Astrix lança novo CD!

Publicado em 30/09/2010 - Por Eliel Cezar

Pois é, acredite se quiser! Confira nosso avaliação, ouça as músicas e veja quantos cogumelos ele ganhou!

Se você visita o Psicodelia e/ou gosta de música eletrônica, certamente conhece Astrix! O israelense foi um dos principais nomes que conduziram a explosão do psytrance full on no Brasil nos anos 2000-2010. Contudo, a falta de novas músicas e a repetição quase paranóica de seus lives fizeram sua importância na cena diminuir, e suas antológicas apresentações cada vez mais virarem lembranças de um passado que não volta mais. Contudo, o produtor acaba de lançar um novo CD. Isso mesmo que você acabou de ler: não um EP, não um “memory stick” com duas novas tracks e um punhado de remixes, mas um disco inteiro de nome “Red Means Distortion“, que conta com 10 novas tracks. Certamente, frente ao quase ostracismo do artista nos últimos anos e sua importância para a cena trance brasileira, não é um lançamento a ser ignorado! Confira nossa avaliação. Como sempre, alertamos que acreditamos que imparcialidade não existe. Buscamos ao máximo a objetividade, mas é claro que o que dizemos tem sempre um toque de subjetividade, alguma referência a gostos pessoais: MAIS… De início, dá para dizer que CD é melhor do que a minha preconceituosa visão esperava. Alguns destaques positivos: Astrix – Mir (Original Mix) Música extremamente atmosférica, melódica e uplifting. A linha de baixo continua a mesma, mas a track tem energia e samples de voz bem aplicados. Embora não seja nada revolucionária, a produção é esmerada e a música cumpre seu papel. Bela track. Astrix – Take a Shot (Original Mix) Já é conhecida dos caçadores de tracks na internet há algum tempo. Tem o início, estruturas rítmicas e melódicas mais interessantes do CD. Sabe aquelas tracks infinitas, que realmente contam uma história? Essas é uma delas. Astrix – Dharma (Original Mix) A melhor música do CD. Uso competente de samples naturais e de voz. O início altamente atmosférico dá o tom, seguido pela melodia contida que acompanha o poderoso groove que entra nos 2 minutos. Nessa track, Astrix conseguiu fugir do esquemão de sempre e fez uma track única que se destaca no disco (e isso sem deixar de soar “Astrix”). Além das três “pérolas” do CD, podemos destacar o delicioso início e os sintetizadores caprichados da Acid Rocker; os breaks de Lepton Head, principalmente o que rola por volta dos 3min30s, cujos timbres lembram  muito o Infected Mushroom de tempos mais felizes; e a energia de “Putukututai!”, quer dizer, de Sparks. …OU MENOS… Mesmo com boas tracks e bons momentos, o CD tem, ao nosso ver, algumas deficiências. Em geral, fica clara a falta de inovação, pois não há nenhuma track em que você perceba um real esforço de Astrix (exceto, talvez, “Dharma”) em diferenciar seu som em relação ao que fez nos últimos 5 anos. Em específico, não há como não notar os momentos bregas que roubam a cena em Antiwar (repare lá pelos 2min45 e nos 5min15s), os timbres agudos de sintetizador esquisitos mais para o fim da Acid Rocker e o pouco interessante remix morning de Harbour Candy (que não faz jus ao mix original, que continua maravilhoso mesmo após tanto tempo de lançamento). Para arrematar, como diria um amigo meu, o bum bum bum do álbum: Infected Mushroom – Killing Time (Astrix Remix) Na boa… quando Duvdev, o careca do Infected, vai aprender que ele não sabe cantar, muito menos em inglês!? A única vantagem dessa desnecessária aventura progressive house ter sido incluída no CD é que ela é a última track. Assim, você não tem que ter o trabalho de apertar o forward para pulá-la; basta apertar o eject quando a track 9 acabar. Alterna momentos preguiçosos com melodias manjadas e vocais irritantes que lembram o Korn, para dizer o mínimo. ENFIM… Enfim, trata-se de um bom CD. Bom, nada além disso. Infelizmente, não traz nada de revolucionário ou marcante, além de alguns momentos de diversão. Não se pode negar que o CD chama a atenção (tanto que nos damos ao trabalho de redigir um review) por ser da “marca Astrix”. Pense nesse disco como se fosse um boné preto da Nike: bonitinho, bem feitinho, bacaninha para dias ensolarados, mas que não tem nada demais, e que provavelmente não chamaria sua atenção se não tivesse o símbolo estampado na testa. Red Means Distortion é isso: bacana, mas nada que você não tenha
visto antes. Provavelmente, não fosse um Astrix, você usaria (ou melhor, ouviria) uma ou duas vez e esqueceria dentro do armário (ou melhor, no seu HD).

3,5/5 COGUMELOS
Dica: clique nas tracks marcadas em negrito : são links diretos para ouvir as músicas no Youtube. Ouça, tire suas próprias conclusões e compartilhe conosco!

 

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