Entrevista: Synkronic

Publicado em 18/03/2015 - Por Marina Tavares

Foto: Beto Vilela Fotografo

Marina Tavares – Quando foi o seu primeiro contato com a música eletrônica e como isso se tornou algo a mais em sua vida?

Synkronic – O meu primeiro contato com a música eletrônica foi quando tinha apenas 12 anos, e comecei a frequentar as matinês da Região do ABC, onde morei boa parte da minha vida. Aos domingos, era frequente a ida aos clubes, até ter o meu primeiro contato com um instrumento, e comprar a minha primeira guitarra. Depois disso, eu me dediquei somente aos estudos, passei oito anos em um Conservatório Musical, nesse tempo me dedicava a guitarra, e toquei em bandas de Rock Alternativo e Hard Core, adquirindo uma boa experiência musical na bagagem. Em 2005, ao convite de um grande amigo, eu resolvi conhecer uma festa rave. Na época, era a XXXPerience 10 anos, no sítio Maeda, eu nunca imaginei conhecer algo do tipo, foi essa a minha primeira impressão, amor à primeira vista.

 

Marina Tavares – Como foi o início da sua carreira?

Synkronic – Quando comecei a frequentar as festas trance, eu senti que existia algo a mais, e poderia talvez aplicar o meu conhecimento e minha experiência musical. Então, me matriculei em um curso de Mixagem na Escola Groove Arte (SP), onde em seguida fiz o curso de Produção de Música Eletrônica. Com os estudos e alguns equipamentos, eu dei início ao que seria o meu trabalho e minha profissão hoje, dj e produtor. Toquei dj set por alguns anos como dj Diksha, até montar o meu primeiro projeto com minhas produções. “Mental Tech” foi apenas um começo, que logo amadureceu quando conheci Edu, dj e produtor do Respect Festival, construindo juntos o que logo viria a se tornar um dos projetos mais importantes na cena trance nacional, o 2012 Live.

 

Marina Tavares – Como surgiu o projeto Synkronic?

Synkronic – Após quatro anos de estrada com o 2012 Live, eu resolvi que deveria criar algo novo, com ideias próprias e sem limites. Voltar as raízes e influências que me despertaram no início de tudo, o que me motivou e fez criar o projeto Diksha, que logo assinaria com uma das mais importantes gravadoras do cenário, a mexicana Catalyst Records. Depois do lançamento do projeto e boa repercussão, alguns contatos surgiram, e um deles foi com a gravadora Looney Moon, pela qual eu já tinha uma enorme admiração, pelo seu trabalho e seus artistas. Então, eu recebi a proposta de criar um novo projeto para ser lançado por ela, e nasceu o Synkronic.

 

Marina Tavares – Quem foram as suas influências?

Synkronic – Eu escuto músicas atuais raramente, justamente para não me influenciar muito. Quando escuto, sigo mais para o lado da produção, como mixagem e técnicas. Procuro me influenciar em minhas próprias ideias, e acredito que isso seja algum diferencial na particularidade musical.

 

Marina Tavares – De onde você tira inspiração para criar novas músicas?

Synkronic – Faz quase três anos que me mudei de São Paulo, para uma pequena cidade no interior. Eu vivo tranquilo em meio à natureza, onde procuro fazer dela a minha maior fonte de inspiração.

 

Marina Tavares – Como você define a sua música?

Synkronic – Psicodélica e informativa!

 

Marina Tavares – Como foi tocar no Soulvision Festival 2015?

Synkronic – Eu já me apresentei por dois anos no Soulvision com o 2012 Live, mas esse ano foi diferente, tanto por ter tocado meus dois projetos solos na primeira noite do festival, quanto pela incrível evolução de ideias e estrutura do evento em si. Foi incrível a energia recebida da pista de dança, com certeza, foi um festival diferenciado!

Foto: Lauro Medeiros Fotógrafo

Marina Tavares – Se você pudesse escolher qualquer lugar no mundo para tocar, onde seria?

Synkronic – Talvez um lugar onde as pessoas realmente pudessem escutar a música de coração aberto, dançar livres de qualquer tipo de guerra ou preconceito, para mim esse seria um lugar perfeito.

 

Marina Tavares – Quais são os seus hobbies quando você não está produzindo ou tocando?

Synkronic – Eu procuro ficar em contato com à natureza, cuidar das plantas, jardim, do meu cachorro, e ficar perto das pessoas que mais amo, a minha família.

 

Marina Tavares – Quais são as novidades em relação à turnês e lançamentos?

Synkronic – O projeto Synkronic lançou recente o primeiro EP chamado “Mechanical Sauce”, pela Looney Moon Records. O projeto Diksha assinou há pouco tempo com a Sangoma Records, e lançou o quarto EP, chamado “Astral Elevation”, este mês pelo Beatport. Em agosto estarei voltando para mais uma turnê pela Europa, onde estarei me apresentando em alguns festivais, e passando por países como: Grécia, Alemanha, França, e Suíça.

 

Marina Tavares – Gostaria de deixar uma mensagem para os seus fãs?

Synkronic – Gostaria de agradecer a todos que de alguma forma fortalecem e acreditam em meu trabalho, seja ouvindo, indicando para um amigo, curtindo as páginas ou soundcloud, vibrando na pista, ou até torcendo à distância… Obrigado e muita paz no coração de todos!!!

 

Conheça mais sobre o artista:

https://www.facebook.com/Synkronic.Music

http://www.soundcloud.com/synkronic-music

https://www.youtube.com/user/DavidDiksha1

 

Foto:

Lauro Medeiros Fotógrafo

https://www.facebook.com/pages/Lauro-Medeiros-Fot%C3%B3grafo/21898196156…

 

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