Psychowave: nunca fui DJ e sim compositor

Publicado em 05/04/2016 - Por Camila Canabarro

Um músico de verdade tenta retirar o que há de melhor de qualquer estilo musical, sem preconceitos ou julgamentos desnecessários. Pelo menos é assim que pensa Psychowave, um artista de música eletrônica que admira desde o Psy Trance até batidas de Funk. Natan Bueno é quem está por trás desse projeto de Goa Trance com musicalidade técnicas elaboradas.

Natan é influenciado por música desde pequeno, começando por seu pai que também é músico e foi a primeira pessoa que o artista viu trabalhar com música no computador. Alguns anos mais tarde Natan foi roadie e tocou guitarra em bandas de reggae de SP, até ter o primeiro contato o Psytrancee começar a produzir músicas dese estilo. Confira o batepapo que tivemos com ele:

1- Olá Natan, é um prazer poder falar com você. Vamos começar conversando sobre suas apresentações no exterior, sei que você já passou por países como Russia, Romenia e Itália, como foram essas experiências?

Foram ótimas experiências, é muito bom perceber-se tão longe de casa apresentando seu trabalho. Fora que estar longe do seu habitat natural, em culturas diferentes, te faz enxergar algumas coisas no próprio trabalho de maneira mais ampla.

3- Sua identidade musical é algo bem marcante e artistas do psy trance também possuem influências de outros gêneros musicais. O que te inspira fora do universo eletrônico? Que outras formas de arte fazem parte do seu processo criativo?

Acredito que todo estilo tem suas qualidades, estar aberto, sem preconceito pra poder enxergar isso é muito importante. Ouço de tudo. Gosto do groove do funk, da emoção sofisticada da música clássica, da harmonia dos estilos brasileiros (samba, choro, mpb), da percussao tribal dos ritmos africanos, do misticismo e tonalidade peculiar das musicas orientais. Enfim, tudo isso da pra tomar como influencia, o universo musical é enorme e naturalmente inspirador. Estar em um ambiente agradável e fazendo o que gosta é fundamental para o processo criativo, pelo menos pra mim. Por isso também nos últimos anos venho morando em lugares mais harmoniosos, longe do caos das metrópoles e mais ligado com a natureza.

4- Você tem tocado em diversos festivais por todo o país. Tem alguma apresentação que você considera inesquecível?

O Brasil é gigante e tem festas e festivais pra todos os gostos, é demais participar de tudo isso! Seria injusto citar uma única apresentação como inesquecível. Claro que algumas são mais legais que outras, mas muitas são marcantes e mesmo as que não são, trazem experiência engrandecedoras.

5- Nos últimos anos o psy trance voltou a crescer no Brasil, o número de festivais e novos artistas aumentam a cada dia. Na sua visão, essa nossa caminhada está em um ritmo certo ou existe algo que poderíamos estar fazendo a mais pelo crescimento da cena?

Acho complicado generalizar a “nossa caminhada”. Com o crescimento vem coisas boas e coisas ruins, tudo aumenta. Por um lado temos vários artistas, festas e ideias boas. O lado ruim é a superficialidade de alguns trabalhos que vemos por aí. Acho importante todos (público, artistas, produtores, etc) valorizarem projetos que acreditem, seja uma festa, uma música, uma performance, etc. Valorizar com responsabilidade, não porque é um amigo ou porque é a festa da sua cidade, mas porque é realmente BOM!

6 – Li que você não costuma tocar DJset. Para você quais os maiores desafios ao tocar dessa forma? E o que te motiva a trocar o DJset pela apresentação ao vivo?

Nunca fui DJ, desde que conheci o psytrance já passei a compor porque era isso que eu fazia nas bandas que tocava antes, foi um movimento natural, então na verdade nunca “troquei” uma coisa pela outra. O que me motiva é a criação por isso escolhi compor desde o início. O formato da apresentação fortalece essa ideia, abre possibilidade de criar ao vivo, de interagir com o ambiente e as pessoas, enriquecendo o processo criativo e a experiência na pista.

Apesar disso ultimamente tenho me preparado pra em breve oferecer também DJsets, com músicas que não ouço tanto por aí.. vamos ver se “sai”! heheh

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