As 5 melhores tracks de 2011, por Mohajar

Publicado em 21/12/2011 - Por Mohamad Hajar

Seguindo a série de fim-de-ano do site, agora é a minha vez de listar as melhores tracks do ano. Lembrando que toda lista é tendenciosa, esta lista segue completamente o meu gosto pessoal e a linha de som que costumamos tocar no Kultra, sendo assim, o techno dominou.

Ao contrário do Eliel, eu vou postar apenas músicas lançadas neste ano, senão eu jamais conseguiria fazer uma lista com apenas 5. Vamos aos nomes:

5. Roy RosenfelD – Shock

Em matéria de novas descobertas para meus DJ sets, sem dúvidas que Roy RosenfelD é a descoberta do ano. Com vários dos meus antigos ídolos se vendendo para o tech house universitário (oi Popof? Tudo bem aí Dusty Kid? Indiretinha pra você também Gabe), o techno sumiu da cena raver brasileira, o que me fez buscar nomes de fora do nosso mundinho para completar os DJ sets. Esta não é a melhor música dele, em 2010 ele nos agraciou com bombas como Balloons e Red Hot, mas a “viagem interrompida” do break dessa música me ganhou completamente!

4. Marc Romboy & Stephan Bodzin – Phobos (Pan-Pot Remix)

Esta track foi escolhida para simbolizar um álbum completo – e que album, afinal, é triplo! A parceria dos deuses Marc Romboy e Stephan Bodzin existe desde 2006, e ao longo desses 5 anos nos brindou com tracks memoráveis, como Callisto, Atlas, Ariel, Triton e a original da Phobos. Todas elas foram reunidas neste mega-lançamento em março de 2011, mas como todas já haviam sido previamente lançadas em EPs, escolhi a melhor track do disco de remixes: Phobos, pela interpretação de Pan-Pot.

3. Oliver Huntemann – Tranquilizer

Mais uma track escolhida para representar um album todo. O disco Paranoia foi um dos principais lançamentos da cena techno em 2011, tanto pelas excelentes músicas, como pela estréia do live de Huntemann com a Reactable. Techno reto, pesado e sério do começo ao fim, foi realmente difícil eleger a melhor, então para fugir das óbvias Rotten e Delirium, optei pela melódica e emocionante Tranquilizer.

2. Gui Boratto – Stems From Hell

Ao lançar seu terceiro álbum de estúdio, Gui Boratto nos surpreendeu mais uma vez. Sem um hit pegajoso no estilo de Beautiful Life e No Turning Back, o álbum veio mais denso e introspectivo. A apresentação ao vivo assusta as pistas que não estão preparadas, pois é algo muito mais viajante que dançante, mas ainda assim é algo que vale a pena. De todas as músicas, Stems From Hell é a que mais chama atenção, pelo clima tenso, pelo nivel experimental e pelas melodias maravilhosas.

1. Kultra – Fímbria

Eu não iria escolher nenhuma do Kultra para não parecer prepotente demais, mas como é um top 100% pessoal, acho que posso. O lançamento do álbum Fímbria, em abril deste ano, representou o início da carreira oficial do Kultra. É uma tentativa de acrescentar algo novo à cena, levar música que vá além de loops e samples manjados. Com exceção à Quidam, todo o disco foi produzido com composições próprias, e cada música tenta contar uma história ao ouvinte, proporcionar emoções diferentes, fazer as pessoas sentirem-se diferentes após ouví-las. Nós encerramos o ano muito felizes com todas as gigs que tocamos, todos os feedbacks que recebemos (tanto aqui no Psicodelia.org como na nossa fanpage) e empolgadíssimos para entrar em 2012 trazendo ainda mais música de qualidade a todos vocês.

Para representar este conjunto, a música que, de fato, mais tocou no meu player este ano: Fímbria. Agora eu entendo como artistas não se cansam das suas próprias músicas, mesmo ouvindo-as todos os dias, anos a fio 🙂

[soundcloud:http://soundcloud.com/kultramusic/fimbria]

Menção Honrosa: Skrillex – First of The Year (Equinox)

Fugindo completamente do techno e do estilo que estamos acostumados, não tenho como deixar o emo dubstepeiro da Califórnia de fora. Amado por muitos, odiado por outros, ele revolucionou a música eletrônica mundial. Ao misturar dubstep e maximal electro, Skrillex criou um novo estilo. Algumas pessoas estão tentando nomeá-lo como complextro, para distinguir do dubstep britânico original, mas o fato é que o rótulo é o que menos importa. É o novo som das massas no hemisfério norte (como dizem por aí, o grunge da década de 10: um som barulhento e incompreensível para os pais – tudo o que um adolescente americano deseja para venerar), é apadrinhado pelo Deadmau5, é respeitado por Korn e outros artistas do mainstream, foi indicado a 5 Grammys… Enfim! Você pode odiar a música dele, mas vai ter que se acostumar: é ele quem vai ditar as regras do mainstream pelos próximos anos.

E é isso pessoal. Espero que tenham gostado, não só do meu top, mas de todos os conteúdos que publiquei no site neste ano. Boas festas a todos e aguardem: 2012 vai ser sensacional! 😀

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