E por lá a situação estava pior que o metrô de Sampa em horário de pico!!
– A balada não havia sido fechada apenas para a galera da Kaballah, sendo assim, chegamos a um local “fino” de bota plataforma, vestido e mochila. Os homens, claro tiveram que vestir camiseta e calça, pois não era permitido entrar de regata e bermuda. Logo de cara já sentíamos um clima meio pesado e uma certa rivalidade das “patricinhas” inconformadas com as nossas roupas confortáveis. – A fila estava imensa. Claro, a casa nunca esteve tão cheia. O que era para ser uma divisão entre fila de entrada para pista e backstage da Kaballah virou uma bagunça e ninguém entendia mais nada. Lista VIP: – Outro ponto a ser levado em consideração é a lista VIP: na festa vale a noite inteira, mas ao ser transferida para as baladas, passa a valer as regras das casas – até 1:30 da manhã. Um pouco óbvio, eu diria, mas com certeza isso deveria ter sido divulgado no site, pois muitas pessoas foram prejudicadas devido à esta falta de informação – inclusive o Psicodelia. – Era só olhar em volta que você via uma galera com a camiseta da Kaballah também pagando e pegando fila para entrar. Eram revendedores que também chegaram um pouquinho antes ou depois de encerrar a lista. Enfim, 2 horas depois, 50 reais a menos no bolso (pois tive que comprar ingresso) e um alto nível de estress, eu consegui entrar. Daí veio a segunda etapa: curtir a festa. Opa, mas aquilo não era uma festa: era uma balada. Entramos em um local fechado, sem ar, lotado de pessoas que te mediam quando você fechava o olho para sentir a música e dançar. Não conseguíamos nem nos mexer direito, o cheiro não era dos mais agradáveis. Decidimos então subir para o Mezanino. Triste notícia: as músicas de lá não são as mesmas que as da pista. Não ficamos lá por muito tempo. Já estávamos um tanto sem pique para curtir horas de festa, depois de tantos acontecimentos. O pouco que ficamos e variamos entre pista e Mezanino, percebemos que o som na pista não deixou a desejar: comentários sempre positivos de quem presenciou. Dusty Kid e principalmente GMS destruíram a casa e fizeram toda aquela confusão valer a pena. Sabemos que a Kaballah é uma das festas mais respeitadas entre as ditas “comerciais” . Ela sempre tenta preservar os valores e cultura trance. Dessa vez, um juiz caçou o alvará da festa em cima da hora. Estrutura toda já montada, seguranças todos preparados, enfim: foi inesperado. Vendo o lado da equipe: desespero, prejuízo e preocupação não só com o nome da festa. A questão é a seguinte: seria melhor a festa ter sido adiada? A posição da organização, em transferir para indoor foi a melhor que poderia ser tomada? Levando em consideração que este tipo de evento em Campinas está proibido, a organização deveria ter “um plano B”, em caso de acontecimentos como estes? Mais uma vez, é a perseguição às festas raves que comete injustiças? Depois fazemos um update com direito de resposta oficial da Equipe Kaballah. E também alguns esclarecimentos importantes, como ingressos, por exemplo. De qualquer maneira, as festas não podem acabar e a música não pode parar. Namastê. – por Kah Oliveira, direto de São Paulo