Review Solaris 2017

Publicado em 27/07/2017 - Por Psicodelia.org

O Sol é sem dúvidas o nosso astro mais importante, é com a presença dele que sabemos que é hora de um recomeço, de um novo dia. Talvez inspirado nesse nosso tesouro astral que o nome Solaris surgiu, festival que iniciou sua história em 2001, e que por ironia talvez, ficou por algum tempo esperando assim como o Sol para renascer novamente.

O Solares festival “tree of life” escolheu como casa o Parque do Lago em Dourado/SP e teve início no dia 15 de junho de 2017 colecionando momentos incríveis para os visitantes até o dia 19 do mesmo mês.

Local

O local escolhido é simplesmente lindo, o sol brilhou todos os dias, e o frio predominou a noite fazendo com que a penumbra pintasse o lugar todo de cores mágicas. O Parque do Lago, como o próprio nome já diz, tem como cartão de visita dois lagos, cercados de uma vegetação desenhada. A grama bem cortada facilitava a locomoção em cada ponto do espaço. E para cada lugar que se olhava era possível tirar uma fotografia linda com os olhos.

O Acesso ao Parque foi muito tranquilo, não havendo dificuldade para se encontrar o festival, mas faltou um pouco de sinalização do acesso pela BR, até a portaria.

Dourado/SP ficava a poucos minutos de distância do festival, e por se tratar de uma cidade com uma quantidade grande de pousadas e restaurante facilitou muito a vida de quem gosta de um pouco mais de conforto.

Estrutura

Quero começar esse tópico elogiando e muito a organização do evento, foi simplesmente incrível, da recepção ao fim do festival, todos que trabalharam para o evento tinham uma energia linda.

Toda a estrutura do festival parecia calculada para o público que recebeu. Tudo era muito bem dividido, desde a entrada aos acessos do festival não se enxergava filas. O público tinha acesso rápido ao caixas e aos bares, não havia tumulto e nem demora para quem queria algo rápido sem perder nada da pista.

O marcante do Solaris, e o que realmente não podemos deixar de destacar nesse ponto, foi o sistema escolhido para o caixa. Cada visitante ao consumir qualquer coisa pela primeira vez adquiria um cartão magnético no valor de R$ 5,00 (cinco reais), fazia um breve cadastro com seus dados, e em seguida o carregava com a quantia que quisesse para gastar no festival. Talvez essa foi a peça chave para não ter havido filas durante o evento.

O bar foi beneficiado com esse sistema pois cada atendente de balcão tinha um aparelho que rapidamente lia seu cartão, escolhia o produto e ainda mostrava quanto o visitante ainda tinha de crédito, facilitando muito o controle pessoal e proporcionando uma segurança incrível.

Ao final se devolvia o cartão e recebia em troca uma agua.

O preço do bar estava bastante acessível, não variando muito de outros festivais vendendo agua a R$5,00 (cinco reais) e cerveja a R$6,00 (seis reais). Mas o principal era sua localização ao lado da pista.

A praça de alimentação ficava ao lado do Chill Out o que proporcionava uma tranquilidade na hora das refeições. O tamanho da praça de alimentação também foi suficiente para o público presente, com preços um pouco acima da média de outro festivais, mais nada tão exuberante que se possa chamar de ponto negativo.

Quanto a alimentação vale ressaltar que nós da equipe assim como outros visitantes, sentiu um pouco de necessidade de variedade para o café da manhã, o pouco de opção que tinha estava com preço um pouco salgado, não havendo frutas e comidas mais leves para essa hora do dia. O horário que as barracas abriam, por volta das 11hs, causou um pouco de desconforto por ser um pouco mais tarde comparado a outros festivais.
 

Camping

Nesse quesito o Solaris tirou de letra, o espaço escolhido em meio aos eucaliptos proporcionou não só sombra para os campistas como também um terreno mais plaino para a armação das barracas. O próprio espaço dividia o camping em ruas, as quais foram sinalizadas e muito bem iluminadas pela produção do evento.

Os banheiros ficaram em pontos estratégicos, não muito longe das pistas o que resultou em um acesso sem filas. Por serem banheiros químicos e pela quantidade de dias que durou o festival, não havia lugar melhor para eles por causa do odor.

Os chuveiros acumulavam filas em horários específicos como em todo festival, mais eram filas de curta duração, quanto a limpeza dos mesmos escutamos algumas reclamações por volta do quarto dia do festival, o que consideramos comum já que os mesmos foram construídos com reutilização de containers, e a constante movimentação de pessoas dificultava a limpeza, acumulando folhas e um pouco de lama no chão.

 

Main Floor

O palco principal era a primeira coisa que se via quando se chegava no festival, causando uma sensação de ansiedade ainda maior nos visitantes. Assim como já foi dito o tamanho foi suficiente para o público, proporcionando sombra e conforto a todos, o terreno era plano e limpo esse que por sinal permaneceu assim todo o festival. Não havia nada bio construtivo o que já era esperado pela proposta inicial do festival.

A tenda era linda com cores vivas muito bem posicionada, causava aos visitantes uma sensação de leveza pois seus desenho facilitava o contraste entre a tenda e o céu que permaneceu azul durante o dia e estrelado a noite.

Mas a noite houve uma necessidade muito grande de iluminação noturna, principalmente de luzes negras que com certeza iriam acender ainda mais as cores da tenda, e abrilhantar ainda mais esse evento lindo. Essa foi uma reclamação não só dos visitantes mais também de muito dos fotógrafos que cobriam o evento.

 

Chill Out

O Chill Out ficava depois de um lago que dividia as duas pistas e do lado de outro lago do parque, ou seja, era cercado por agua, o que deu a esse espaço outra roupagem. A noite tinha um espaço onde se acendia uma fogueira diária e os visitantes podiam se aquecer ouvindo um som mais tranquilo e relaxante.

Sem contar que havia também um bar ao lado do Chill Out, o que facilitava muito para a galera. E o mais legal e que a beira do palco e do lago se formava uma prainha onde os visitantes podiam se refrescar no lago a hora que quisessem.

 

Som

Simplesmente tinha uma qualidade incrível, claramente se definia os bass lines das músicas e se sentia toda a leveza das linhas de médio e agudo. Mesmo de muito longe da pista era possível sentir e ouvir toda a qualidade do som.

 

Line up

Para aqueles que não foram mas estavam antenados no evento já sabem que o line foi cuidadosamente selecionado para os amantes de Full on e Progressive. O festival contou com poucas alternativas para quem gosta de sons noturnos, mas em compensação trouxe para Dourados Dj’s que não deixaram nada a desejar em suas apresentações.

Grandes nomes da música eletrônica nacional e internacional abrilhantaram o evento como Altruism, Egorythmia, Symphonix, Hypnocoustics, yestermorrow, Undercover, Agneton entre outros.

Mais a pista se incendiou mesmo na sexta à noite e assim foi até o domingo, onde os sons melódicos e groovados dominaram o festival com destaque para Ritmo, Zen mechanics e para a apresentação performática de ninguém menos que Sinerider.

Domingo começou quente com Remember Trance que nos mostrou porque o Full on e tão amado e quando o dia estava para acabar Astrix chega e mostra para o que veio com uma apresentação explosiva e marcante como sempre.

Mas como nem tudo são flores devemos destacar que houve alguns atrasos no line o que deixou a galera um pouco perdida, mas de resto a construção sonora do line estava impecável.

 

Tenda de Cura

Como tudo foi muito bem posicionado com a tenda de cura não podia ser diferente, primeiro a área de massagem que ficou em um ponto elevado em cima do lago e de frente com o Chill Out e segundo por uma passarela que levava os visitantes até o meio do lago onde havia uma cabana própria para o relaxamento.

 

Espaço kids

Havia um espaço Kids com cama elástica e piscina de bolinha ficava ao lado da área de alimentação, e as várias crianças do festival aproveitaram bem o espaço. Mas a verdade é que todo o espaço era adequado para os pequenos, permitindo que famílias pudessem sentir-se confortáveis em qualquer lugar!

 

Arte

Talvez essa seja a parte mais linda de todos os festivais, é sem dúvida o que traz toda a magia por trás de tudo. O Solaris sem dúvida foi mágico, a feirinha mix ficou ao pé da pista principal e não deixou a desejar em nada, grande variedade de roupas e arte de todas as formas e cores.

Mais o que realmente foi marcante foram as apresentações artísticas e a interação delas com as crianças e com todos os envolvidos, quando menos se esperava acontecia uma intervenção que mudava completamente a forma de se enxergar o momento. Enchia de magia todo o local.

De alguma forma muito curiosa, o solaris foi um festival composto em partes de um público nunca havia ido a um festival de trance. Foi simplesmente lindo ver a transição que o público fez do primeiro ao último dia no que diz respeito a viver a experiência, sentir-se livre para dançar, e até na forma de se vestir e a cultura trance ecoou sobre todos de forma natural. Ao final, eram todos unânimes ao dizer que este foi o primeiro festival de muitos.

O Solaris conseguiu encantar um público que sem sombra de dúvidas estará presente na próxima edição.

Obrigado Solaris.

Texto feito em colaboração por Sander DiogoDelciaine Teles e Rodrigo Cabral

 

Mais Fotos:

  • https://www.facebook.com/pg/solarisfestivalbr/photos/?tab=album&album_id=1868689320047428
  • https://www.facebook.com/1388571058059259/photos/?tab=album&album_id=1868740240042336
  • https://www.facebook.com/1388571058059259/photos/?tab=album&album_id=1865274353722258

  

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