Metamorfose

Publicado em 11/05/2009 - Por

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Aproveitando o embalo dos posts anteriores do Rafael R e do Eliel, lembrei de algo que sempre gosto de comentar: a “transformação” que as pessoas passam quando são “convertidas” a este nosso mundo psicodélico.

Já Repararam?

Quantos de seus amigos, ao começarem a freqüentar as festas, não se tornaram pessoas melhores? Em quantos deles não foi possível perceber que hoje são seres humanos em estado de espírito mais feliz?

Digo isso por que eu presenciei esta metamorfose em 2 amigos meus. E isso aconteceu, principalmente, por que antes de irem às suas primeiras festas, eu fiz questão de apresentar o nosso mundo com outros olhos: a cultura P.L.U.R. Não basta ir às festas apenas por moda e achando que vai se entupir de sintéticos – disso já estamos cheios. Se quer entrar para conhecer nossa cultura, seja bem-vindo; mas se quer apenas ajudar a nos rotular ainda mais, muito obrigada: já tem muita gente para contribuir com isso, né?

Sendo assim, a primeira festa deles foi ainda mais inesquecível comigo ao lado deles o tempo todo para sentirem na prática tudo o que eu contava: os momentos inesquecíveis ao lado dos amigos, os momentos “eu comigo mesmo”, em que você não consegue fazer outra coisa além de fechar os olhos e curtir as batidas, enfim a intensidade de nossas festas. Costumo dizer que eu, realmente, fiz uma lavagem cerebral neles, pois hoje não escutam outra coisa e (às vezes até mais do que eu) se irritam com certos fanfarrões. E então, eles entenderam exatamente o que eu queria dizer sobre “hippies aos finais de semana”, ou “mundo utópico de algumas horas”.

Mas o que mais me deixa feliz, de fato, é quando eles mesmos me falam que perceberam diferença no modo de encarar a vida deles. Sempre reclamavam de tudo e de todos e nem davam valor às coisas e experiências simples que um ser humano pode vivenciar: aquele abraço maravilhoso que transmite boas energias, aquele sorriso sincero, aquele bom dia com mais intensidade, enfim algumas pequenas atitudes que podem tornar o nosso dia a dia melhor. Sabe aquela sensação de “missão cumprida”? É o que sinto: um fanfarrão a menos no nosso mundo e um ser humano melhor a mais para colorir mais as nossas festas.

E quando estamos todos naquele momento único, em que você olha ao redor e estão todos na mesma sintonia, na mesma batida, eu tenho a melhor sensação de todas: naquelas poucas horas estou com pessoas boas de espírito ao meu redor, o mundo pode ser mais colorido do que imaginamos e, principalmente, a gente percebe que o ser humano não precisa de tanto luxo e mesquinharia para ser feliz. Infelizmente eu sou muito nova e não pude vivenciar as festas dos anos 90 até 2000. Se hoje eu já sinto isso – mesmo com tantas figuras distorcidas-, imagino como era antes de eu começar a freqüentar, então. É a única hora que lamento por não ser mais velha.

E com vocês: já tiveram a oportunidade de “converter” alguém?

Ou vocês mesmos também notaram algo mais intenso em suas vidas quando passaram a freqüentar as festas?

Namastê

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