Entrevista com Absolum

Publicado em 28/09/2009 - Por Eliel Cezar

absolum
Depois de um conturbado período  com problemas no servidor, o Psicodelia está finalmente de volta e já normalizado. Por conta dos problemas no site, deixamos de publicar na última sexta uma entrevista com o produtor e DJ Christof Drouille, do Absolum, que segue abaixo na íntegra.
O Absolum foi um dos destaques da Earthdance de São Paulo, que rolou nos dias 26 e 27 de setembro.  Na entrevista, Christof ressaltou suas expectativas em relação ao público e deixou aos brasileiros uma mensagem que, sinceramente, optamos por manter em inglês…
Confira abaixo o que ele falou sobre sobre sobre sua carreira, projetos paralelos e sobre a cena européia.
O público do Brasil já te conhece bem. Mas para quem ainda não conhece, quem está por trás das produções do Absolum e o que guia o conceito musical do projeto?
Prazer.. sou Christof Drouillet. Nasci em Paris e agora moro em Ibiza desde 2004. Comecei na música eletrônica com o techno, o que quer dizer que no início dos anos 90 já fazia minhas viradas com o Vinil. Provavelmente é daí que vem minha agressividade musical. Sempre gostei de tecnologia e hoje em dia ela oferece um universo infinito de criação. Por isso que o estilo da 3D Vision é chamadp de Night Hi Tech… Sou uma pessoa muito quieta e tranqüila, mas minha energia é muito intensa quando estou tocando minha música.

A 3D Vision, label que você criou, é uma das referencias no estilo full on night. Quando surgiu o label e como atingiu esse destaque no meio psychedelic?
A 3D Vision foi criada em 1998 quando Cedric Talamasca, Mael aka Nomad e eu nos tornamos muito amigos e tivemos a idéia de criar uma label. Bom a julgar pelas cabeças a frente do projeto, já se podia esperar uma música bem abrangente, mas com uma meta: “Power & Dance” . Nossa música é para dança. Quando me mudei para Ibiza, nossas direções musicais mudaram e eu mantive a 3D Vision ainda lançando música séria, mas nem tanto voltada para o dark. Posso tocar pesado, sério, mas não gosto de chamar de dark. Sou uma pessoa feliz e positiva no geral e minha música é o reflexo disso…pra mim o melhor horário para se tocar é entre a noite e o dia.
Você já tocou em alguma Earthdance? O que espera ver em SP?
Nunca tive a oportunidade até vcs me convidarem. Então, primeiramente, obrigada por isso. E, o que eu espero? Ver pessoas dançando com um sorriso.
O que mudou o trance psicodélico nos últimos anos e como o Absolum evoluiu dentro do estilo?
O trance explodiu em tantos estilos diferentes que é difícil responder. Mas, para o que permanece do trance psicodelélico é a preocupação real. Eu vivo em Ibiza e todos sabem que a vertente mais popular por lá é o techno. O techno se desenvolveu tanto nos dias de hoje que se tornou bem mais psicodélico que a maior parte das produções que tenho escutado de trance….Para mim, essa foi a maior transformação que ocorreu nos últimos anos…
Você está participando de outros projetos atualmente? Quais? Qual a diferença entre eles?
Estou envolvido em um selo chamado IBZ Recordings, que, como você pode imaginar, é um “poll” de produtores de techno baseados principalmente em Ibiza. Temos três lançamentos agora. O último foi o EP Synthetic Wall, atualmente do Dado (Deedrah/Chrome Angels) com 2 remixes, um de Dimitri Nakov, Marcello Vor & Daniel Marques, outro de Riktam & Bansi. Temos bons retornos do mundo do techno, o que é um bom sinal. Para mim, assim como para a maioria das pessoas envolvidas neste selo (Frank E, Koxbox, Dado, Dimitri Nakov, só para citar alguns …), é uma espécie de volta as raízes. Então eu estou tocando sets de techno agora.
Você tem viajado muito pelo mundo nos últimos anos. De qual país você mais gostou? E porque você escolheu Ibiza para montar seu estúdio?
Eu deveria responder quais os países que mais aprecio, uma vez que todos têm algo atraente de formas diferentes. Não estou só lembrando das festas durante minha viagem, mas as pessoas que conheci, os lugares que visitei, os cheiros e a comida …. Mas se eu tiver que nomear dois, eles seriam Japão e, claro, Brasil.

Como está a cena na Europa atualmente? Como foi este verão e qual foi melhor gig da temporada?
A cena de festas na Europa está muito quieta. Com exceção do Boom Festival e do Ozora, que ainda estão crescendo, o resto não está muito bom. Algumas cenas desapareceram completamente, como Grécia, por exemplo, ou França… Mesmo que  ainda existam algumas pessoas tentando manter a história viva. Por outro lado, continuo pensando positivo em relação à cena, que continua rolando em alguns locais. Mas falando de maneira geral, a cena não está indo muito bem… Eu vou mencionar especialmente as boas vibrações da Costa Rica, o retorno do México e claro, Ozora.

Deixe uma mensagem para o público brasileiro que estará te esperando na Earthdance.
Get some visions by going 3D*…
*Essa última frase preferimos nem arriscar traduzir…

SAIBA MAIS EM:

www.earthdance.com.br
www.myspace.com/christofabsolum
www.myspace.com/ibzrecordings

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