Review – Kaballah & Orbital 2011

Publicado em 05/04/2011 - Por Mohamad Hajar

Se vocês se lembram do meu primeiro post no Psicodelia.org, o núcleo KabalÉ com enorme prazer que venho compartilhar com vocês um breve review sobre a última Kaballah & Orbital, que aconteceu no último sábado 2 de abril no Arena Maeda, em Itu-SP.  

Se vocês se lembram do meu primeiro post no Psicodelia.org, o núcleo Kaballah estava em débito conosco, seu público, desde a edição de aniversário do ano passado. Eu disse que só voltaria a alguma se houvesse um atrativo muito grande – e o line up dessa edição foi o motivo que me levou até ela e me convenceu a “perdoar” nosso amigo Sr. KBL 😉

Estrutura

Com um posicionamento semelhante à XXXperience e mesmos palcos e tendas, não deixou a desejar. Em alguns momentos o som do Main Stage estava baixo, mas não chegou a estragar a festa, pois não foi o tempo todo, acreditamos ter sido proposital, para dar a clássica valorizada nos headliners. Os banheiros estavam sem filas, graças a um novo mictório químico que agilizou o processo para os homens que queriam fazer apenas a opção 1.

A entrada também não tinha fila e a revista, ao menos para mim e meus amigos, foi digna. Sem desrespeito e abusos. Os caixas e bares sem congestionamento e com bebidas sempre geladas. Tudo como tinha que ser. Vale ressaltar o fato de termos tido uma cerveja decente: Devassa de 350ml pelos clássicos R$5,00 (ou combo de 5 latas por R$20,00) deu um show nas Skol Redondinha de 1 gole que figurou nas festas anteriores da No Limits.

Decoração

Praticamente inexistente. Os palcos não tinham absolutamente nada, nem mesmo o principal, que tinha uma discreta “moldura” com a identidade Tron-like da divulgação. Bacana mesmo foi o cubo que ficou no meio do público do Main Stage (foto 1) e o lounge do backstage, com uma decoração diferenciada utilizando-se de bancadas rústicas, flores reais, espelhos (extremamente úteis para a mulherada checar a maquilagem) e uma luz laranja (foto 2). Mas mais uma vez, ficamos na saudade das tendas, dos lasers, da ambientação temática.

 

 

Artistas

Aqui fica díficil opinar pois fui o único da equipe que foi ao evento, sendo assim, esta crítica ficará limitada aos que pude assistir e balizada pela minha opinião sobre eles. Aos antigos do site, digo que infelizmente não vi nada no Trance Stage, sendo assim, peço desculpas, mas não poderei revisar esta parte da festa. Quando ao resto, vamos lá. Boys Noize cumpriu seu papel – fez um set incrível que passeou do maximal ao acid techno. Trouxe algo inédito nas raves brasileiras, desagradou os cabeça-dura que resistem a qualquer coisa fora do eixo minimal-techno-electro, mas agradou a todos que possuem mente aberta e buscavam algo novo. Parabéns à Kaballah e à Orbital pela inovação!

 

 

Vitalic, a outra aposta dos núcleos, não teve o mesmo efeito. Pode ser que acabo me tornando um dos que critico neste momento, mas seus altos BPMs “não combinaram” com a proposta do som. Electro-clash por natureza é algo estranho, neste caso já considerei que a inovação foi ousada demais para o ambiente.

Electrixx foi a surpresa do dia: não chegou a fazer um live-set excelente, mas suas influências de Dubstep trouxeram uma nova cara ao som da dupla. Confesso que agradou, já foi melhor que Felguk que, mais uma vez, trouxe mais do mesmo, e com mais e mais influências do pop das FMs.

 

 

Moguai, como esperado, fez um set de quase 3 horas do melhor progressive house/electro house do momento, não podia ser diferente vindo de um dos queridinhos da mau5trap. Isso sem contar seu carisma e empolgação, presença de palco que lembra D-Nox. Um dos melhores da festa!

 

 

Oliver Huntemann também honrou todos seus anos de experiência: quem estava no D-Edge Stage virou mero fantoche do seu som introspectivo e envolvente. Foi doloroso abanonar o set na metade para curtir Boys Noize no Main Stage. E chegamos agora ao ponto mais polêmico do line-up: Popof. Já está pipocando na rede a polêmica (graças ao PorraDJ, que publicou a discussão que está rolando no Orkut), mas o fato é que o seu “live” foi um dead act dos mais cara-de-pau que já vi. Músicas velhas e manjadas sendo mixadas com muita preguiça, como se fosse um iniciante em Traktor, deram o tom da apresentação. O francês chegou inclusive ao ponto de tocar mixes originais de outros produtores no seu live. Foi algo completamente diferente do visto na edição 2010 da festa, na qual tivemos um live muito bem trabalhado e formado quase que totalmente por músicas inéditas. Uma decepção para este grande fã, me lembrando ídolos do full on que aderiram à mesma prática há algum tempo.

Outros DJs não vi, mas pude ver nas redes sociais Joachim Garraud sendo aclamado, fora isso, nada incomum. Quem também foi e está lendo pode colaborar com esta matéria nos comentarios.

Considerações finais

No geral, foi uma boa festa. Valeu cada quilômetro percorrido, cada centavo gasto e cada segundo vivido no Maeda, apesar dos (poucos) pontos negativos. Kaballah e Orbital estão de parabéns por mais um excelente evento!

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