Para pensar duas vezes antes de dizer "não" ao Prog Dark!

Publicado em 26/11/2010 - Por Eliel Cezar

Bater papo a respeito de música eletrônica, não deve ser surpresa, é uma das minhas atividades favoritas. E, lógico, tento exercitar esse “hobby” sempre que possível. Nessas muitas conversas, há um padrão constante: sempre que digo sou grande fã de dark progressive, sinto que, digamos, um ar de surpresa domina a face do meu interlocutor.
A palavra “dark”, lógico, logo traz à mente uma ideia de obscuridade, medo, terror, e, para os mais antenados nas vertentes psicodélicas da música eletrônica, uma associação direta com o acelerado e pesadíssimo Dark Trance.
Contudo, é importante desmistificar um pouco essa generalização. Aqui no Psicodelia tentamos, no início do ano, trazer um pouco de luz à parte mais escura do progressive com o post “Do outro lado do mundo, o outro lado do progressive”.
Então, para trazer mais uma vez o assunto à pauta, gostaria de apresentar um projeto que tem me chamado muita atenção, e que já é uma aposta para um dos melhores discos de 2011. Estou falando do Grouch, projeto do neozelandês Oscar Alisson que cruza estilos tão diversos como dub, minimal, dubstep, e psytrance progressivo. Sua característica principal é unir todas essas influências em camadas envolvidas por kicks poderosos e uma linha de baixo grave, gorda, quente e envolvente.
Ouça um pouco do projeto no seguinte set e perceba você mesmo. Como fã do estilo e do artista, digo que é um dos melhores que ouvi em 2010. Por isso, recomendamos que use um bom sound system ou um fone de ouvido de qualidade:
Grouch- -Live in new caledonia 2010 by grouch nz
Fiquem de olho: ano que vem promete lançar, pelo selo australiano Up Records, o álbum Further, onde deverá mostrar toda a maturidade do projeto.
Claro que o prog dark não é feito de flores, ursinhos carinhosos e melodias emocionais, mas também não é nenhuma mão saindo das catacumbas do Tártaro. Ver o prog dark como experimentalismo parece muito mais adequado do que enxergar o gênero como escuridão. Por isso, abra os ouvidos para essa vertente , e uma certeza terá: você sempre vai ouvir algo diferente, e algum projeto, alguma track, algum DJ vai acabar te surpreendendo!

Algumas recomendações, além do próprio Grouch:
Tetrameth
One Tasty Morsel
Sensient
Flooting Grooves

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