por Nazen Carneiro
Skazi é uma lenda viva do psytrance. Seu estilo é reconhecido mundialmente, não somente pela psicodelia e longos cabelos – sempre animado – mas pela estridente guitarra, sua marca registrada. Um dos artistas mais reconhecidos em seu país, Skazi é uma figura emblemática que, de certa forma, representa a cultura israelense moderna.
Sua relação especial com o Brasil remonta ao início das grandes raves no país, lá pelos idos de 2000. Por onde passou sempre foi referência de um estilo que nasceu e cresceu do underground e hoje conquista o mundo, com artistas de psytrance espalhados por diversos países. De passagem pelo Brasil nesse final de semana, o artista da Infinite Music fará dois shows, um no Garden Festival, em Porto Alegre, outro no Danghai Club, em Curitiba, onde também participa ao vivo do programa Dance Paradise, transmitido online e FM pela Radio Jovem Pan, na sexta, 17, a partir de 22h.
PSICODELIA: É uma honra poder entrevistar um artista que para mim sempre esteve entre os principais artistas de seu estilo. Muito obrigado por conceder esta entrevista especial ao Psicodelia.org. Gostaria de começar com cinco dicas de música de qualquer estilo, que você tenha ouvido ultimamente.
PSICODELIA: Você deve estar muito feliz neste momento afinal foi convidado pelo governo do seu país para criar uma música comemorativa. Explica esta história pra gente.
SKAZI: “Sim eu fui convidado pelo Ministro da Cultura de Israel, Miri Regev, para fazer uma música para os 70 anos de Israel no meu estilo. Isso vai abrir uma sequência de 70km de festas no dia da “independência” de Israel, que vai ser em Abril.
Isso é algo muito grande e importante para mim, afinal quer dizer que o governo do meu país reconhece e apóia a música eletrônica psytrance como um tipo de música nacional de Israel. O fato de terem escolhido a mim para esta missão me deixa muito empolgado, ainda mais por que vou tocar em 8 raves na mesma noite!”
PSICODELIA: Skazi e Paranormal Attack acabam de assinar o remix de um clássico do Infected Mushroom, ‘Saaed’, para o álbum IM21. Como você descreveria para os teus fãs esse remix tão importante?
SKAZI: “Primeiro de tudo temos que dizer que não é nada fácil criar um remix para um super hit e trazê-lo de volta atual e com grande impacto em 2018. O estilo desse remix é minimalista, pegamos apenas o vocal clássico e inigualável do Infected Mushroom, mas de resto toda a música foi feita do zero. Para mim trabalhar com o Xangaii, o Erez e o Duvdev é sempre muito divertido pois somos todos tipo irmãos.”
PSICODELIA: Skazi e Brasil tem uma longa história juntos. Você está presente na cena eletrônica brasileira desde os primórdios, desdes as primeiras grandes raves open air. De lá para cá, se existem, quais seriam as principais mudanças que você identifica na cena do Brasil.
SKAZI: “Sim, eu tenho uma verdadeira história de mor com o Brasil. Penso que hoje o mundo toda olha para duas grandes cenas eletrônicas: primeiro o Brasil, pois tem as melhores festas, nos melhores e mais lindos lugares. O outro é Israel, que tem a mesma vibe dos brasileiros… Eu acredito que os brasileiros e israelenses tem muito em comum.
Sobre as mudanças, no Brasil sempre foram para melhor. Cada vez mais os eventos no Brasil se tornam referências mundiais, tanto a estrutura quanto a produção dos eventos, mas principalmente o público.Com certeza muitos DJs e produtores surgem e ainda vão surgir desta cena levando uma nova música para o mundo.
PSICODELIA: “Agora é o novo acordar do Psytrance no mundo”. Você acredita nesta afirmação?
SKAZI: “Concordo totalmente. O psytrance está conhecido no mundo todo e é um momento que eu aguardei por muito tempo. Quando inicamos este novo estilo musical ele era pequeno e underground. Agora estamos no mapa internacional da música eletrônica.
PSICODELIA: Você teve um ano de 2017 fabuloso, tocando pelo mundo todo e participando de grandes eventos como o Ultra Music Festival e outros. Agora vem outra turnê pelo Brasil. Comente tudo isso por gentileza.
SKAZI: “Ano passado foi sensacional para mim, pude tocar em todos os maiores festivais do mundo, Tomorrowland na Bélgica, Airbeat na Alemanha, Ultra Music Festival, no Rio e no México… Agora que venha o Brasil!
PSICODELIA: Quais as suas tracks que mais bombaram ano passado na sua opinião?
PSICODELIA: Você é daqueles caras que ficam enfurnados no estúdio e depois saem para turnê ou que faz tudo ao mesmo tempo? Conta o que você está preparando por lá?
SKAZI: “Eu estou sempre em estúdio. Minha vida é festa e estúdio. Neste momento estou trabalhando num novo single do SKAZI que deve sair em maio. Além disto também estou desenvolvendo outros projetos com o Warriors. Em 6 de abril iremos lançar um remix com Dimitri Vegas e Like Mike.
PSICODELIA: O que o público brasileiro pode esperar do Skazi em 2018?
SKAZI: “Com certeza muitas músicas novas e algumas colaborações que podem surpreender, tanto com Skazi quanto com Warriors.