Foto: Coletiva.a.mente
Marina Tavares – Quais foram as suas influências musicais?
Chromatone – Eu estava fascinado com a música eletrônica desde jovem, por causa de sua conexão com outro mundo. Bandas como Depeche Mode, Nine Inch Nails, Skinny Puppy, Frontline Assembly, Haujobb me inspiraram com o design de som e estilo. Todos tinham um som tão poderoso que era completamente diferente de qualquer coisa. O limite assustador desses artistas se encontra em minha produção.
Marina Tavares – Quando foi a sua primeira festa de música eletrônica?
Chromatone – Na verdade, eu demorei um tempo para começar a curtir festas Trance. No início dos anos 90, eu estava indo em shows industriais enquanto também escrevia e me apresentava com minha banda “Tarn”. Um amigo sugeriu que ouvisse Goa Trance. “Eu gostei muito do som, mas é muito Disco” eu disse. Eu queria uma banda louca e Industrial, e tive pouco interesse em “raves” (risos). Mais tarde, um DJ de Trance, colega de trabalho no Guitar Center, colocou para tocar o álbum “Hallucinogen – The Lone Deranger”. Eu realmente amei a profundidade e complexidade desse CD, e comecei a explorar mais ativamente o Psychedelic Trance. Eventualmente, no meu aniversário de 21 anos, eu fui ver o X-Dream em São Francisco, na turnê do seu álbum “Radio“. Eu estava realmente empolgado porque 21 anos é a idade legal para começar a beber nos Estados Unidos, e eu planejei uma celebração em grande estilo! Mas o som não estava ótimo, e o álcool não era permitido ou vendido para todas as idades! Finalmente, o fator decisivo foi ir no Fusion Festival em 2000, para ver G.M.S. Vs Sytembusters. A experiência ao ar livre foi muito mais divertida, e então sabia que isso era o que eu queria estar fazendo! O som industrial do Absolum nessa época revelou que a direção que eu queria na música era não apenas possível, como também era demais!
Marina Tavares – Como foi o início da sua carreira e como você criou o seu projeto Chromatone?
Chromatone – Aos poucos, após começar a curtir Psychedelic Trance, por causa de sua qualidade crescente e festas divertidas, eu decidi comprometer os meus esforços em um projeto Trance. Eu queria um nome para descrever as minhas ambições em produzir um som extremamente denso. Chromatone apenas surgiu em meu cérebro, Chroma e Chromatic representando cores amplas e frequências. (risos) Infelizmente, Chromatone é um nome muito bom para ser verdade, ele é dividido com um artista Pop/funk, e também com um músico que toca teclado.
Eu produzi um álbum que não foi lançado chamado “Chromatone – Tranzmogrification”, que era usado como meu booking demo. Logo após, eu conheci Dr. Spook + Witch Dokta (Phoenix Family), Tony + Paul (Symbiosis, Pulse) e comecei a tocar na Califórnia, porque eles estavam empolgados em ter talentos locais. Então, eu conheci a turma Europeia que vivia em São Francisco: Sammy: CPU, Nik: Mechanikka, Davina, e Max: Siruis Issnes, Mad Maxx. Eles tinham acabado de terminar um álbum incrível chamado Biodegradable – Phaser, após descobrirem o Psychedelic Trance no Burning Man. Eles me apresentaram ao Fred Neuromotor, e logo eu fui parar na França, trabalhando no CD duplo “Mechanik Castle”. Eu estava trabalhando com Vaporvent também, e então finalmente assinei com a Nano para lançar o meu álbum Wasabi.
Marina Tavares – Fale-me um pouco sobre o seu projeto paralelo Everblast com Earthling.
Chromatone – Na verdade, eu era tímido (e estava me divertindo muito) para falar com Celli, quando toquei antes dele numa festa em um armazém, em Oakland. A próxima vez que ele veio na cidade, Dr. Spook levou ele em nossa casa, então Ross Random e eu estavámos ansiosos para trabalharmos com ele. A nossa track “Killer Dope” foi um hit instantaneamente no álbum “Remote Viewing”, lançado pela Spun Records. Logo após, nós escrevemos Big Sticky, lançada no meu álbum “Chromaconnection”. Eu comecei a visitar Celli todas as primaveras em Ibiza, e nós tivemos muito tempo para produzir com boas energias. Nós trabalhamos fantasticamente juntos, cobrindo tudo o que queremos em uma track. Ele é ótimo com arranjos, samples e ajustes, enquanto eu trabalho acertando o groove, conduzindo e mixando. Nós iremos fazer tracks do Everblast, que irão ser lançadas em nossos álbuns individuais. Nós queremos começar um novo projeto chamado “Space Pushers”, para músicas mais lentas e com estilo livre.
Marina Tavares – Como foi se apresentar no Soulvision Festival?
Chromatone – Foi uma experiência memorável para mim! O Everblast teve uma posição um pouco difícil, tocando após um som progressivo entrando em direção ao nosso full-on profundo, enquanto o sol ainda brilhava. Tudo correu bem após um tempo de transição, e o público foi incrível, mesmo quando toquei o som mais pesado no final do set do meu projeto Chromatone. Ser energético no palco após duas horas e meia é um grande compromisso, mas a atmosfera incrível e o desafio fizeram essa ocasião excepcionalmente especial!
Marina Tavares – O que mantém vivo o seu amor pela música eletrônica? O que você ama nos festivais de Psychedelic Trance?
Chromatone – Está cena é simplesmente uma das melhores! As pessoas são muito abertas e entusiasmadas, e nada se compara a uma pista de dança com Psychedelic Trance em alta voltagem! Eu sempre me divirto no palco, e isso simplesmente nunca fica repetitivo. Todos os outros artistas e pessoas da produção são tão divertidas, e eu amo conhecer pessoas aletoriamente em festas ao redor do mundo. Nós temos mais diversão do que qualquer um!
Marina Tavares – De onde você tira inspiração para criar novas músicas?
Chromatone – Honestamente, é difícil após criar tantas tracks, e sempre tendo que superar você mesmo, mas novos brinquedos e trabalhar com uma multidão de artistas talentosos, sempre me ilumina e me leva a criar novamente! O novo álbum teve um atraso com o meu computador estragando, músicas indo para compilações, e o tempo que passo viajando, mas “ High Contrast” estará pronto no final deste ano.
Marina Tavares – Você quer deixar uma mensagem para os seus fãs?
Chromatone – Muito obrigado a todos que apreciam o meu som e o meu humor no palco, é sempre uma honra! Por favor, me ajudem a espalhar a minha arte compartilhando as minhas páginas!
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Marina Tavares – What are your musical influences?
Chromatone – I was mesmerized by electronic music from a young age because of its otherworldliness. Bands like Depeche Mode, Nine Inch Nails, Skinny Puppy, Frontline Assembly, Haujobb inspired me with envelope pushing sound design and textures. They all had such powerful music that was so completely different than anything else. The haunting edge of those artists usually finds its way into my writing.
Marina Tavares – When was your first electronic music party?
Chromatone – It actually took me a while to start enjoying trance parties. I was going to industrial shows while also writing and performing with my band “Tarn” in the early 90s. A friend from my M.i.d.i. class suggested I check out Goa trance. “ I like the sounds a lot but it’s to Disco” I said. I wanted a crazy Industrial band and had little interest in “Raves” haha. Later a trance Dj coworker at Guitar Center played me the new “Hallucinogen – The Lone Deranger” album. I really loved the depth and complexity of this CD and began exploring Psytrance more actively. Eventually I went to see X-Dream in San Francisco for their “Radio” album tour on my 21st birthday. I was really excited as 21 is the legal drinking age in the U.S.A. and I planed to celebrate full power 🙂 ! BUT the sound wasn’t great and alcohol was not permitted or sold inside the all ages venue, arrrrg! Finally the clincher was attending Fusion Festival 2000 to see G.M.S. Vs Sytembusters. The experience outdoors was so much more fun and I knew then this was what I wanted to be doing! The industrial overtones from Absolum at this time also proved the direction I wanted with music was not only possible, it kicked ass!
Marina Tavares – How was the beginning of your career and how did you create your Chromatone project?
Chromatone – After slowly getting into Psytrance by its increasing quality and enjoyable parties I decided to commit my efforts to a trance project. I wanted a name to describe my ambitions of producing a heavily dense “maximal” sound. Chromatone just sort of popped into my brain derived from Chroma and Chromatic representing full colors and frequencies. Haha, sadly Chromatone is a bit to good of a name and is shared with a Pop/funk artist and a musical Keyboard.
I wrote an unreleased album called “Chromatone – Tranzmogrification” that was used as my booking demo. I soon met Dr. Spook + Witch Dokta (Phoenix Family), Tony + Paul (Symbiosis, Pulse ) and began performing in California, as they were excited to have local talent. I then met the European crew living in San Francisco: Sammy: CPU, Nik: Mechanikka, Davina, and Max: Siruis Issnes, Mad Maxx. They had just finished the amazing album Biodegradable – Phaser after discovering Psy at Burning Man. They in turn introduced me to Fred Neuromotor and I soon ended up in France working on the “Mechanik Castle” double cd. I was working with Vaporvent as well, and then finally signed with Nano for my Wasabi album.
Marina Tavares – Tell me a little bit about your side project Everblast with Earthling.
Chromatone – I was actually to shy (and having to much fun) to speak much with Celli when I played before him in an Oakland warehouse party. The next time he came to town Dr. Spook had him over at our house so Ross Random and I were eager to work with him. Our track “Killer Dope” was an instant hit on Spun Records: “Remote Viewing”. Soon after we wrote Big Sticky, released on my “Chromaconnection” album. I began to visit Celli in Ibiza every spring and we had a lot of time to produce with great vibes. We work fantastically together, covering everything we want from a track. He’s great with arranging, samples and tweaky stuff, while I work the hard hitting grooves, climactic leads and mixing. We will primarily do Everblast singles, also appearing on our individual albums. We want to start a new project “Space Pushers” for slower and more freestyle music.
Marina Tavares – How was it to play at Soulvision Festival?
Chromatone – This was a very memorable experience for me! Everblast had a bit difficult position playing after bouncy progressive into our deep and driving full-on while the sun was still out. Everything went great after some transition time however and the crowd was amazing with full power even as I drilled the harder stuff at the end of my Chromatone set. Being energetic on stage for 2.5 hours is a big undertaking but the amazing atmosphere and challenge made this exceptionally special!
Marina Tavares – What keeps alive your love for electronic music? What do you love about the Psytrance festivals?
Chromatone – This scene is simply one of the best! People are very open and enthusiastic, and nothing compares to the Psy dance floor in high gear! I always enjoy myself on stage and it simply never gets old. All of the other artists and production crews are so much fun to hang out with and I love meeting random ones at random parties around the world. We just have more fun than anyone 🙂
Marina Tavares – Where do you get inspiration to create new music?
Chromatone – Honestly it’s difficult after doing so many trax and always having to outdo yourself, but new toys and working with a multitude of different talented artists always flares my drive to create back up again! The new album had a few setbacks with my computer dying, singles getting sniped for compilations, and traveling but “ High Contrast” will be ready within the year.
Marina Tavares – Do you want to leave a message to your fans?
Chromatone – Thanx so much to everyone out there who appreciates my special sound and silliness on stage, its always an honor! Please help me spread my art by sharing my pages 🙂