Artista espalha mandalas pelos muros de Campinas

Publicado em 16/06/2015 - Por

Já faz algum tempo que a arte do grafite se incorporou à paisagem das grandes cidades. Hoje muita gente já não se surpreende ao encontrar grandes muros coloridos com desenhos das mais variadas formas e estilos.

Porém, entre todos eles, podemos destacar um artista que em adotando um estilo de desenho muito familiar aos fãs de festivais de múscia eletrônica: as mandalas.

José Flávio Audi, de 34 anos, revigora muros cinzas e desgastados pelo tempo com mandalas coloridas inspiradas em elementos da natureza. “A mandala é viva, traz felicidade e permite criações únicas a partir do imaginário. Gosto de observar os formatos de folhas, nuvens, espuma do mar e a textura de animais. Não quero direcionar os olhares das pessoas, prefiro que interpretem”, pondera sobre as influências. Algumas das criações, conta, são feitas enquanto ouve rock e música eletrônica, mas não elege títulos favoritos. “Não sigo regras, às vezes estou sozinho ou com amigos”, explica.

“A mandala é viva, traz felicidade e permite criações únicas a partir do imaginário. Gosto de observar os formatos de folhas, nuvens, espuma do mar e a textura de animais. Não quero direcionar os olhares das pessoas, prefiro que interpretem”

O artista formado em psicologia conta que o trabalho nas ruas começou há sete anos, após deixar um programa de inclusão social para deficientes na Unicamp. Desde então, produziu desenhos abstratos sempre com duas características: traços e cores fortes, sejam em harmonia ou contraste. Atualmente, ele também atua como tatuador e pinta telas. “Faço arte para exercer minha liberdade.”, define o artista que veio de Itapira/SP.

Lembranças e influências

Sem apego aos números, trejeito evidente ao não se importar sobre quantas obras já coloriu com sprays pela metrópole, Audi lembra que o apreço pelas artes plásticas começou durante as peripécias na infância.

“Quando criança, ficava fascinado ao ver os movimentos da minha mão eternizados na folha de papel”, ressalta enquanto olha um muro no Cambuí. “Estou namorando há um tempo, vamos ver se o dono permite”, brinca o artista. Às vezes, contudo, toma a liberdade de recriar espaços com ares de abandono quando não encontra os proprietários. “Estou construindo, é algo postivo”, esclarece. Quando criança, ficava fascinado ao ver os movimentos da minha mão eternizados na folha de papel”.

Enquanto relembra trabalhos que realizou em Jericoacoara (CE), praia da Pipa (RN) e países como Itália, Espanha, Áustria e Nova Zelândia, Audi avalia que o estudo de psicologia foi relevante para a formação.

“Sempre tive muita curiosidade pela complexidade humana, o intelecto, e foi importante para minha formação”. Ele admira os trabalhos da pintora Beatriz Milhazes, o grafiteiro chileno Inti, e também do pintor catalão Salvador Dali.

Via G1

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