Tribe 8 Anos: fotos e review

Publicado em 24/12/2008 - Por


Após 10 horas de viagem pela rodovia da morte (o frito do nosso motorista se perdeu algumas vezes pelo caminho), chegamos nos portões da Tribe por volta das 23hs de sábado, na tradicional Fazenda Maeda, para acompanhar a última mega-festa do calendário de 2008: a Tribe edição especial de 8 Anos.
Logo na entreda, várias viaturas do DENARC, centenas de policiais e cães farejadores circulavam pelo local.
Mais adiante, no momento da revista, tive o desprazer de experimentar o novo método de revista adotado pela segurança: usando uma luva cirúrgica, o funcionário enfiou a mão dentro da minha cueca, na tentativa de encontrar drogas escondidas atrás do meu saco. Assim, sem cerimônias, sem se dar ao trabalho de perguntar meu nome ou pagar uma catuaba antes.
Situação foda e constrangedora.  Especialmente porque eu percebi que a mesma luva era utilizada para revistar várias pessoas. Exagerado, desnecessário e o pior, anti-higiênico.
Passado este percalço, adentramos à festa. O que vi foi a estrutura da Fazenda Maeda revitalizada, com projeto paisagístico nas laterais: gramado novo, pequenos morros e algumas árvores causaram uma excelente impressão.
A nova tenda e a decoração do palco estavam muito bonitas e funcionais. Quem acompanhar as edições de 2009 irá se surpreender.
Outra boa surpresa foi a tenda World Stage, montada com elementos da antiga decoração do palco principal. Ainda neste espaço, vários sofás e um telão interativo garantiram a diversão de muita gente que estava descansando neste espaço. Muito legal.
No palco principal, o sound system manteve a tradição do nome Tribe, porém desta vez o público pode perceber um pequeno problema: diferente do ano passado, desta vez os palcos não estavam bem isolados. O resultado é que entre uma virada e outra dos DJs, era possível ouvir uma interferência vinda da tenda Tribe Club. Isso causou um certo desconforto em alguns momentos da festa.
Quanto à festa, pode-se dizer que ela começou de verdade por voltas 1h30, quando Krunch entrou e finalmente movimentou o público que até então parecia mais interessado em bater papo.
Um dos momentos mais marcantes da festa foi, sem dúvidas, a pausa para a oração pela paz, por volta das 4hs da manhã. Ato encerrado, sobe Astrix no palco para levar o público ao delírio com hits como Closer to Heaven e Mescaline, encerrando com chave de ouro o período da night party.
Já na tenda Tribe Club, Stephan Bodzin, Gabe e D-Nox foram os destaques da festa.
Na parte do dia, a cobertura em forma de 8 do palco principal cumpriu seu papel de maneira muito eficiente, decorando a festa e fornecendo uma refrescante e confortável sombra, poupando boa parte do público dos raios de sol que castigaram Itu durante todo o dia.
Nessa segunda metade da festa, Sesto Sento e Ace Ventura não deixaram ninguém parado na pista principal.
Outro destaque bastante positivo foi a equipe de segurança. Exceto pelo incidente nos portões, dentro da festa todos foram extremamente educados e prestativos, como nunca vi antes.
Falando em profissionalismo, não posso deixar de elogiar a praça de alimentação, que apresentou um padrão de qualidade muito superior ao que estamos acostumados, tanto pela estrutura quanto pelo atendimento.
Já o público da festa não apresentou nenhuma surpresa. O que se viu foi uma grande mistura de tipos, como já era esperado devido à quantidade e variedade de atrações: dançarinos, fanfas, povo mais roots, uma legião de fãs de minimal/tech-house, etc. O mais bacana foi ver o tempo todo xiitas e fanfarrões lado a lado, cada um curtindo a festa ao seu modo.
Em resumo, todos saíram satisfeitos aproveitaram a festa em harmonia, o que contribuiu para um verdadeiro clima de celebração da paz. Mais uma vez, a Tribe cumpre seu objetivo. E que venha a edição de 9 anos.

Fotos

Confiram 2 excelentes galerias de fotos: do CLAUDIO BOCKA e do CLEBERSON ALARCON.
[update 25/12] Mais algumas fotos em um tópico no Disturb Psychedelic Community. [/update]

[products limit="8" orderby="rand" order="rand"]