Mais um dia, mais um idiota queimando a cena

Publicado em 11/05/2012 - Por

Gente burra é um perigo para si mesma e para os que estão à sua volta. E infelizmente, o mundo está cheio delas. Infelicidade dupla: parte delas gosta de frequentar festas de música eletrônica.

Falo daquele sujeito que, não contente em ficar muito louco, faz questão de mostrar isso para todos, sempre da pior maneira possível. Esse sujeito é um verdadeiro perigo, para mim, para você e até mesmo para a existência dos festivais.

Ao contrário do que muita gente pensa, os maiores inimigos da cena eletrônica não são os políticos conservadores. Também não são os evangélicos, nem mesmo os grupos de defesa da Tradição, Família e Propriedade (não ria, eles existem). Essa gente não pisa e jamais pisará em uma rave ou festival. Para eles, nosso mundo é praticamente uma maçonaria, e mesmo festas amplamente divulgadas como Tribe e XXXPerience são vistas como eventos ultra secretos, que acontecem no meio do mato e são divulgados apenas para “membros da irmandade”.

Os maiores inimigos da cena eletrônica são pessoas como essa, que por uma injustiça do universo, nascem saudáveis e com 2 pernas funcionais.

Em um evento de e-music, não se pode permitir um vacilo desses. Se fosse em um show de rock, em um rodeio, ou em um dia de carnaval, seria apenas mais um idiota caindo e, com sorte, morrendo. Mas no nosso caso, ele se torna “O” idiota.

O idiota que vai abrir a brecha para que a galera TFP (é sério, eles existem) e a imprensa sensacionalista apontem o dedo e digam: “morreu porque foi pra festa rave”. Obviamente ninguém vai querer saber se foi apenas um imbecil que resolveu escalar uma estrutura de 10m de altura. Morreu na rave, é culpa da música eletrônica.

Mas o idiota suicida não é o único tipo. Há também o idiota metido a engraçadão, que gerou a manchete abaixo. Ao sair de uma rave próxima a um zoológico, ele resolveu invadir a área dos golfinhos e dar algum tipo de droga para 2 deles. No dia seguinte, temos a manchete:

 

No dia em que saiu a matéria até tiramos sarro aqui no Psicodelia. Eu mesmo fiz essa imagem, ironizando o sensacionalismo extremo. No entanto, o jornalismo piada expôs um problema sério. Matar golfinhos é praticamente crime ediondo em qualquer lugar do mundo. Fazer isso próximo a uma rave, é pedir para iniciar uma caça às bruxas.

Portanto, deixo aqui um apelo, para você que pretende sair nesse e nos próximos fins de semana: quando presenciar uma situação dessas em uma festa, não fique apenas rindo, ou filmando. Tente impedir o babaca em questão, de alguma forma. Converse com ele, segure-o pelo pescoço, diga que alguém está oferecendo bebidas grátis do outro lado da festa (essa costuma funcionar).

Como nem sempre há seguranças por perto, cabe a quem está próximo impedir que um frito sem noção prejudique milhares de pessoas que só querem se divertir. Da próxima vez, pensem nisso, pelo bem da música eletrônica.

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