GMS reaparece e lança álbum de remixes

Publicado em 19/12/2009 - Por Eliel Cezar

00-Riktam_and_Bansi

Com muito tempo de estrada, Riktam Matkin e Bansi Quinteros podem se gabar de terem escrito o nome Growling Mad Scientists, ou GMS, na história do psytrance. Seus mais de 150 releases ao longo dos anos 90 e 2000 ajudaram a dar forma ao trance psicodélico, que adquiriu identidade própria distinta do Goa Trance, e a trazer o estilo outrora restrito às cenas underground de Goa, Israel e Países Baixos para as beiradas do mainstream no Brasil.
E agora, nesse fim de 2009, anotam mais um lançamento no extenso e bem aventurado curriculum: acabam de lançar pela Starbox o álbum “GMS: The Remixes Vol. 2”. O release consiste em 10 tracks que já rolam na Web e nas festas há algum tempo, e que têm como grande semelhança o fato de… serem bastante distintas! A velocidade das tracks, por exemplo, varia dos acelerados e típicos 145 bpm’s, como na Dino Psaras vs Michelle Adamson – Firewall (GMS Remix), até os 136 bpm’s, como na curiosa Felguk – Buzz me (GMS Remix).
Não cabe falar sobre cada track em separado, mas sobre as que se destacam e sobre as características mais  notáveis. Admitindo ter ouvido o lançamento com ouvidos preconceituosos, este que vos escreve confessa ter se surpreendido, em geral, positivamente. Como era de se esperar, a maioria das tracks carrega influências do low bpm. São notáveis a percussividade e linhas de baixo menos contínuas/mais marcadas, ao estilo do techno, e synths com timbres típicos de electro – sem falar, claro, no fato de os bpm’s estarem levemente desacelerados. Além disso, estão presentes, embora não de maneira generalizada, melodias trance e a clássica fórmula break/preparação/explosão do full on israelense.
Essa mistura funciona em algumas tracks; em outras, nem tanto:

Destaques

Aquagen feat. Rozalla – Everybody is Free [GMS Rmx]: excelente track para os amantes do full on groove. Os 140 bpm’s, embora a princípio pareçam lentos, não comprometem a atmosfera energética. A construção melódica, embora tenha timbres com um toque de euro-trance brega de aula de ginástica a partir dos 3min30s, não é excessiva, funciona no conjunto da música e é um alento aos que consideram as sonoridades atuais de psytrance carentes de melodia.
Deadmau5 – Arguru [GMS Rmx]: houvesse um prêmio “Cogumelo de Ouro”, essa track seria a minha indicada. Baseada em elementos rítmicos secos e diretos e uma atmosfera progressiva, a deliciosa melodia do mix original do rato mais famoso da cena eletrônica ganha destaque e cria uma ambiência musical uplifting, que se desenrola num energético full on logo após o fim do primeiro grande break, aos 4min5s. Cabe fazer breve destaque à Dusty Kid – Kore  [GMS Rmx], que segue fórmula semelhante e também faz jus à ótima track original de Dusty Kid.
Felguk – Buzz Me [GMS Rmx]: destaca-se essa track porque, sinceramente, não consegui entendê-la. Estão presentes elementos psicodélicos – em especial no primeiro minuto do remix e nos breaks subsequentes- que acabam desembocando num bassline rasgado e estridente, como se houvesse um efeito de flanger sobre a linha de baixo do mix original. A música parece ganhar real identidade após os 4min20s…mas isso basta para salvá-la?

Track list completa

1 – Felguk – Buzz Me [GMS RMX]
2 – Deadmau5 – Arguru [GMS RMX]
3 – Who Da Funk Featuring Jessica Eve – Shiny Disco Balls [GMS RMX]
4 – Krome Angels – Love is on my mind [GMS RMX]
5 – Dusty Kid – Kore [GMS RMX]
6 – Eat Static – Implant [GMS RMX]
7 – Dino Psaras and Michelle Adamson – Firewall [GMS RMX]
8 – Kox Box – Stratosphere [GMS RMX]
9 – Mad Maxx – The Shamam [GMS RMX]
10 – Aquagen feat Rozalla – Everybods Free [GMS RMX]
E você? O que achou do lançamento? Alguns trechos do CD podem ser ouvidos na página de venda do disco e no Myspace.

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