Passada mais uma edição da XXXperience de Curitiba, não poderíamos deixar de mencionar um fato que aconteceu um dia antes da festa. Eis que no dia 22 de maio, foi publicada em vários jornais da imprensa paranaense uma notícia bombástica: “Promotor de festas rave cultivava droga em templo da maconha”.
No texto, falava-se que Piero Rockenbach, promotor de raves, utilizava sua residência para produzir um tipo especial de maconha. A notícia dizia ainda: ” Vizinhos da casa dizem que uma vez por semana, dezenas de jovens se reuniam para ouvir música eletrônica. Oficialmente, esse tipo de música é o ganha-pão do suspeito. Rockenbach trabalha como organizador de festas rave, de acordo com a PF, e as usaria para distribuir a droga”. Ao final, a reportagem menciona ainda que a próxima festa produzida por Rockenbach estava marcada para o dia 23 de maio (data da XXXperience de Curitiba).
Na real,o cara não tem nada a ver com a organização da XXXperience na cidade. Das duas uma: ou foi  intencional ou o repórter não se deu sequer ao trabalho de checar se Rockebach tinha alguma coisa a ver com a XXX e foi logo colando a imagem do cara com a primeira rave que viu pela frente. Imagino que isso foi o que realmente ocorreu.
Erro intencional ou não, muita gente que leu a notícia e que já estava lá aguardando a festa com ingresso na mão gelou na hora. E aí dá-lhe correr atrás de informação para saber se a XXX ia rolar mesmo.
No final das contas, a reportagem não atrapalhou em grande medida a realização da XXX, mas já foi suficiente para acrescentar mais uma pitada de informação distorcida em relação ao mundo da música eletrônica e as raves em especial.
Entramos em contato com os organizadores da XXX que disseram já estar tomando providências. Inclusive, falaram que irão entrar na justiça contra todos os veículos de imprensa que divulgaram a ligação entre o produtor e a empresa.
E assim, mais uma vez vemos uma baita falta de apuração nos jornais. Não que isso seja novidade, mas também é o tipo da coisa que não dá pra deixar passar.