Kaballah Rio de Janeiro – 21/06/2008: Review e fotos

Publicado em 24/06/2008 - Por

Quer saber como foi a Kaballah do dia 21/06 no Rio de Janeiro? A leitora Miss Moura esteve na festa e fez um review completíssimo. Confiram:
O Rio vive um momento de discórdia, uma briga entre a razão e a emoção, o querer ir e o não entender o porquê de ver a cena tão deturpada, o entusiasmo dos novatos e a decepção dos veteranos. De um lado paz, alegria e uma festa de grandes momentos, de outro, um tópico que fala sobre a insatisfação dos cariocas com a cena psytrance (especialmente pelo aumento de festas mal organizadas). Assim foi a Kaballah edição Rio: uma festa musicalmente muito boa, mas muito aquém do que o público espera.

Vamos aos pontos altos:

Santo Aleixo – um capítulo a parte: Qualquer festa no Haras dos Anjos nos faz sentir mais perto do paraíso. O local é lindo, tem uma vista privilegiada para a Serra dos Órgãos e o Dedo de Deus e integra as festas ao conceito do P.L.U.R. e ao respeito à natureza.
O line up agradou a gregos e troianos: Sesto Sento, Dimitri Nakov, Shamamix, Sci Limits e Hujaboy garantiram uma pista animada quase 100% do tempo, e mais tarde, Amo & Navas, Tocadisco e Freq conquistaram até os maiores fãs do trance, com um electro cheio de graves e bastante diversificado.
Momentos inesquecíveis: Homenagem à Albert Hofmann – “o pai do LSD”. Durante o live do Sesto Sento o telão exibia uma homenagem ao químico que descobriu os efeitos do ácido lisérgico e faleceu este ano aos 102 anos, vítima de ataque cardíaco. A homenagem, que durou apenas alguns minutos exibia a mensagem: Rest in Trip, uma brincadeira com o epitáfio Rest in Peace.
Sesto Sento: A dupla israelense executou um live perfeito. Tocaram todas as músicas esperadas. Destaque para o vento que acompanhou o ritmo da parte mais psicodélica de Sesto Dance e Lift me up, a mais esperada desde a Euphoria do ano passado que, inclusive, me levou às lágrimas mais uma vez.
A abertura de Amo & Navas: Às 08h30 da manhã o som pára e um dos organizadores do evento pega o microfone e diz: Em nome da organização da Kaballah e do tribunal de justiça do Rio de Janeiro… (neste momento silêncio absoluto e um sentimento de revolta tomava nossas mentes com o seguinte pensamento: o cara vai mandar a gente pra casa)… E conclui: gostaríamos de apresentar David Amo & Julio Navas. Uffffa!!! O live, além de divino, ainda surpreendeu a galera com uma série de fotos do Che Guevara.

As falhas

Dj tocando sozinho na festa: Infelizmente essa é uma prática comum nas organizações do Rio de Janeiro. Ainda não tive uma explicação plausível para isso. Público esperando do lado de fora, seguranças a postos, Sci Limits botando pra quebrar do lado de dentro e nada dos portões abrirem. Chato isso.
Fila, trânsito e cerca de 3 horas de engarrafamento:Foi esse o resultado para quem resolveu chegar no horário de pico: entre as 2h e as 4h da manhã. O engarrafamento começava na entrada da cidade e só terminava no estacionamento da festa.
Falta de atenção a detalhes importantes: Pouquíssimas lixeiras, o que fez com o que o dance floor ficasse impraticável com os pés descalços. Ausência de telões auxiliares, o que nem sempre faz falta quando line passa pontualmente no telão principal, não foi o caso.

Outros Pontos de Destaque

Decoração simples, bonita, mas sem grandes surpresas: A decoração merecia estar em uma categoria intermediária. Nem tanto o céu, nem tanto a terra. Cogumelos luminosos inflados saiam do chão e alcançavam cerca de 2 metros e meio de altura (cool!). O palco foi uma reprise da Euphoria deste ano. A iluminação parecia um resquício da decoração da e-Concert ed. Whitedo ano passado. E por aí vai…
Segurança: Também merece uma categoria intermediária. De um lado, a rigorosa revista tenta garantir que os traficantes não atuem nas festas, ponto positivo para a organização. Do outro, o desconforto por parte do público em ser revistado da cabeça aos pés, como quem “toma dura da polícia” (eu mesma, além da bota, dessa vez tive que tirar a meia). Além disso, regras insensatas do tipo: pode levar barra de cereal, mas só uma. Pode levar maço de cigarros, mas tem quantidade determinada. Frutas e alimentos de consumo próprio não entram. Por acaso a organização tem medo de que alguém tente entrar na festa para descolar uma grana como “ambulante”, vendendo barra de cereal? Fala sério.

Fotos

Conforme encontrarmos mais galerias de fotos, publicaremos aqui, neste mesmo post.

Dê sua opinião

Esse foi o review da Miss Moura. A equipe do Psicodelia agradece pelo excelente texto e a avaliação! E você, também estava lá? O que achou da festa? Contribua, mande sua opinião, seus destaques, pontos positivos, negativos, fotos e vídeos. Compartilhe com o mundo a sua experiência.

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