<\/p>\n
Marketing relacionado ao contexto do Psytrance tem se tornado um assunto bastante pol\u00eamico. Por um lado, o crescimento da cena desperta cada vez mais em artistas, ag\u00eancias e festas o desejo de trabalharem suas marcas de forma mais correta do ponto de vista publicit\u00e1rio: um conceito diferenciado, uma comunica\u00e7\u00e3o criativa, imagens de qualidade e postura cuidadosamente pensada nas redes sociais geralmente fazem parte do pacote.<\/p>\n
Por\u00e9m, h\u00e1 tamb\u00e9m uma parcela consider\u00e1vel do p\u00fablico que costuma criticar a influ\u00eancia do marketing, apontando como principal efeito colateral – e indesejado – uma suposta “perda da ess\u00eancia” da cena (conceito amplo e que pode significar muitas coisas, mas a\u00ed j\u00e1 \u00e9 assunto para outro post)<\/em>.<\/p>\n Se pararmos para analisar o hist\u00f3rico do Psytrance n\u00e3o \u00e9 dif\u00edcil entender essa resist\u00eancia. Os festivais open air, que s\u00e3o a base dessa cena, evolu\u00edram com base em valores diferentes de boa parte daquilo que se v\u00ea em outros estilos de m\u00fasica eletr\u00f4nica “nascidos e criados” em clubs fechados.<\/p>\n Muito daquilo que caracteriza a cena Psytrance vai na contram\u00e3o do que se considera normal e correto do ponto de vista comercial em outros contextos. Ali\u00e1s, “comercial” aqui \u00e9 uma palavra que \u00e9 evitada a todo custo.<\/p>\n Nesses festivais, em que se refor\u00e7a a todo tempo valores como a simplicidade, uni\u00e3o e vida em comunidade, a id\u00e9ia de auto promo\u00e7\u00e3o pode soar para muita gente como algo quase alien\u00edgena. Enquanto muitos DJs de Techno, House e EDM se preocupam em aprender desde cedo oque precisam saber para se vender, no Psytrance n\u00e3o \u00e9 raro encontrarmos artistas reconhecidos que n\u00e3o possuem nem um press kit (por pura convic\u00e7\u00e3o).<\/p>\n Para parte da cena – e aqui podemos misturar p\u00fablico, DJs e n\u00facleos de festa -, o Psytrance e seus artistas n\u00e3o nasceram para serem comercializados como outros estilos. H\u00e1 sempre aquele receio de que se os festivais se tornem mais populares, acabem virando um desfile de DJs fanfarr\u00f5es e p\u00fablico no camarote ostentando bebida que pisca.<\/p>\n Ao mesmo tempo em que esse receio \u00e9 pertinente, traz consigo um paradoxo: para viver de sua arte, um DJ precisa se promover. Um festival, para crescer e se sustentar, precisa comercializar sua marca. O que nos leva \u00e0 quest\u00e3o fundamental: qual \u00e9 o limite do marketing no Psytrance<\/strong>?<\/p>\n Para tentar entender melhor essa quest\u00e3o, o Psicodelia pediu a opini\u00e3o de algumas pessoas que vivem o dia a dia a cena psicod\u00e9lica brasileira. Perguntamos o seguinte:<\/p>\n Na cena de Psytrance ainda existem excelentes artistas e festivais que carecem de profissionalismo na \u00e1rea de marketing. Voc\u00ea acha que nesse meio ainda h\u00e1 preconceito com quem investe em marketing? Por qu\u00ea?<\/em><\/p>\n<\/blockquote>\n <\/p>\n https:\/\/www.facebook.com\/capitalmonkey<\/a><\/p>\n “Acredito que existe uma certa car\u00eancia sim. Mas hoje o Psytrance \u00e9 dividido em v\u00e1rios g\u00eaneros. Isso quer dizer: existe o Psytrance comercial e festas comerciais no g\u00eanero, que sabem usar muito bem o marketing, tanto artista quanto a festa. Mas geralmente esses tipos de festas s\u00e3o julgadas pelas mesmas pessoas do Psytrance s\u00f3 que por sua vez o Psytrance “underground”. Esse g\u00eanero dentro do Psytrance, as pessoas preferem realmente n\u00e3o usar o meio do marketing. Querem manter a imagem da raiz do g\u00eanero, o que eu respeito muito. Mas hoje com o crescimento disparado da cena, a cada dia que passa esse tabu est\u00e1 sendo quebrado, lembro que em meados de 2006 o artista nem presskit tinha porque realmente n\u00e3o era necess\u00e1rio. Se voc\u00ea colocasse uma foto no flyer voc\u00ea j\u00e1 estava deixando de ser ‘underground’ “.<\/p>\n <\/p>\n https:\/\/goo.gl\/s2IYOP<\/a><\/p>\n “Com certeza h\u00e1 essa car\u00eancia, muitos eventos e profissionais est\u00e3o ainda deixando a desejar no Marketing, um pouco por falta de informa\u00e7\u00e3o e capacita\u00e7\u00e3o profissional, e l\u00f3gico, muitos ainda por preconceito sim. \u00c9 f\u00e1cil notar que muitos dos que criticam o marketing pessoal, s\u00e3o profissionais que defendem uma vis\u00e3o de ess\u00eancia antiquada, gerando assim o preconceito contra aqueles que querem evoluir a cena.<\/p>\n Ningu\u00e9m perde a ess\u00eancia por ter uma boa imagem e um bom trabalho de marketing, por ser muito conhecido dentro e fora do mundo Psy. O Trance \u00e9 lindo, e todos deveriam ter a oportunidade de conhec\u00ea-lo, mas somente com profissionais bem apresentados isso poder\u00e1 acontecer.<\/p>\n Desta forma acredito que o preconceito est\u00e1 sim, bem enraizado em pessoas que pensam que o verdadeiro Psy tem que ser altamente underground, mas esquecem que o verdadeiro underground \u00e9 o novo, o inovador, aquilo que ningu\u00e9m viu ainda”.<\/p>\n <\/p>\n\n
Capital Monkey – Atha Jonatha Yunoki<\/h3>\n
Kaliom – Edson Richard<\/h3>\n
Yuri Phalcom – Terra em Transe<\/h3>\n