Review: LupaLuna!

Publicado em 16/04/2008 - Por

Musica para todos os gostos. Era o que prometia este festival promovido pela RPC. Com o slogan “Musica e natureza fazendo eco” o evento recebeu cerca 40 mil pessoas nos dois dias de apresentaçao.
Com uma mega estrutura, o evento trouxe grandes nomes aos seus palcos. Nomes esses que agitaram cada um ao seu publico. Porem, diversas falhas na organizaçao puderam ser observadas.
A maior falha foi o posicionamento dos palcos e a supervalorizaçao do LunaStage. O som do LunaStage interferia nos demais palcos, o que ocasionava uma mistura de sons. Outro grande erro era a falta de revista na entrada. As mochilas mal eram (e quando eram) revistadas. Nas revistas corporais, parecia q as pessoas tinham nojo da gente, pois mal passavam a mao pelo nosso corpo. A unica preocupaçao da organizaçao era a entrada de objetos de metal, pois estavam na entrada com aqueles detectores de metais. Ou seja, drogas entraram sem nenhum controle por parte da organizaçao do festival. Dentro do evento, o consumo de drogas era visivel. Frequentemente, proximo ao palco EcoMusic, era possivel sentir a maresia formada pela fumaça da maconha. Isso mais um vez prova que drogas estão em qualquer lugar, e não somente nas raves, como a RPC (organizadora do evento) vive a divulgar nos seus telejornais.

Questão Ecológica

O espaço onde foi realizado o evento fica em Piraquara, município onde estão localizados os mananciais que fornecem água para Curitiba e Região Metropolitana. Em parceria com a SPVS – Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem o Lupaluna vai garantir a neutralização do impacto causado pela realização do megafestival no meio ambiente, por meio da adoção de áreas consideradas não-afetadas pelo homem. Inédita, a iniciativa é chamada de Condomínio Ecológico Lupaluna, projeto que também incentiva a adoção de áreas de mata nativa por outros festivais, empresas e artistas.
Enfim, uma pergunta que não quer calar:
Essa prática é bem semelhante à do sequestro de carbono, bem familiar à SPVS. O conceito é simples: paga-se a preservação de um lugar para poder poluir outro, “neutralizando” a poluição. Que tipo de benfeitoria traz conservar uma área já conservada, para justificar a poluição de outra área?
Fazendo as contas, temos uma área já preservada, e uma poluição prevista. O saldo final não é negativo? A área “neutralizada” pela SPVS será maior que 42 campos de futebol? Seria, ainda, somada ao impacto deste evento? Não se poderia adotar a mesma área sem uma festa?
Outro ponto importante, é que a organizaçao em nenhum momento cansou de falar que essa idéia de juntar música e natureza era inedita. Não é isso que toda rave propõe?
Enfim, muitos elogios e muitas criticas feitas por seus frequentadores! Espero que a organizaçao do LupaLuna aprenda com os seus erros, e organize melhor o seu proximo evento.
E você, o que achou do LupaLuna? O que tem a opinar sobre a questao ecologica do projeto? O que lhe agradou ou nao durante as apresentações? Qual sua opinião quanto a organização não associar o LupaLuna à uma rave, visto que decoração e ambientes eram parecidos?
Dê sua opinião. Faça valer seu direito de se expressar!

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