Em referendo paralelo às eleições presidenciais, eleitoroes do Colorado e Washington votaram e aprovaram pauta sobre a Cannabis sativa. Nestes dois estados está legalizada a posse e a venda da maconha para uso recreativo.
O resultado coloca os dois estados em choque direto com o governo federal, que continuará considerando a droga de alto risco e sem teor medicinal. O Departamento de Justiça afirmou que sua política não mudará.
No Colorado, com mais de 50% das urnas apuradas, 52,7% dos votos foram a favor da medida. Já em Washington, onde a campanha do sim arrecadou o equivalente a R$ 12 milhões, passou com 55% dos votos. Em Oregon, um referendo similar não foi aprovado pela população.
Em ambas regiões, a posse de até 28 gramas de maconha será legalizada para maiores de 21 anos. Também serão permitidas a venda e taxação da droga em lojas licenciadas pelos Estados, num sistema parecido com controle de bebidas alcoólicas.
A legalização da maconha deve acontecer em 30 dias, e a abertura de lojas só deve ocorrer em 2014, com possível interferência do governo federal. As medidas também legalizam plantio de cânhamo para fabricação de produtos como tecidos e alimentos.
Segundo os organizadores do referendo no Colorado, a medida prevê US$ 60 milhões por ano em novos impostos para o Estado, começando em 2014. “É uma receita que atualmente está na mão de cartéis, no submundo, e que agora poderá ser capturada pelo Estado”, disse à Folha Brian Vicente, principal proponente da causa, que tentou em 2006 um referendo parecido.
De acordo com uma notícia publicada pelo site Marijuana.com, apesar de sempre ter exercido forte fiscalização sobre qualquer campanha relacionada à legalização da maconha, o Facebook finalmente decidiu liberar a divulgação e criação de fan pages dedicadas à droga.
Segundo a publicação, a rede social se rendeu à forte pressão exercida por inúmeros grupos em favor da legalização e regularização do uso da maconha, principalmente aqueles com motivações políticas e organizações estudantis, com o objetivo de de criar espaços para uma discussão séria sobre o tema.
Via Folha Online e Terra