Tribe e Kaballah anunciam acordo sobre datas

Publicado em 28/01/2014 - Por

O ano de 2013 foi uma verdadeira montanha russa para a Kaballah. Após o sucesso da primeira edição no Hopi Hari em maio, os meses seguintes foram mais complicados do que qualquer um poderia imaginar. O primeiro passo em falso foi a tentativa de se realizar uma edição em Curitiba. Com line-up e estrutura mais modestos do que o público da cidade estava esperando, a rejeição à “pocket Kaballah” foi grande, a ponto de o evento ser cancelado com algumas semanas de antecedência. Alguns diriam que ainda deram sorte, já que um verdadeiro dilúvio castigou a cidade no dia em que a festa aconteceria.

Logo em seguida, foi anunciada uma nova edição no Hopi Hari, com a promessa de ser tão épica quanto a primeira. A festa aconteceria em dezembro, e já tinha um line-up de respeito divulgado. No entanto, no último mês do ano ela acabou enfrentando alguns concorrentes inesperados: natal, ano novo, formaturas e tudo o que acontece no final do ano e acaba consumindo o dinheiro e a atenção das pessoas. A organização estava ciente do risco, mas optou por apostar na festa, diante do grande sucesso de maio, e do clamor público por uma segunda edição no Hopi Hari. Porém mais uma vez os ventos não sopraram a favor da Kaballah: por razões que não foram especificadas (mas podem ser imaginadas), a festa acabou tendo que ser adiada.

E neste caso, além da difícil decisão de cancelar um evento, havia outra: a nova data. Acreditando no potencial do mês de maio, mês em que fora realizada a edição de 10 anos, e também se apoiando no fato de que já era oficial que os 11 anos seriam comemorados no Hopi Hari um ano mais tarde, apostaram suas fichas na quinta folha do calendário. O dia escolhido foi diferente, mas com razão: o primeiro fim-de-semana faz parte do feriado prolongado do dia do trabalho, e o segundo é o do dia dos pais. O que ela não contava é que a Tribe, que não realizou nenhum evento em SP em 2013 (exceto a Tribe Club no Sirena), seguiu uma lógica parecida para escolher a data do seu retorno triunfal: geralmente realizada em julho, precisou mudar para fugir da concorrência com a Copa do Mundo – e neste caso não é a atenção do público o determinante, e sim os custos logísticos para trazer artistas de peso. Sendo assim, julho e junho tornaram-se fora de cogitação, e o festival acabou caindo em maio também.

A data foi confirmada por ambos núcleos no mesmo dia, com algumas horas de diferença. Para o público, pareceu que a Kaballah estava invadindo o território da Tribe, já que ela foi a segunda a confirmar. No entanto, quando tomaram conhecimento do fato, a decisão já estava tomada e era necessário informar o cancelamento o quanto antes, para evitar que mais pessoas comprassem ingressos, excursões e se planejassem para um evento que não iria mais acontecer. Diante disso, o comunicado foi emitido com o adiamento para 17 de maio mesmo.

Certo ou errado, a penitência veio: além da já esperada horda de revoltados pelo cancelamento, uma horda extra criticava veementemente a “afronta” à Tribe. Em um primeiro momento, surgiram boatos de uma edição dupla, a exemplo do que aconteceu entre Kaballah e Orbital anos atrás. A receita poderia funcionar: uma possui tradição no psytrance, a outra no mainstream e no techno. No entanto, o acordo não foi tão longe, e limitou-se a um apoio oficial da Kaballah à Tribe, que acabou ficando com a data para si.

Confira abaixo o comunicado publicado por ambas marcas:

 

 

Como podemos perceber, a Kaballah volta a ficar sem data. Tudo indica que não será antes de agosto, já que está em cima da hora para qualquer coisa em abril, e junho e julho são meses mortos, graças à Copa. Nos resta apenas aguardar as cenas do próximo capítulo.

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