Seis mil pessoas compareceram à edição 2018 do Psicodália, assistiram a shows históricos de artistas consagrados como Lô Borges, Zé Ramalho, Jorge Ben Jor e se surpreenderam com o talento de novos nomes da música brasileira
Não importa se faça chuva ou faça sol. Quem vai ao Psicodália, festival multicultural que ocorre durante o Carnaval em Rio Negrinho, no interior de Santa Catarina, está pronto mesmo para viver essa imersão cultural que o evento proporciona em seis dias de festa.
Foto: Thiago Nakaguishi
De 9 a 14 de fevereiro, cerca de seis mil pessoas marcaram presença na 21ª edição do festival, que reuniu mais de 200 atrações entre música, teatro, cinema, recreação, esporte e oficinas. Lô Borges, Zé Ramalho, Jorge Ben Jor fizeram shows históricos, ao lado de nomes que despontam na cena musical brasileira, como Carne Doce, Mulamba e Bixiga 70, que surpreenderam em performances viscerais, como também o fizeram.
“Para ficar tudo pronto para os foliões uma cidade é erguida na Fazenda Evaristo e quase 1500 pessoas trabalham incansavelmente para que tudo ocorra da melhor forma possível”, diz Bina Zanette, diretora do Festival. Deste número, cerca de 300 empregos são gerados diretamente em Rio Negrinho.
E a cidade Psicodália não fica parada. O evento funciona 24horas sem interrupção e, deste modo, equipes inteiras estão trabalhando para atender as demandas. Um dos destaques do festival é o Biodália – gestão ambiental que trabalha com três frentes: banheiro seco, composteiras e lixo zero.
“Trabalhamos para que o impacto ambiental seja o menor possível”, diz Rosângela Araújo, Coordenadora do Biodália.
Nesta edição, os dados disponibilizados até segunda, dia 12, são surpreendentes:
“Temos ainda o uso do copo eco, que no dia-a-dia faz a diferença, reduzindo o uso de pets e copos”, diz Rosângela.
Só para esta edição, mais de mil projetos foram recebidos e outros 300 CDs foram entregues em mãos para a organização do Psicodália. Nos palcos Lunar, do Sol, dos Guerreiros e do Lago, cerca de 70 bandas embalaram a galera nos mais variados ritmos.
“Tem que ser música autoral, boa, e, claro, com a energia do Psicodália. Tem muita banda que a gente gosta, mas não se encaixa no evento. A ideia é sempre manter o equilíbrio e ver também o que está na vontade do público”, explica Alexandre Osiecki, diretor e um dos fundadores do evento.