Aconteceu nos arredores de Curitiba, entre 11 e 15 de novembro, um dos principais festivais do pa\u00eds: o Tandava<\/strong><\/a>. Mesmo castigado por muita chuva e frio, o evento aconteceu com tranquilidade e sucesso, sendo bastante elogiado nos dias seguintes. Vamos conhecer agora os detalhes desta festa.<\/p>\n O Haras Cartel<\/strong> foi, pelo segundo ano seguido, escolhido para receber o festival. Essa escolha por si s\u00f3 j\u00e1 \u00e9 um ponto positivo: \u00e9 um lugar bonito, estruturado, grande e de f\u00e1cil localiza\u00e7\u00e3o<\/strong>. Apesar de estar a cerca de 50km da capital, foi um dos melhores ambientes para festival que j\u00e1 visitamos. Por\u00e9m (sempre h\u00e1), pecou em uma coisa que foi bastante criticada: a falta de energia para fornecer banho quente<\/strong> para o pessoal do camping. Muitos v\u00e3o dizer que \u00e9 uma reclama\u00e7\u00e3o exagerada, pois um festival \u00e9 um festival e n\u00e3o um resort ou spa, mas devemos lembrar que o frio curitibano de 10\u00baC \u00e9 bem diferente do Sol escaldante de outros festivais. \u00c9 algo que deve-se ter aten\u00e7\u00e3o maior nas pr\u00f3ximas edi\u00e7\u00f5es.<\/p>\n Ainda falando em estrutura, os bares, caixas, chal\u00e9s, tendas foram muito bem montadas, pois resistiram \u00e0 chuva bravamente. Apenas a pista principal sucumbiu, pois a partir do pen\u00faltimo dia virou um mangue intransit\u00e1vel para quem ainda queria levar o cal\u00e7ado para casa, mas n\u00e3o vemos como um problema de organiza\u00e7\u00e3o, e sim um fato inevit\u00e1vel. Men\u00e7\u00e3o honrosa para a preocupa\u00e7\u00e3o ecol\u00f3gica<\/strong>, vis\u00edvel nas bituqueiras espalhadas pelo ambiente e nos pre\u00e7os do bar, que davam desconto de R$1,00 para quem devolvesse a latinha.<\/p>\n Falando nisso, vale ressaltar os pre\u00e7os justos<\/strong> praticados. Cerveja a R$4,00, doses a R$7,00 e \u00e1gua a R$3,00 fica exatamente no ponto em que est\u00e1 pag\u00e1vel para o p\u00fablico e rent\u00e1vel para a organiza\u00e7\u00e3o. A alimenta\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m era em conta, com o prato-feito da R$15,00, sandu\u00edches a R$5,00 e salgados que oscilavam entre R$3,00 e R$4,00, n\u00e3o entendi porque a diferen\u00e7a em diferentes momentos. Neste ponto, um grande elogio \u00e0 barraca laranja<\/strong> que vendia comida sul-asi\u00e1tica, desde o pastel indiano samossa, at\u00e9 os pratos tailandeses vegetarianos. Posso estar sendo imparcial por ser apaixonado por esta cozinha, mas sem d\u00favidas trouxeram mais diversidade e sabor para o festival.<\/p>\n Para fechar o item estrutura, temos o estacionamento<\/strong>. O custo de R$40,00 para os quatro dias<\/strong> foi injustamente criticado. Al\u00e9m de ter sido dada a liberdade para deixar o carro onde quisesse, at\u00e9 mesmo ao lado do chal\u00e9, tamb\u00e9m estava liberada a entrada e sa\u00edda do evento, para quem iria trabalhar na segunda-feira, ou ent\u00e3o tivesse qualquer tipo de compromisso. S\u00f3 para efeito de compara\u00e7\u00e3o, este foi o pre\u00e7o praticado pela Tribaltech, que teve 18 horas de dura\u00e7\u00e3o, e \u00e9 dois ter\u00e7os dos R$60,00 cobrados pelo Soul Vision, que possui a mesma dura\u00e7\u00e3o do Tandava<\/strong>.<\/p>\n <\/p>\n Provavelmente o item mais positivo de todo o festival. O do mainstage foi um dos melhores sound systems que j\u00e1 vi em Curitiba<\/strong>, deu de 10 a 0 no da Tribaltech. Bem equalizado e com grande alcance, acabou sendo um dos maiores diferenciais para quem estava indo pela primeira vez. Em contrapartida, a pista alternativa ficou carente de graves<\/strong>, especialmente em momentos como a festa Step One, que dependia das frequ\u00eancias baixas para existir. Alguns criticaram o fato do som ter falhado em alguns momentos, mas se formos pensar que foram pouqu\u00edssimas vezes ao longo de 4 dias, \u00e9 perdo\u00e1vel (sem contar que muitas vezes a culpa do som cair \u00e9 do pr\u00f3prio DJ, que exagera no ganho).<\/p>\n Como n\u00e3o podia faltar em um festival, o trabalho de diversos artistas se fez presente. Apesar de mais uma vez o tempo ruim ter sido vil\u00e3o, pudemos ver oficinas de filtro dos sonhos, malabares, entre outras<\/strong> coisas, al\u00e9m o trabalho da Arte Beta<\/strong><\/a>, que chamou bastante a aten\u00e7\u00e3o. Uma coisa que foi bastante presente e foi at\u00e9 nost\u00e1lgico para quem frequenta mais festas comerciais do que festivais s\u00e3o os tais “brinquedinhos circenses”: malabares de fogo, flag, swing poi e afins.<\/strong><\/p>\n <\/p>\n Bom, com cerca de 100 horas de festival, multiplicado por duas pistas, fica imposs\u00edvel analisar os artistas individualmente. Vale a pena chamar a aten\u00e7\u00e3o para a dupla da Alchemy Shane Gobi e Rinkadink <\/strong>e para Swarup<\/strong>, o Sr. Universo Parelello, que tocaram um full on sensacional<\/strong>, deixando boquiaberto at\u00e9 mesmo os que j\u00e1 haviam desacreditado da vertente nos \u00faltimos tempos. Na verdade esse efeito pode ser sentido em v\u00e1rios outros momentos em que os DJs locais de full on comandaram a pista, realmente \u00e9 uma grande besteira falar que o psytrance est\u00e1 morto<\/strong> no pa\u00eds, na verdade ele s\u00f3 se recolheu ao lugar de onde veio. Reduzindo um pouco os BPMs, na linha de progressivo Sensient<\/strong> foi bastante elogiado (e ele tamb\u00e9m gostou muito do festival, tanto que adiou sua volta para casa para ficar um dia a mais em terras brasileiras), bem como Element<\/strong>, que tocou antes do australiano o seu caracter\u00edstico set de prog, e todo o pessoal que tocou na primeira noite.<\/strong><\/p>\n Baixando ainda mais o pitch<\/em>, vamos para as vertentes que costumam ser aglutinadas todas pelo termo “low bpm<\/strong>“. Os maiores destaques eram as festas da Tropical Beats<\/strong> e da Synk<\/strong>. A primeira foi uma grande decep\u00e7\u00e3o<\/strong> – dif\u00edcil avaliar se foi o momento errado, se foi uma sequ\u00eancia muito longa ou se foi ruim mesmo, mas o fato \u00e9 que com exce\u00e7\u00e3o de Flow & Zeo<\/strong>, nem mesmo as pessoas que gostam de techno e house se empolgaram com eles. A segunda, formada por velhos conhecidos nossos, infelizmente foi a maior prejudicada pelo tempo<\/strong>: depois de 4 dias de muito frio e chuva, o p\u00fablico j\u00e1 n\u00e3o estava mais com pique para mais um dia de festa – uma pena. Pescando os outros DJs do estilo que estavam espalhados pelo line, tivemos a estr\u00e9ia do live do Kultra<\/strong>, que pela sua linha mais introspectiva e mel\u00f3dica surpreendeu at\u00e9 mesmo as pessoas que odeiam techno, e tamb\u00e9m o set de Elijah Hatem<\/strong>, que foi um excelente set, mas infelizmente colocado em um momento errado (entre o progressivo e o full on).<\/p>\n Fechando a pista principal, ainda tivemos a noite do dark psy<\/strong>, sobre a qual nos absteremos de tecer coment\u00e1rios, pois ningu\u00e9m da equipe aprecia o estilo e qualquer tipo de cr\u00edtica aqui seria extremamente parcial. O fato \u00e9 que para quem n\u00e3o gosta, \u00e9 um tanto “torturante<\/em>” ter que suportar horas a fio deste tipo de som. Seria bacana se fosse pensada em uma solu\u00e7\u00e3o para tal.<\/p>\n Apesar da falta dos graves, a pista alternativa esbanjou DJs de qualidade. O fato dela ser um pouco longe, somado \u00e0 chuva (sim, de novo ela) afetaram a quantidade de pessoas neste ambiente, mas ainda assim as festas We Are The Night, Viva La Musique, Funk You e Step One fizeram bonito<\/strong>, arrancando elogios de quem assistiu. Destaque para a \u00faltima delas, que \u00e9 uma tentativa pioneira de emplacar dubstep<\/strong> em Curitiba e contou com o excelente set do nosso editor Gui Empke<\/strong> nela.<\/p>\n Durante o dia a tenda recebeu DJs de chill out, ambient, lounge e afins,<\/strong> configurando um perfeito lugar de descanso, relaxamento e reflex\u00e3o<\/strong>. Mais uma vez \u00e9 dif\u00edcil pontuar fulano ou ciclano que mandou bem, pois praticamente em todos os momentos o som que estava rolando l\u00e1 era de qualidade. Alguns questionaram o fato de o chill out n\u00e3o ter um ambiente exclusivo, como \u00e9 comum, mas devemos sempre lembrar que o Tandava \u00e9 um festival pequeno e sem fins lucrativos. Tr\u00eas pistas talvez fosse um voo alto demais para a organiza\u00e7\u00e3o no momento, vamos pensar que ao menos houve chill out l\u00e1, tendo em vista que as festas comerciais n\u00e3o possuem j\u00e1 h\u00e1 uns 3 anos.<\/p>\n O veredicto final \u00e9 que foi um feriado memor\u00e1vel<\/strong> para todos n\u00f3s, um festival excelente que, apesar de falhas pontuais, surpreendeu bastante<\/strong> pela estrutura e organiza\u00e7\u00e3o. Torcemos muito para que ele volte em 2012, corrigindo os erros e maior do que nunca. N\u00f3s, sem d\u00favida alguma, estaremos l\u00e1 \ud83d\ude09<\/p>\n PS: Como nossa fot\u00f3grafa n\u00e3o pode comparecer, as fotos do post foram tiradas amadoramente, com exce\u00e7\u00e3o \u00e0s que emprestamos do blog do Rodrigo Gomes<\/a> e do Facebook da Arte Beta<\/a>.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Aconteceu nos arredores de Curitiba, entre 11 e 15 de novembro, um dos principais festivais do pa\u00eds: o Tandava. 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ESTRUTURA<\/h3>\n
Houve quem optou por acampar mais em contato com a natureza.<\/em><\/p>\n<\/p>\n
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SOUND SYSTEM<\/h3>\n
O QG da nossa equipe.<\/em><\/p>\nCENOGRAFIA \/ ENTRETENIMENTO<\/h3>\n
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ARTISTAS – PISTA PRINCIPAL<\/h3>\n
<\/strong>Rinkadink e Shane Gobi, as estrelas do festival.<\/em><\/p>\n<\/p>\n
Esta foto \u00e9 de 24 horas antes da Synk assumir. Acredite, a lama estava MUITO pior na ter\u00e7a.<\/em><\/p>\nARTISTAS – PISTA ALTERNATIVA<\/h3>\n
Pista alternativa.<\/em><\/p>\n
CONSIDERA\u00c7\u00d5ES FINAIS<\/h3>\n