Marina Tavares – Quando foi o seu primeiro contato com a música eletrônica e como isso se tornou algo especial em sua vida?

Liftshift – Por volta dos dez anos, assistindo MTV, foi onde eu experimentei a pop-synth music, como Pet Shop Boys e Depeche Mode. Eu lembro de amar a melodia, e como a música era dançável! É claro que, na época, eu não pensava nisso, era apenas tudo uma intuição… Isso me fez dançar, embora eu gostasse disso ou não… Esse era o período onde a música eletrônica plantou sementes em mim. Isso foi na época que comecei a tocar guitarra, e a pesquisar sobre Metal e Hard Rock. Eu comecei a tocar em várias bandas durante a minha adolescência, e consegui familiarizar em construir canções, aprendendo a tocar vários instrumentos, e me apresentando ao vivo no palco…

Após ter vivido nos Estados Unidos por um ano, quando eu tinha 17 para 18 anos, quando voltei para casa, encontrei a Holanda no meio de um surto Techno e House, quase como um vírus… Como muitos amigos meus, que eu tocava em bandas, agora estavam indo somente nessas festas, era natural que acontecesse isso, e começar a ir junto com eles… Após um ano, fui a um grande e velho depósito, o Porto Industrial de Amsterdã… Quando entrei lá, eu experimentei algo que nunca tinha sentido antes… No momento em que fui à pista de dança, eu em lembro de sentir uma explosão de energia, pela música e pelas pessoas… O lugar tinha um estilo Indiano, com imagens, e tocando um  inconfundível GOA Trance… Eu comecei a sentir cada nervo do meu corpo! Nesse momento, foi quando o meu amor pela música eletrônica começou a florir.

Marina Tavares – Quais são as suas influências musicais?

Liftshift – Quando tinha seis anos de idade, eu me lembro de sentar atrás da minha mãe no carro, ouvindo a música de Ennio Morricone… Eu gostava tanto que, pedia para ela repetir isso várias vezes, deixando a minha fantasia visual ir profundamente dentro da música… Meu pai é um baterista de Jazz, então ele e a sua banda costumavam improvisar na nossa sala de estar, toda semana, e praticar para os shows, ou apenas para se divertir… Eu me lembro de sempre querer sentar e ouvir ele…

Mais tarde, eu fiquei inspirado por bandas como Metallica, Guns N’ Roses, Tool, Pearl Jam e Pink Floyd. E projetos como: Hallucinogen, X-Dream, Slinky Wizard e Spectral.

Marina Tavares – Quais são os seus três álbuns favoritos de todos os tempos?

Liftshift – 1. Ennio Morricone: Once Upon a Time in the West.

2. Pink Floyd: The Wall.

3. Metallica: And Justice for All.

Todos os três são muito dramáticos, eu sei… Mas, esses são os álbuns que me fazem realmente sentir e visualizar a música, e sentir empatia diante deles e suas inspirações.

Marina Tavares – Como foi tocar no Universo Paralello Festival 12 no primeiro dia do ano?

Liftshift – Quando ouvi que iria tocar no dia 1° de janeiro, eu fiquei muito empolgado! Eu estava um pouco nervoso nos primeiros dias do festival… Antes de tocar o meu set, eu me lembro de ficar realmente calmo, e mergulhar nas energias já criadas por lá… Embora fosse uma grande responsabilidade com o público, assim como cada um individualmente, isso foi muito divertido! E eu pude tocar o meu novo material, que foi muito bem recebido, naturalmente isso me deixou muito feliz!

Marina Tavares – De onde você tira inspiração para criar novas músicas?

Liftshift – Tocar um live set em qualquer pista de dança me deixa inspirado para o processo criativo, tanto quanto simplesmente me desligar e dançar na pista entre as caixas de som.

Marina Tavares – Qual é a diferença da cena eletrônica do Brasil e de Amsterdã?

Liftshift – Para mim, embora eu seja casado com uma linda brasileira de BH, o Brasil ainda é um lugar exótico… Então, no meu ponto de vista são as pessoas… Em qualquer lugar aqui a energia é grande! Embora o Brasil tenha esse toque especial, se você souber impressionar a platéia, você irá sentir esse amor vindo direto para você.

Marina Tavares – Existem histórias engraçadas que aconteceram em festas ou festivais?

Liftshift – Quando eu toquei pela segunda vez no Universo Paralello (2007-2008), tinha uma mulher na pista que começou a dançar completamente vestida… Enquanto o meu live set progredia, ela estava não somente rasgando as suas roupas, mas também escalando em um bamboo na estrutura, totalmente se divertindo e balançando os seus peitos, literalmente… Para mim foi um grande elogio, em relação a música que eu estava tocando! 

Marina Tavares – Quais são os seus hobbies quando você não está tocando ou produzindo?

Liftshift – Eu gosto de viajar para lugares exóticos, caminhar nas montanhas, mergulhar… Eu também amo cozinhar!

Marina Tavares – Quais são as novidades em relação aos lançamentos e turnês?

Liftshift – Este será um ano lucrativo… Além de várias turnês internacionais e lançamentos, eu estou planejando o meu primeiro álbum para o próximo Natal… Eu ainda estou a procura de gravadoras para lançar… Como nos mudamos para um novo apartamento em Amsterdã, eu também estou construindo um novo estúdio dentro de casa…

Em breve, uma faixa que eu colaborei com Cimi, em uma nova compilação feita por Shane Gobi, pela Alchemy Records. Eu também tenho planejado alguns EP’s… Então fiquem ligados!

Marina Tavares – Quando podemos esperar ver você tocando novamente aqui no Brasil?

Liftshift – Eu já fui procurado para algumas festas e festivais ao longo deste ano, embora eu ainda esteja procurando por uma agência de bookings, para organizar esta turnê comigo. 

Marina Tavares – Você quer deixar uma mensagem para os seus fãs brasileiros?

Liftshift – Lindos amantes do trance no Brasil, vocês estão no meu coração desde o primeiro momento que coloquei os meus pés no seu solo… O seu espírito elevado, lindo idioma, e incrível natureza, sempre me ensinaram a viver a vida ao máximo! Obrigado!

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Marina Tavares – When was your first contact with electronic music and when it became something special in your life?

Liftshift – Around the age of 10 I started watching MTV and this is where I experienced Pop-synth music to the likes of the “Pet Shop Boys” and “ Depeche Mode”. I remember loving their catchy tunes and highly dynamic danceable music. Of course at the time I wasn’t thinking in those words, it was all just intuitional. It made me dance whether I liked it or not! This is the period where the electronic music seeds were rooted inside of me. It was in this time I also started getting fascinated with playing the guitar, and within several years lost touch with electronic music and delved deeper into Metal and Hard Rock. Whilst playing in several bands during my adolescence I got familiar with building songs, getting to know how to play several instruments and performing live on stage.

After having lived in the USA for a year when I was 17 to 18 years of age, I returned back home and found Holland in the middle of a serious Techno and House outbreak, almost like a virus! As many of my friends (who I played in bands with before) were now only attending Techno and House parties it was only natural for me to tag along with them and see what all the fuzz was about. It was about a year after that I walked into this old huge warehouse in the old Amsterdam Industrial harbors where after entering I experienced something I had never felt before. From the moment I came inside the dance arena I remember feeling blown away by the vibe, the music and the people, full on fluo deco with mostly Indian flavored images to provide for an unmistakeable GOA Trance party. This was it, this is it and this is what always will be, I felt it in every nerve of my body! This where the love for electronic music of my early teens started to spring and bloom.

Marina Tavares – What are your musical influences?

Liftshift – When I was about 6 years of age I remember from early on sitting behind my mom in the car listening and studying the highly archetypical and strong visual music of Ennio Morricone. Loving it so much, I asked her to play this over and over again letting my visual fantasies go wild to the music. My father is a jazz drummer so him and his crew used to jam in our living room every weekend to practice for performances or just for fun. I remember always wanting to sit in and listen.

Later I got inspiration from bands and acts to the likes of Metallica, Guns and Roses, Tool, Pearl Jam, Pink Floyd, Hallucinogen, X-Dream, Slinky Wizard and Spectral to name but a few.

Marina Tavares – What are you favorites 3 albums of all times?

Liftshift – 1. Ennio Morricone: Once upon a time in the West

2. Pink Floyd: The Wall

3. Metallica: And Justice for All

All three very dramatic, I know. Yet these are the albums for me where one can really feel and visualize the music and fully empathize towards it’s makers and their inspiration.

Marina Tavares – How was it playing at Universo Paralello Festival 12 on the 1st of January?

Liftshift – On beforehand hearing I had to play on the 1st of January got me super excited. I was quite nervous on the first days of the festival. Before my set I remember getting really calm and immersing with the vibe already created. Whilst playing my set I had great response from the crowd as well individually as in total. IT WAS GREAT FUN!!! I got to play a lot of my new material which was very well received, naturally this makes me very happy!

Marina Tavares – Where do you get inspiration to create new music?

Liftshift – Playing a live set on any dance floor will give me inspiration for the creative process, as well as simply losing my mind and dancing my ass of on the dance floor in between the speakers.

Marina Tavares – What is the difference between the electronic music scene here in Brazil and Amsterdam?

Liftshift – To me personally (although I am married to a beautiful Brazilian from BH) Brazil remains an exotic place for me. So looking at it from my point of view it’s mainly the people and the surroundings of the party. Anywhere I go vibe is high! Although Brazil has this extra touch, where if you know how to impress the crowd, you will feel the love coming straight at you!

Marina Tavares – There’s some funny party story?

Liftshift – Hard to choose as there are so many. When I played for the second time at Universo Paralello (2007- 2008) there was a woman in the crowd who started off dancing fully clothed on the dance floor. As my live set progressed she was not only tearing of her clothing, but she was climbing into the bamboo structure totally “having it” and into “the zone” rocking her tits off, literally! For me a huge compliment towards the music I was playing there!

Marina Tavares – What are your hobbies when you are not playing or producing?

Liftshift – I like to go travel to exotic and strange beautiful places, trekking in the mountains, scuba diving and I love to cook.

Marina Tavares – What are the news about tours and releases?

Liftshift – This will be a fruitful year for me. Besides various international performances and releases, I am planning on the debut album coming out this Christmas. I am still looking into labels to release it though. As we just moved into our new apartment in Amsterdam I am also building a new Liftshift proof studio inside the house.

A single that I collaborated on with Cimi is coming out on a fresh progressive compilation by Shane Gobi on Alchemy Records. And there are some Ep’s in the pipeline as well.

So stay tuned!

Marina Tavares – When we can expect to see you again here in Brazil?

Liftshift – I have already been approached for some parties and festivals later on this year, still looking for a booking agent though, who will arrange the tour together with me.

Marina Tavares – Do you wanna to leave a message for your Brazilian fans?

Liftshift – Beautiful trance lovers of Brazil, you are in my heart since the first moment I set foot on your soil. Your high spirit, beautiful language and amazing nature have always taught me to live life to the fullest! Thank you!!!

Conheça mais sobre o artista:

https://www.facebook.com/Liftshift

https://soundcloud.com/liftshift

http://www.youtube.com/user/Liftshifters