por Salomão Augusto
Aviso: antes de rolar esse texto a partir daqui, retire as travas e preconceitos dos ouvidos e leia o conteúdo com o seu próprio viés, sem preconceitos.
Aquela previsão que já existia a algum tempo atrás acerca da junção entre o Psytrance e o Funk se consolidou essa semana e quem foi o responsável por mais essa ruptura foi o “Cavaleiro do Apocalipse” ou “Baluarte da Vanguarda” (depende do seu ponto de vista) Eduardo Neto, o Mandragora.
Há algum tempo isso estava anunciado como foi previsto aqui nesse artigo de 2018 que já mostrava algumas aparições de samples de Psytrance em produções dos funkeiros pelo Brasil, mas agora o cenário é inverso, o funk que pediu passagem e entrou na última produção do produtor mexicano, um remix para Vem Me Satisfazer de MC Ingryd.
Além de MC Ingryd, Neto já usou samples da cantora Céu em um de seus primeiros hits, a ‘Sem Chão’ que já atingiu 40 milhões de plays contando todos os canais de streaming e já demonstrava a influência que a música brasileira exerce em suas criações.
Presente no mercado do psytrance já a alguns anos, o produtor sempre alimentou uma personalidade muito autêntica e fora da curva dos seus colegas mais “psicodélicos” e até sendo bastante diferente dos artistas mais pops também, consolidando o quepodemos chamar de uma personalidade única.
Para uma parcela da comunidade do Psytrance, Mandragora é tido como “fanfarrão” e “farofeiro” por apostar em pautas que distoam da proposta alçada pela maioria dos representantes desse circuito. Já para outros, ele é colocado em um pedestal pelos que admiram seu trabalho JUSTAMENTE pelo mesmo motivo. Polêmica por polêmica, o mundo está cheio. As mudanças estão aí, a começar pelos dias que são sempre um diferente do outro. Basta saber se você vai aceitá-las ou fazer parte delas, porque evitar não é uma opção.
Elas sempre vão acontecer.