Review Dream Valley 2014

Publicado em 21/11/2014 - Por Mohamad Hajar

Nos dias 14 e 15 de novembro o Beto Carrero World recebeu a terceira edição do Dream Valley Festival, realizado pela Green Valley em parceria com a Engage, produtora de eventos do grupo RBS. Nossa equipe esteve presente no primeiro dia de evento, e acompanhou todos os DJs que se apresentaram no Mystic Stage, palco alternativo dedicado a vertentes do techno e do house.

 

Infelizmente enfrentamos contratempos na estrada rumo a Santa Catarina e não chegamos a tempo de assistir Matador, que estranhamente estava escalado para as 22:00. Chegamos pouco depois da meia-noite, horário que deveria ser de Julio Bashmore, mas quem estava no palco era Maya Jane Coles, com um som dançante e criativo. Quando fomos tentar entender a bagunça que estava o line-up, a primeira grande surpresa da noite veio: Matador havia se recusado a tocar no horário que lhe fora atribuído, por isso, todos os artistas estavam se apresentando cerca de uma hora adiantado.

Dando sequência no line, era a vez de Amine Edge & DANCE, a atração que sem dúvidas levou mais pessoas ao Mystic Stage neste dia. A pista não ficou parada um minuto sequer com o g-house da dupla – nós não compartilhamos da mesma empolgação – e assistimos de longe (com direito a um rápido role pelo palco principal, aonde vimos uma parte da apresentação de R3hab). Em seguida foi a vez de Boris Brejcha, que infelizmente está cada vez mais empolgado com seu hitech minimal, uma mistura estranha de techno com electro, bem diferente das atmosferas sombrias e intrigantes do bruxo.

Quando os relógios já passavam das 4 horas, finalmente Matador voltou para executar seu trabalho – ato feito com maestria. Quem já viu o live dele tem uma boa noção de como foi, já que suas apresentações são sempre semelhantes entre si – no entanto, comparada às outras 3 vezes que o vi, esta certamente foi a mais pesada, sendo um belo warm up para o que estava por vir. Chris Liebing assumiu os decks e mostrou que sabe ler a pista muito bem e se comunicar com ela. Acostumado a fazer long sets em eventos de techno, ele conseguiu adequar muito bem seu som para um set de apenas uma hora, diante de uma pista que não estava acostumada com o estilo. Em poucos minutos seu repertório e sua técnica impecável já haviam colocado o público sob uma intensa hipnose, e a cada virada surpreendente era visível a empolgação das pessoas com o que estavam vivendo.

 

De alma lavada, voltamos para casa satisfeitos com a noite, mas desapontados com a carência de nomes atrativos para o próximo dia. Um evento que já teve Sven Vath, Loco Dice, tINI e Tale of Us em uma mesma edição ficou devendo um pouco neste ano. No entanto, a oportunidade de ver ao vivo um artista como Chris Liebing, acompanhado de Matador e Maya, certamente valeu o ingresso!

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