Marina – Quando foi o seu primeiro contato com a música eletrônica?

Formatick – Eu creio ter sido por volta de 1993, mas, naquela época, ao menos aqui no Brasil, ainda não era um movimento… Escutava-se alguns arranjos, sintetizadores, mas, tudo era muito experimental… Era o início dessa vertente, que veio ganhar força da metade da década de 90 para frente. O contato com o Trance veio um pouco mais adiante, em 1996, em Trancoso, Bahia, onde acredito ter sido uma das primeiras festas do estilo no país.

Marina – Como surgiu essa parceria e o projeto Formatick?

Formatick – Em 2003, eu fiz as minhas primeiras Jam`s com o Jair, e a ideia deu tão certo, que nos anos seguintes, fomos aprimorando as apresentações, tanto nos shows ao vivo, quanto em longas sessões de estúdio, até que, em 2006, demos início ao nosso primeiro projeto autoral, em parceria com mais dois amigos, o Temptation Live Band. Com esse projeto, caímos na estrada por três anos, acumulando incontáveis apresentações, porém, tivemos que encerrar o projeto, no início de 2009.

Fiquei ao longo desse ano, ensaiando um possível novo projeto, até que, em 2010, decidimos entrar com um pedido de apoio na Secretária de Cultura do Distrito Federal, para a criação dessa nova proposta, apoio esse que se concretizou, e tornou possível o nascimento do Formatick.

Marina – Dá para sentir a forte influência do Rock and Roll em sua música. Como surgiu essa ideia de unir o som da guitarra com a música eletrônica?

Formatick – Eu sou fã do Rock and Roll desde jovem, e creio que tenha passado da infância até o início da vida adulta, basicamente escutando bandas, tais como: Iron Maiden, Metallica, Pink Floyd, Deep Purple, entre outros… A música eletrônica marcou o início de um gosto musical mais cosmopolita em minha vida, acredito que, mesmo mergulhando em mares tão diferentes, muitas vezes, até antagônicos, eu encontrei na música eletrônica Progressiva, uma abertura muito nítida, não apenas para as cordas de violões ou guitarras, mas, de inúmeras combinações de instrumentos, tanto de percussão, metais, sopro, ou vocais.

A guitarra sempre será o maior símbolo do Rock, e juntamente com a vasta bagagem musical do Jair, dentro deste universo, é impraticável para mim, pensar em produzir algo, sem a nossa essência estampada nas faixas.

Marina – De onde você tira inspiração para criar novas músicas?

Formatick – Se parar para pensar em uma fonte, eu creio que tudo arremeteria ao divino, ao cosmos. A busca é por músicas que toquem de alguma forma, uma parte da gente que se sintonize com isso… O Amor em sua mais profunda forma! É claro que, às vezes, uma composição de algum artista, algo que surpreenda de verdade, pode ser também uma ótima fonte de inspiração.

Marina – Quais são os seus três álbuns favoritos de todos os tempos?

Formatick – Somente três ? Falando de música eletrônica, eu me lembrei de vários que poderiam estar nesta lista, mas, creio que esses representaram grandes marcos quando foram concebidos, e influenciaram uma grande parcela dos produtores musicais nos estilos em questão.  

FREQ  – Strange Attractors – 2004

Insane Creation – Connected – 2005 

Neelix – You Are Under Control – 2008

Marina – Como foi tocar no Universo Paralello 12?

Formatick – O Universo Paralello sempre foi e será um festival diferente… Eu me apresento há seis edições consecutivas, e, todas às vezes que subo no palco principal, parece ser a primeira vez, onde a emoção atinge facilmente níveis altíssimos!

Uma pista de dança colossal como aquela, sempre trará como conseqüência, uma grande responsabilidade artística, é muita pressão… Adoramos isto!!!

Com o Formatick, temos duas apresentações no UP, ambas indescritíveis! Foi sensacional!!!

Marina – Como foi tocar na 15° edição do Samsara Festival?

Formatick – Eu me sinto muito à vontade no palco do Samsara, e este foi o quarto ano em que tive o prazer de fazer parte do line-up… Eu admiro a organização do festival, e o local onde acontece o acrescentam características muito especiais! Não é tão grande como um UP, mas, isso traz um ambiente um pouco mais inimista, o que é bem legal. Espero poder estar lá pelo menos até a 20ª Edição!

Marina – Se você pudesse escolher qualquer lugar no mundo para tocar, onde seria?

Formatick – Eu já toquei em muitos lugares pitorescos… Lindas praias,florestas exuberantes, Montanhas Andinas…. Sinceramente, eu acho que os lugares que desejo sempre poder levar a nossa arte, são lugares onde um grupo de pessoas estejam nesta mesma frequência, sintonizados! Isto não tem preço, e sem dúvidas, é o fator que transforma qualquer lugar, no lugar perfeito, seja no Brasil ou no exterior!

Marina – Quais são os seus hobbies quando você não está produzindo ou tocando?

Formatick – Eu adoro assistir filmes, degustar um bom vinho, cozinhar para amigos, e é claro, ouvir música!

Marina – Quais são as novidades em relação à lançamentos?

Formatick – Nós teremos alguns remixes que serão lançados até o fim do ano, e também dois EPs digitais estão sendo preparados, para o mais breve possível estarem disponíveis, nos diversos canais de distribuição, Itunnes, Beatport… O primeiro deles já está em processo de masterização.

Marina – Onde serão as próximas apresentações?

Formatick – Em Brasília, Distrito Federal, dia 31/10; em Uberlândia, Minas Gerais, dia 15/11. Existem as datas em negociação,  junto a F.F.M Bookings, que nos representam, e cuidam da nossa agenda.

Marina – Gostaria de deixar um recado para os seus fãs?

Formatick – Eu gostaria de agradecer do fundo do coração, a cada um de vocês, a razão absoluta de todos os nossos esforços… Muito obrigado pelo carinho, apoio, e pela energia que nos proporcionam, esta é a nossa energia vital! Eu espero poder contar com todos, por muitos anos ainda! Um forte abraço, e que nos encontremos, em breve, em alguma pista de dança!

Conheça mais sobre o projeto:

https://www.facebook.com/FORMATICK

http://www.soundcloud.com/formatick