente que com o crescimento da cena as vezes perdemos um pouco da sintonia, pois são pessoas muito distintas, várias tribos de vários estilos, mas acaba sendo normal pela proporção dos eventos.

Se você pudesse escolher qualquer lugar para tocar, onde seria?

Com certeza Universo Paralello e BOOM FESTIVAL

Indique 5 dos seus artistas favoritos para o público do Psicodelia:

RELATIV

SONIC SPECIES

SPIRIT ARCHITECT

ANTINOMY

ASTRIX

Quais são os próximos planos do seu projeto?

Já cursei produção musical. Agora meus planos estaão convertidos a me aprofundar ainda mais na produção para conseguir evoluir e criar algo único, com meu estilo próprio.

 

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