Entrevista: Mack Yosh

Publicado em 22/03/2015 - Por Marina Tavares

Foto: Lauro Medeiros Fotógrafo

Marina Tavares – Quando foi o seu primeiro contato com a música eletrônica e como isso se tornou algo a mais em sua vida?

Mack Yosh – O meu primeiro contato foi em 1995, ouvindo hard techno, jungle, e acid house. Logo após, fui para o Japão, em 1996, e conheci o psychedelic trance, aí sim, eu posso dizer que mudou a minha vida, pois até então, escutava basicamente todo tipo de música. Depois que fui na minha primeira festa em Tokyo, só escutava psychedelic trance. Na época, o conceito de festa era um pouco diferente, a música era somente um ingrediente, existia uma cultura de mochileiros envolvida, haviam muitos estrangeiros morando no Japão, que traziam influências da Europa e da Ásia, toda essa cultura me fez apaixonar pela cena, a música era legal, mas a cultura que existia nela realmente me cativou.

 

Marina Tavares – Como foi o início da sua carreira?

Mack Yosh – Após ir em várias festas na época, eu comecei a me interessar mais pela música, com certeza, o psychedelic trance mais do que qualquer outra vertente da música eletrônica. Era uma cena muito aberta para você conhecer pessoas, como eu era frequentador das festas, não demorou muito tempo para conhecer alguns djs, que me introduziram e ajudaram a coletar música. Na época, eu morava com o Joe Nishimura (um dos decoradores do Universo Paralello), ele também colecionava música, e me influenciou muito no início da minha carreira. Os djs de psychedelic trance tocavam com fitas digitais (DAT), a cena era muito menor, as músicas eram mais exclusivas, e somente os grandes artistas da época, tinham músicas lançadas em vinil ou CD, a cena era voltada à troca de música via DAT.

 

Marina Tavares – Quem foram as suas influências?

Mack Yosh – Essa é uma pergunta muito difícil, eu tive muitas influências, com certeza, muitos projetos… As minhas influências podem ser divididas, antes e depois do ano 2000… No começo, as minhas influências foram: Cidonia, Genetic, Total Eclipse, Kox Box, Etnica, X-Dream, Slinky Wizard, Metal Spark, Quirk, Juno Reaktor, Prana, Transwave, Tim Shuldt , Lotus Omega, Psychaos, Kuro, The Green Nuns Of The Revolution, California Sunshine, MFG, Orichalcum e Hallucinogen. Depois do ano 2000, outros projetos passaram a ganhar minha atenção, e passaram a influenciar não somente como dj, mas como produtor também: Paps, Yumade, Domestic, Panick, GMS, Magus, Earthling, Logic Bomb, Wizzie Noise, Hum Flux, Wrecked Machines, Orion, Antídote, GBU, Astrix, Cosma, Psysex, Nomad, Altom, Biotonic, Absolum, entre muitos outros que não me recordo… (risos)

 

Marina Tavares – Quais são os seus três álbuns favoritos de todos os tempos?

Mack Yosh – Os álbuns que mudaram a minha vida foram no mínimo dez, mas, os que realmente não pode ficar fora dessa lista são:

1- X-Dream – Radio

2- GMS – The Growly Family

3-  Cosma – Non Stop

 

Marina Tavares – Como foi tocar no Soulvision Festival 2015?

Mack Yosh – Foi muito legal!!! O Soulvision é um festival muito especial para mim, eu tive o grande prazer de poder trabalhar em 2012, fazendo o line up e organizando o main floor. É sempre um grande prazer em tocar lá, este ano eu tive a oportunidade de tocar depois do projeto Outsiders, e a pista estava incrível, com uma sequência muito boa, de todas as edições, talvez esta seja a que mais gostei, a organização está de parabéns!!!

Foto: Lauro Medeiros Fotógrafo

Marina Tavares – Onde foi a apresentação que mais te marcou?

Mack Yosh – Seria uma injustiça dizer que foi somente uma, realmente foram muitas festas inesquecíveis, eu não podia deixar de colocar essas cinco: Solipse na Zâmbia, em 2001, foi a minha segunda festa internacional; Celebra Brasil em 2001, o primeiro grande festival no Brasil; VooV Alemanha em 2005, eu abri o Main Stage para 20.000 pessoas, e toquei por três horas; Universo Parallelo 2006/2007, onde toquei logo depois da virada do ano; e Ozora 2012, um dos festivais mais respeitados da atualidade.

 

Marina Tavares – Já aconteceu alguma situação engraçada enquanto você estava tocando?

Mack Yosh – Já aconteceram inúmeras coisas estranhas comigo… Eu acho que a mais engraçada foi quando uma menina surtada subiu no palco, sem roupa, e começou a tirar os cabos do mixer, por sorte, ela tirou os cabos do mixer errado, e a música continuou. Isso aconteceu no Universo 2005/2006.

 

Marina Tavares – Se você pudesse escolher qualquer lugar no mundo para tocar, onde seria?

Mack Yosh – Burning Man! Eu gostaria muito de poder tocar lá algum dia.

 

Marina Tavares – O que você é apaixonado na vida, além da música?

Mack Yosh – Tecnologia.

 

Marina Tavares – Gostaria de deixar uma mensagem para os seus fãs?

Mack Yosh – No próximo ano, eu completo 20 anos de carreira, gostaria muito de agradecer a todos que fizeram e fazem da minha carreira muito especial! Mais uma coisa muito importante galera, cadeira não dança, por favor, menos cadeiras na pista de dança!!!

 

Conheça mais sobre o artista:

https://www.facebook.com/Dj.Mack.Yosh

http://fairland77.wix.com/yoshsounds

 

Fotos:

Lauro Medeiros Fotógrafo

https://www.facebook.com/pages/Lauro-Medeiros-Fot%C3%B3grafo/21898196156…

 

Receba nosso conteúdo
direto no seu email

Cadastre seu email e receba toda semana nossos conteúdos e promoções! É grátis!

0
    0
    Sua cesta
    Sua cesta está vaziaContinuar na loja