Eu comentei sobre esse projeto no ano passado, enquanto ele ainda estava em tramitação. E desde a semana passada, a coisa passou a ser pra valer: a lei de autoria do Senador Romeu Tuma, que começa a valer a pardir de março deste ano, enquadra a profissão de DJ (ou profissional de cabine de som) e de Produtor DJ à categoria de artistas e técnicos em espetáculos e diversões.
Entre as determinações da nova lei (supondo que ela seja cumprida à risca), a que mais me chamou a atenção é a que marca uma espécie de cota para DJs brasileiros:
“Os eventos realizados com a utilização de profissionais estrangeiros deverão ter a participação de, pelo menos, 70% de profissionais nacionais. “
A intenção é boa, privilegiar a produção nacional, ok. Mas eu tendo a ser contra qualquer forma de protecionismo. Até porque, sinceramente, para mim pouco importa se as atrações de uma festa são nacionais ou internacionais. O que eu quero mesmo é diversidade no line up, novas caras, novos sons, não importa se eles vêm do Japão ou de Laranjeiras do Sul. Acredito que falo por muitos quando digo que cada vez mais fico na dúvida na hora de pagar R$ 50,00 para ver a mesma meia-dúzia de projetos pop que estão por aí todo ano. Por mais que eu goste deles. A vantagem é que isso não depende de leis e sim, de um diálogo mais próximo entre organizadores e público. Mas aí já é uma outra história… – [A notícia sobre a lei saiu semana passada, no Psyte]